Chapter 5

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"Entra en mi vida, te abro la puerta.
Sé que en tus brazos ya no habrán noches desiertas"

Os dias passaram tranquilamente e um tanto rápido até. Março já chegara e com ele o calor da primavera se fazia presente. Após o primeiro encontro que tive com Alfonso, trocamos nossos telefones e afinamos o contato através dele. Minha barriga não havia mudado muito, começava a tomar uma forma pequena, mas que ninguém conseguiria notar. Maite e Lucas já haviam ingressado em uma espécie de namoro e se davam bem, eram literalmente feitos um para o outro. Agora eu estava de frente a diversos tecidos de cores distintas, que estavam espalhadas sobre minha mesa. Faltava confeccionar mais uma peça para o vestuário da nova coleção estar completa e como designer, cabia a eu desenhá-los e escolher tanto o tom quanto o tipo de tecido. Estava de pé tentando me decidir quando meu celular começou a tocar. Olhei no visor e abri um sorriso sincero.
Anahí: Oi - Falei de imediato, tentando conter a empolgação em minha voz.
Alfonso: Olá, cariño - Sorri ao escutá-lo me chamar assim. Era a primeira vez e eu já havia gostado - Atrapalho em algo? - Perguntou
Anahí: Não, só estava tentando me decidir por cambraia ou algodão. E você? - Indaguei, apoiando o telefone no ombro e pegando um dos pedaços de tecido azul bebê.
Alfonso: Acabei de sair de uma cirurgia.
Anahí: Sucedida, pelo visto, correto? - Falei, notando a expressão feliz em sua voz.
Alfonso: Como sempre - deu uma risada - Escute, te liguei para saber se você tem planos para a noite.
Anahí - Parei para pensar, forçando a memória - Hm, creio que não. Por quê?
Alfonso: Há um filme novo que estreou nos cinemas. Pensei em talvez irmos assistir e sair para jantar, quem sabe?
Anahí - Abri um sorriso ao ouvir a pergunta - Claro. Me pega às 20h?
Alfonso: Combinado. Até lá, Any.
Anahí: Até, Poncho - Desligamos o telefone e eu me pus a terminar de trabalhar.
Pelas 17h saí do trabalho e fui direto para casa. Tomei um banho relaxado e demorado e fui me arrumar. Optei por um vestido azul-marinho que se estendia até a metade das minhas coxas. Arrendondado na saia, se tornava solto a medida que caminhava . Nos pés, um sapato de salto alto vermelho, que contrastavam com o cinto da mesma cor, que se prendia em minha cintura sob o vestido. Os olhos ficaram marcados com lápis preto, juntamente com o rímel da mesma cor, e nos lábios um brilho labial transparente. Pus um par de brincos e anel com pequenas pérolas que se formavam em um círculo de três camadas. Me olhei no espelho, suspirei fundo e sorri, gostando do que via. Senti um movimento em meu ventre e olhei pra baixo, tocando o mesmo - Acordou, bebê? - Falei com os olhos voltados a minha barriga - Mamãe vai sair com o titio Alfonso hoje mais uma vez, então, como todas as outras vezes, se comporte ok? - Acariciei minha barriga e a criança pareceu se acalmar. Já estava entrando no terceiro mês de gravidez e minha barriga começava a crescer, mas por optar por roupas mais largas, ninguém notava direito. Decidi descer e esperar Alfonso na sala, já que eram quase 20h. No meio do caminho, ouvi a campainha tocar, olhei no relógio e abri a porta.
Alfonso: Boa noite, cariño - Sorriu. Estava vestido em uma calça jeans azul e usava uma camiseta branca que era coberta por uma camisa social celeste. Para completar, um blazer preto. Pra resumir: estava lindo. Apesar de que, se tratando de Alfonso Herrera, qualquer coisa lhe cairia bem.
Anahí: Pontual você - Sorri ao sentir o hálito fresco dele perto de minha bochecha. Depositou um beijo ali e logo abriu espaço para que eu passasse pela porta.
Alfonso: Vamos? - Assenti com a cabeça e o acompanhei porta a fora.

Adentramos no carro e Poncho logo deu partida, enquanto dividia o foco entre o trânsito e eu:

Alfonso: Você está linda - Disse, se voltando a mim e depositando um leve beijo em meu rosto, quando o sinal fechou e uma multidão de carros se alinhou
Anahí: Obrigada - Falei
Alfonso: Não há de quê - Respondeu e pôs uma mecha do meu cabelo para trás da orelha. Acanhada, fitei com o canto de olho para o semáforo e, quando o sinal abriu, voltei a olhá-lo - Poncho, o sinal - Disse, alertando-o.

Alfonso volteou o corpo para a frente e seguiu caminho. Pouco tempo após, estacionou em uma das vagas livres do prédio-garagem do shopping. Fiz menção de abrir a porta, quando Poncho ligeiramente desceu do veículo e se dispôs em minha frente, esticando sua mão para mim. Educadamente a tomei e quando fizemos contato, abracei-o pelo pescoço
Anahí: Preciso conhecer sua mãe e dar-lhe os parabéns - Disse, enquanto Poncho fechava a porta do carro e me olhava confuso
Alfonso: Minha mãe? Por quê? - Indagou
Anahí: Ela além de ter feito um filho lindo, o fez cavalheiro - Sorri quando Poncho soltou uma leve gargalhada e me abraçou pela cintura, nos encaminhando para a porta de entrada do shopping.

Sin Un AdiósWhere stories live. Discover now