A Caçula Todoroki (Concluída)

O fim - Capítulo 59

《AVISO: por favor, leia as tags da história. Você deveria ter lido antes de começar, mas leia elas agora, tenho certeza que você não reparou em algumas delas》

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Capítulo 16: Todoroki's esquecidos.

"— Eu queria sentir seu abraço de novo também."

— Eu ouvi você no cemitério. — Ele murmurou. — Eu estava lá. E você disse que queria sentir meu abraço de novo, então vamos lá. Me abrace, irmãzinha.

Tsuki tossiu sangue, lágrimas rolaram de seus olhos encarando o rosto dele.

Capítulo 1: Gêmeos.
"— Aniki, por que meus olhos são iguais aos do papai? Por que não são gentis como os da mamãe?"

Tsuki agarrou os ombros de Dabi com força e o puxou, ele grunhiu de dor ao sentir o espinho o perfurar ainda mais.

— Por que você fez isso?

— Porque nós nascemos errado.

Capítulo 15: O que acontece na família Todoroki?
"— Ele está errado. Você nasceu perfeita. — O mais velho abraçou a menina."

Capítulo 14: Rivalidade de irmãos.
"Aniki! Por que você não treina junto com a gente? Você também tem fogo.

— Sim, eu tenho, mas meu corpo não é adaptado 'pro fogo. Eu nasci errado, Tsuki. — O mais velho bagunçou os cabelos da caçula.

— Se for assim, então eu também nasci errado, o fogo me machuca!

— Não diga isso. Você... Você nasceu perfeita. Só precisa aprimorar isso.

— Mas dói.

— É, dói. Mas pense que é como uma árvore, quanto mais você se empenhar em cuidar dela, mais bonita ela vai ser quando crescer... Vai doer, bastante, mas você vai conseguir, é uma menina forte e teimosa o suficiente 'pra isso! — O ruivo puxou levemente a orelha da criança."

Dabi apoiou seus braços no chão e se levantou com dificuldade, havia um buraco em seu peito que escorria sangue, pingando no chão, pingando no corpo da irmã. Ele cambaleou para trás.

Tsuki se levantou logo depois, também com um buraco em seu corpo, em sua barriga, Dabi havia dado um soco que derreteu sua pele e fez a mão dele entrar em seu corpo, ela ficou de pé, com a mão no local sangrando.

Os dois voltaram a lutar, debilitados, fracos, machucados, morrendo. Tossindo sangue, queimados, tropeçando.

Naquele meio tempo, Aizawa havia acordado. O pior momento. Estava presenciando a aluna que considerava uma filha lutando até a morte contra o próprio irmão e não conseguia fazer nada. Não conseguia usar sua individualidade. Não conseguia andar. Não conseguia lutar. Apenas podia assistir. Assistir a tragédia. Assistir a queda.

Assistir a morte.

Capítulo 2: Teste de avaliação.
"Não há nada mais cruel que deixar um sonho acabar no meio do caminho."

Foi o que disse a All Might no primeiro dia de aula. E agora estava assistindo exatamente o que mais temia.

Estava vendo um sonho acabar no meio do caminho. E não podia fazer nada.

E então, tudo parou. Para os irmãos, tudo ao redor parecia estar em câmera lenta ou até mesmo o tempo estar congelado. Eles se encararam, em meio ao fogo, o anel de chamas azuis ao redor dos dois iluminava e queimava seus corpos, e brilhava em seus olhos.

Touya se aproximou de Tsuki e segurou a mão da irmã, ele queimou gentilmente sua palma enquanto a girava como se estivesse a convidando para uma dança. Ele a girou e a deixou de costas para ele, para que ela tivesse a visão que estava logo a frente, Shouto e todos os outros correndo na direção deles, Aizawa chorando e assistindo tudo.

Tsuki caiu no chão, de bruços. Touya caiu ao seu lado.

A última visão dela foi o rosto dele, a última coisa que ouviu foi a voz de todos gritando seu nome, o último gosto que sentiu foi o sangue em sua boca, o último cheiro que sentiu foi o queimado de sua pele. A última sensação dela, foi o toque quente da mão de Dabi na sua própria mão.

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Essa é uma história interrompida. Interrompida por múltiplos fatores, principalmente por uma sede de alcançar um objetivo, uma vingança. Tsuki Himura Todoroki poderia ter tido uma vida linda, certo? Errado. Desde o início, seu destino já estava traçado, e esse traço levaria até sua morte. Agora ela poderia finalmente estar junto de seu irmão mais velho, mesmo que os dois precisassem dançar a valsa emocionante do reencontro enquanto queimavam no fogo azul do inferno em que viveram e morreram.

Tsuki nunca saberia o que aconteceu depois daquele dia, não saberia se seus irmãos conseguiram atingir a felicidade no futuro. Se Fuyumi formaria uma família, se Natsuo se tornaria médico, se Shouto se tornaria um herói. Se derrotariam Shigaraki, se a guerra acabaria, se Aizawa sobreviveria, se Eri cresceria.

E se...? E se Tsuki sobrevivesse? Conseguiria encontrar o que realmente gostaria de fazer? Se tornaria uma heroína ou abandonaria esse ideal?
É sempre um "e se...". Um eterno "e se isso acontecesse?" sem uma conclusão final. Não há conclusão porque não há um fim para essa conclusão. O fim é simplesmente isso. Fim. Não existe um motivo para ele acontecer, não existe um caminho para desviar, e mesmo se existisse esse caminho de desvio, o desvio voltaria à estrada original, o fim.

Mas existe um "e se".

"E se Tsuki sobrevivesse?"

Para essa hipótese há uma conclusão final. E mesmo ela não era boa.

Porque se Tsuki sobrevivesse, seria pior para ela. Se já estava sofrendo, tendo alucinações, tentativas de suicídio, picos de insanidade e tendências homicidas antes de tudo, imagine se ela sobrevivesse a uma guerra? Ações tem consequências, todo trauma gera uma consequência. E essa seria a consequência. Tsuki viveria, mas viveria em seu pior estado de espírito.

O fim mais ameno seria a sua morte.

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Fim.