Capítulo 22

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13 de Setembro, Bon Temps, 09:30h

Com cuidado ela observou os arredores de sua casa. Aparentemente não havia ninguém esperando por ela. Isadora subiu em sua scooter e em menos de 10 minutos estava no Merlotte's.

- Sam? Sam? – ela batia na porta da casa do metamorfo.

- Isa! – ele apareceu saindo pela porta do fundo do bar. – Graças a Deus!

E ambos correram para um abraço apertado.

- Você está bem? Que loucura foi aquela de se meter na batalha, Sam? Você poderia ter se machucado e eu nunca me perdoaria e graças a Deus você está vivo! – ela soltou numa única rajada.

- Respira agora. – ele disse sentando-se ao lado dela nos degraus da varanda. – Até parece que eu não participaria do seu resgate. – e sorriu de lado. – Mas você está bem mesmo, né?

- Estou, não está vendo? – e deu-lhe um cutucão de leve.

Novamente Sam abraçou Isadora. Ele não podia imaginar ficar longe dela. Desde a primeira vez que se viram, um laço muito forte entre eles foi criado; um laço de amizade, de irmandade.

- Eu ouvi os gritos de Russell antes do sol nascer. Vocês precisam fugir, Isa. Ele virá com tudo essa noite.

- Eu sei. – ela respondeu. – Mas fugir não vai adiantar nada. Na verdade, só vai piorar as coisas.

- Você e seu plano maluco... – ele a recriminou.

- O que você queria? Que eu ficasse eternamente nas mãos dele? Eu tinha que sair de lá, Sam.

- Eu sei, minha querida. – ambos encararam-se pesadamente.

- Você tem notícias dos outros? Alcide, Pam, Sookie, Bill?

- Após a batalha, todos nos encontramos no gramado central da mansão. Eric já tinha seguido em sua direção. Pam foi para a casa da funcionária humana do Fangtasia, Alcide está com o seu bando em Shreveport e o vampiro Bill e Sookie, até onde eu sei, simplesmente desapareceram.

- Tomara que estejam longe o suficiente. – Isadora disse baixo.

Tomara que nunca mais apareçam por essas bandas.

- Não fale assim, Sam. – Isadora encarou o amigo. – Sei que você não gosta muito do Bill, mas eles são do bem.

- Como é que é??? – Sam espantou-se com a pergunta da amiga.

- O que foi? – Isadora olhou espantada pro metamorfo.

- Não... não entendi o que você disse.

- Não entendeu o quê? Você disse que não queria que eles aparecessem mais por aqui, mas eles são legais e.... que cara é essa Sam? – Isadora não entendia o olhar espantado do amigo.

- Eu não disse nada disso, Isa. – Sam respondeu.

- Não? Tem certeza? É que tenho a nítida impressão que te ouvi dizendo isso e... – e então ela entendeu o que tinha acontecido. – ...você pensou isso.

- Você pode ler mentes? – um espanto ainda maior cruzou sua bela face. – Desde quando?

- Descobri essa noite. – ela respondeu. – Ainda é muito vago, não é como se eu quisesse ler... eu apenas ouço alguma coisa. – fez-se uma pausa para que Sam absorvesse aquela novidade. – Eric acredita que eu posso desenvolver isso, assim como a telecinese.

- Uau!!! – ele exclamou abismado. – O que mais você pode fazer, heim?

- Não sei... – ela respondeu num tom preocupado e curioso ao mesmo tempo. – Não sei...

Eyes of Eternity (True Blood - Eric Northman)Onde histórias criam vida. Descubra agora