Capítulo 12

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- Oh, fuck! – ela disse baixinho encarando os três vampiros.

Seu cérebro trabalhava a mil por hora, tentando descobrir um jeito de sair dali viva. Não estava muito longe de sua casa, pouco mais de um quilômetro talvez. Será que ele seria capaz de ouvi-la àquela distância? Não pensou mais, apenas concentrou todas as forças em sua garganta e berrou. – BILL!

Os três vampiros gargalharam com a tentativa patética de Isadora e ficavam mais perto a cada segundo. Sem ter muito o que fazer, Isadora virou em seus calcanhares e começou a correr de volta ao bar, mas em segundos bateu em algo duro como pedra, desequilibrando-se e caindo para trás.

- Você não vai a alugar nenhum, mocinha. – disse um dos vampiros, o mais alto.

E numa velocidade inimaginável ele a ergueu do solo, jogando-a sobre seu ombro e rindo com as tentativas que ela fazia de lhe ferir. Isadora lamentava não ter nada, um lápis que fosse, para cravar naquele vampiro asqueroso, mas não desistiria tão facilmente assim.

Contudo, algo muito estranho aconteceu em seguida. Ela sentiu o vampiro que a carregava ficar tenso por algum motivo, inalando o ar, e então um "nada" se formou abaixo dela, onde supostamente o vampiro estava. E então ela caiu com tudo no chão.

Isadora virou-se para olhar e apenas o que conseguiu ver foi Bill, ensangüentado, ao lado de uma gosma vermelha. Em suas mãos ele carregava uma bela e resistente estaca de madeira.

- Bill... – ela disse aliviada e em seguida o vampiro de profundos olhos azuis estava ao seu lado, ajudando-a a levantar.

- Vai ficar tudo bem. – ele disse e posicionou-se entre ela e os outros dois vampiros, que não acreditavam muito no que tinha acabado de acontecer.

- Você vai se arrepender. – disse a mulher com um silvo baixo.

A tensão quase podia ser tocada no meio da estrada escura. Bill tentando proteger Isadora enquanto os dois vampiros restantes se preparavam para atacar. Eles rodeavam Bill e Isadora, com as presas à mostra e com silvos baixos em desafio. Isadora achou que seu coração sairia pela boca tamanha a velocidade de seus batimentos.

E foi quando a situação mudou novamente. Com a mesma velocidade do outro vampiro, a mulher desapareceu do campo de visão de Isadora e apareceu meio segundo depois, atrás dela, empurrando Bill com uma das mãos, enquanto puxava Isadora de encontro ao eu corpo.

- Não! – Bill exclamou, mas não deu tempo.

Agora Isadora era mantida bem junto do corpo da vampira, como se fosse um escudo humano. A vampira havia torcido o braço direito de Isadora em suas costas, provocando-lhe uma dor aguda. Suas presas passeavam ameaçadoramente pelo pescoço da garota, que estava sendo forçado para um dos lados, expondo a pele quente.

- Você ainda não entendeu? – ela sibilou. – Ela vai conosco.

- Nem pensar. – disse uma voz rouca e familiar atrás de Isadora.

- Eric... – ela sussurrou baixinho, uma grande felicidade lhe invadindo.

Eric tinha percebido o perigo de atacar a vampira na surdida: ela poderia simplesmente forçar um pouco mais o pescoço de Isadora, quebrando-o com facilidade. E ele não podia correr aquele risco.

- O que vai fazer, xerife? – a vampira debochou, empurrando ainda mais a cabeça de Isadora, enquanto Eric ficava visível a todos os presentes.

Ele encarou a vampira e a reconheceu dos desenhos de Isadora. Aquele era o mesmo grupo que havia atacado seus pais e agora estava novamente atrás dela. Eric entrou em um pequeno dilema: matá-los imediatamente e livrar Isadora do perigo ou prendê-los e arrancar as informações de que precisava?

Eyes of Eternity (True Blood - Eric Northman)Where stories live. Discover now