CHAPTER 18

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"A DOR É A ÚNICA SOLUÇÃO"



— É você o filho da puta que matou Josie? — Hope gritou, completamente esquecida dos outros três que estavam atrás dela. Eles estavam paralisados, com medo de interferir na fúria de Hope. Seus punhos apertaram ainda mais em volta do colarinho do homem, vê-lo ali, de frente para ela, trouxe toda a raiva reprimida à tona. Ela estava furiosa além do limite, e a intensidade de seus sentimentos a assustava. Ela não sabia do que seria capaz. O homem continuou sem responder, mantendo um olhar desafiador. — ME DIGA! — Hope exigiu, cansada dos jogos, suas presas apareceram, em uma ameaça clara e iminente.

— Sim, eu a machuquei, mas... — Antes que ele pudesse terminar, Hope o arremessou contra o chão com força, talvez ela tivesse controle suficiente para se abster de matar, mas prometeu vingança, todos eles haviam prometido. E essa era a forma dela de cumprir essa promessa. As costas do homem bateram contra o concreto, o impacto ecoando pelo armazém. Hope se abaixou, sua mão esquerda agarrando o topo da camisa dele enquanto sua outra mão o socava no rosto repetidamente. Vários  socos foram dados no rosto do vampiro, que os nós dos seus dedos tingiam-se de vermelho com o sangue dele. Ela o golpeou novamente. De novo. E de novo.

Ela sabia que ele poderia pará-la, era um vampiro; Hope quase conseguia sentir isso. Não deveria ser difícil para ele sair do controle dela. Então, por que ele não estava tentando?

— Por que você não revida? — ela gritou, sua voz transbordando de fúria e frustração.

— Porque há mais na história, e acho que você adoraria ouvir tudo isso — respondeu ele, sua voz calma, apesar da violência que acabara de sofrer.

— Você vai só nos dar respostas? — Perguntou Alaric atrás deles, sua voz soando mais controlada, mas ainda com uma ponta de urgência. O homem assentiu lentamente. Hope, em sua raiva cega, quase havia esquecido que todos ainda estavam ali. A visão dela, fora de controle, deve ter causado medo neles, a mesma decepção que ela sabia que Alaric devia estar sentindo naquele momento... Deus. Ela realmente não conseguia parar de falhar e decepcionar as pessoas. Hope deu um passo para trás, seus olhos cheios de lágrimas. Suas presas se retraíram, voltando para suas gengivas, e seus olhos voltaram ao azul normal, embora agora estivessem marejados.

— Então você pode começar com o porquê. Por que você a matou? — ela perguntou, sua voz carregada de dor e desesperança. Ela só precisava saber o porquê.

— Se você tivesse me deixado terminar, saberia que ela não está morta... ainda — disse o homem, seu tom provocador. Hope franziu a testa, confusa. Ela tinha visto a foto, tinha visto o estado em que Josie estava. Nenhum dos feitiços de rastreamento funcionará. Claro que ela estava morta, era uma dolorosa verdade que ela ainda estava tentando aceitar. O homem sorriu de forma sinistra antes de correr para as sombras mais uma vez, desaparecendo rapidamente. Antes que qualquer um pudesse reagir, sua voz ecoou pelo armazém, gritando:

— De novo!

À esquerda, uma parte do armazém se iluminou, revelando uma cena que fez Alaric, Caroline, Lizzie e Hope piscarem em descrença. Sob a luz amarela fraca, estava Josie. Viva. Respirando. Suas mãos estavam acorrentadas firmemente às laterais de uma cadeira de metal, seus pés presos da mesma forma. Seu rosto estava marcado por cortes profundos, os lábios rachados e machucados. Uma mordaça abafava seus lábios, silenciando qualquer tentativa de falar. Seus olhos tremiam, mal conseguindo se manter abertos, oscilando entre a consciência e a exaustão. Josie estava viva, sim, mas apenas uma sombra pálida da jovem vibrante que eles conheciam.

— Josie... — foi tudo o que Hope conseguiu dizer, a voz falhando enquanto um misto de alívio e horror tomava conta de seu peito.

— Você está viva — Lizzie murmurou, mal conseguindo acreditar no que via. — C-como?

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