Amor

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- Ela está bem? O que houve? – Frank perguntava assustado enquanto corria para o lado da sua mãe.

- Ela está bem Frank, provavelmente esqueceu de tomar a medicação mais cedo. – Falou Liza.

- Eu já falei para ela... – Frank alisava seu cabelo - ...para não esquecer.

- Frank... – Falei.

- Edward, o que..? - Ele notou minha presença 

- Edward estava com sua mãe na hora que aconteceu, foi ele que ligou pra mim e chamou você pela discagem rápida do celular, ele também deu a medicação. - Frank me olhou com os olhos cheios de lágrimas. - Agora eu tenho que ir, quando sua mãe acordar mande ela ir me ver, o efeito da medicação logo vai passar e ela vai acordar, não se preocupe. – Disse Liza

- Obrigado Liza. – Suas lágrimas começara a cair.

- Ei, vocês podem sempre contar comigo, ok? Agora se acalme e qualquer coisa me ligue, tá certo? – Ele balançou a cabeça fazendo um gesto que sim e Liza saiu.

Depois que Liza foi embora, Frank ficou na sala, eu fui para cozinha tentar me acalmar um pouco, mas Frank me seguiu.

- Por que você não me contou? – Perguntei. – Você tinha que ter me contado, eu poderia ajudar.

- Eu não quero seu dinheiro. – Falou com a cabeça baixa.

- Não é questão só de dinheiro caramba. - Me virei e fechei a mão com força.

- O que você veio fazer aqui?

- Eu vim pedir desculpas pelo que aconteceu na lanchonete, eu já sei que você foi demitido e a culpa é minha. - Falei ainda virado de costas.

- A culpa não é sua. – As palavras quase não saiam da sua boca.

- É sim. - Agora me virei - Eu não deveria ter envolvido você com meus amigos. Mike aquele miserável, ele não deveria ter feito isso com você, ele não podia, espero que ele sinta bastante dor, se eu ver ele de novo...

- Como assim? Você bateu no seu amigo?

- Um pouco, mas ele é duro na queda. Desculpe-me por seu emprego, eu vou recompensá-lo...

Ele me abraçou e começou a chorar no meu ombro.

- Eu vou perdê-la, eu não posso viver sem ela. – Falava chorando

- Não vai. 

Seu choro começou a ficar mais alto, senti meu ombro molhado. Abracei forte seu corpo, senti seu sofrimento, senti seu coração batendo rápido, ele tremia muito, ele estava em meus braços e eu não podia soltá-lo.

- Se acalme. – Falei alisando seu cabelo. – Você não esta sozinho.

Ele não queria me soltar e eu também não queria deixar ele ir, o choro não parava parecia que ele nunca tinha chorado. Continuei a alisar seu cabelo até ele se acalmar, aos poucos ele foi parando de chorar, sua cabeça foi se inclinando sobre meu pescoço, senti sua respiração ficar ofegante, então ele levantou a cabeça e olhou para mim.

- Eu estou aqui, vou sempre estar aqui. – Falei olhando fixamente em seus olhos.

Ele aproximou seu rosto do meu e eu o beijei. Foi um beijo leve e rápido mas naquela hora senti o que estava preso dentro de mim todo esse tempo, eu senti amor.

Do Lado de Fora (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora