Desconhecido

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-Acorda Bella! É hora de acordar!

-Já? Não pode me dar mais cinco minutos?-pergunto manhosa para o infermeiro que sempre me acorda pela manhã.

-A culpa não é minha se você sempre vai durmir tarde. Agora toma seus remédios.

Ele me entrega dois comprimidos e eu finjo engolir, os pondo em baixo da minha língua.

-Agora vem, vamos para o pátio.-cuspo os comprimidos na minha mão assim que ele se vira e os coloco em meu bolso.

O pátio do hospício Radley era bem grande e tinhamos várias atividades para passar o tempo.

Piano, cartas, banco imobiliário, etc.

Mas o que eu mais gostava era ir para o pátio e encontrar minha amiga, minha única amiga, Vitória.

Chegamos aqui quase que no mesmo período e nossas histórias não eram muito diferentes.

Assim como eu, ela não era louca, só estava aqui para se proteger, de pessoas que queriam matar a ela e a sua família, mas diferente de mim, ela era conpletamente humana. 

E.. Bem..

Ela sabia sobre mim.

Assim que chego no pátio, vem até minha direção e me abraça.

-Hay! Como foi sua noite minha amiga?

-O mesmo de sempre, sabe, ceifei várias almas, o Eliot me ajudou e a Hilary apareceu.

-Sério? Achei que ela só aparecia nas sextas.

-E aparece, mas parece que meu pai piorou e ao invés de substitui-lo com 30 anos, vai ser com 25.

-Oh meu Deus! Quando você faz aniversário mesmo?

-Daqui a três meses. Fasso 21.

Ela soltou o ar, que eu nem percebi que segurava, mas eu sei como ela se sentia, eu não me aliviei totalmente, porém esperar três anos é melhor do que alguns dias.

-Tenho novidades.-fala ela mudando de assunto.

-O quê?

-Parece que a gangue de mafiosos que quer matar a mim e a meu pai estão presos.

-Que maravilha Vi.

Certo eu me entristeci com a notícia, se ela fosse embora eu ficaria sozinha e...

Não bella, ela prescisa da liberdade dela.-pensei balançando a cabeça.

-Se for confirmado que eles foram presos, eu saio daqui em uma semana.

Me aproximo dela e a abraço e como às vezes sou uma manteiga derretida começo a chorar.

-Ei amiga, não chore. Você e eu vamos nos ver sempre que quisermos.

-Será? E se eu ficar que nem meu pai, que só faz trabalhar e trabalhar e quando minha hora de partir chegar eu vou ter que engravidar para ter um descendênte e minha filha vai ter o mesmo futuro que eu e...

-Ei, ei, relaxa. Nada disso vai acontecer, por que você é diferente de seu pai. Você tem o que ele não tem.

-O que?-pergunto limpando meu rosto.

-Humanidade. E um celular.

Depois dessa eu não me aguentei e comecei a rir e foi como ficamos até que o enfermeiro chefe veio me chamar e eu tive que ir com ele.

-Eu espero que seja algo importante por que...

Congelo ao ver um homen desconhecido, mas lindo, me esperando na sala de Will.

-Senhorita Collins esse é o Senhor Ethan Harrison ele tem algo muito importante para falar com você.

Olhei bem para o Senhor Harrison e falei bem debochadamente.

-E o que o Senhor Harrison quer falar comigo?

Ele me surpreendeu ao sorrir e se virar para o enfermeiro chefe.

-Nos dê lincença Will.

-Me desculpe Sr. Harrison, mas não é seguro deixar a Sra. Collins sozinha com o senhor.

O sorriso havia sumido de seu rosto e ele levantou uma sobrancelha para Will e falou severamente.

-Eu não pedi, mandei, agora saia Will.

Sem falar nada Will sai da sal, com o rabinho entre as pernas sem falar nada.

Assim que a porta fechou eu comecei a rir, que nem uma idiota e Ethan olhou para mim com um sorrisinho naqueles lábios lindos.

-Vejo que está se divertindo.

-Bom, não é todo dia que o Will fica sem dar a última palavra, mas vamos ao que interessa. O que quer comigo?

A Filha da Morte [DEGUSTAÇÃO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora