Capítulo quarenta e sete.

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- Grávida, Demetria? –Diana caiu sentada no sofá de sua casa assim que Demi lhe falou. Demi estava sentada na sua frente, com Miley ao seu lado segurando sua mão- Eu sou uma mãe liberal, e... Quer dizer, nem sua guarda eu tenho, mas... Grávida... –ela se perdeu nas palavras e passou a mão pelo cabelo-

- Eu não planejei isso, mãe. –Demi murmurou olhando o chão. Queria se atirar no chão e chorar, mas de nada adiantaria-

- Mas poderia ter evitado. –Diana falou e Demi arregalou os olhos-

- Está agindo como meu pai! –Demi gritou e Diana suavizou a expressão-

- Eu estou em choque, minha filha. –Diana se defendeu e Demi gemeu- Você e Charles já conversaram sobre terem filhos no futuro? –ela perguntou e Demi apertou a mão de Miley-

Miley abriu a boca para tentar desviar o assunto, querendo ajudar a amiga, mas o que ela não esperava era o que saiu da boca de Demi no mesmo segundo em que ela ia falar.

- Não é de Charles. –Demi falou e as duas viram Diana abrir a boca, incrédula-

- Como é? –Diana perguntou com a voz aguda e alta-

- Não estou grávida de Charles. –Demi voltou a dizer e sentiu Miley acariciar sua mão, lhe passando força-

- De quem essa criança é, Demetria Lovato? –Diana perguntou em pânico, pois, no fundo, sabia o que Demi ia respondeu-

- De Joseph. –Demi respondeu e Diana fechou os olhos, balançando a cabeça-

- E o que... O que você pretende fazer? –ela perguntou e abriu os olhos-

- Eu não sei, mãe. –Demi perguntou e se levantou- Eu tenho que ir para casa. –ela falou e olhou Miley que assentiu-

- Demi. –Diana chamou, mas a filha a ignorou e saiu de casa, indo até o carro de Miley e sentando no banco do carona-

Dentro de casa, Miley pegava sua bolsa e se despedia de Diana.

- Vocês duas precisam de tempo para digerir isso. Mas é Demi quem mais está em choque, Diana. Tente compreender. –ela pediu e Diana assentiu e beijou a testa de Miley-

- Fale para ela que eu a apoiarei em qualquer decisão que tomar. –Diana falou e Miley assentiu saindo de casa-

Assim que Miley ligou o carro, Demi respirou fundo. Miley a olhou de relance, manobrando o carro para entrar na estrada e Demi a olhou também.

- No que está pensando? –Miley perguntou-

- Que tem alguém dentro de mim. –Demi respondeu e Miley sorriu-

- Eu sei que é inadequado, devido as circunstâncias, mas será uma criança linda. –Miley falou, mas Demi não sorriu-

- Isso se eu a ter. –Demi devaneou e Miley a olhou, incrédula, com uma seriedade que nunca tinha-

- Se está pensando em abortar essa criança, pode mudando de ideia, pois eu conto a Joseph e ele amarra você em uma cadeira. –ela falou e Demi fechou os olhos, balançando a cabeça. Ambas sabiam que Demi não teria coragem- Eu já abortei, Demi. –Miley sussurrou perdida em pensamentos, enquanto dirigia. Demi a olhou, com os olhos arregalados-

- Miley... –ela murmurou surpresa-

- Ano passado. –ela respondeu a pergunta muda de Demi- Tony, o cara que eu estava saindo, me deu o dinheiro e disse para eu me livrar da criança. –ela riu tristemente, sem emoção alguma na voz, como se estivesse vazia. Demi nunca havia visto Miley daquela forma- Dois meses depois do aborto, Joe achou os exames da clínica de aborto, e brigou comigo. Ficou dois meses sem falar comigo, e só voltou quando meu pai adoeceu e quase morreu. –Miley murmurou e por segundos, Demi esqueceu de seus problemas, vendo sua melhor amiga devastada e incompleta de uma forma de nunca demonstrava- Eu me arrependo tanto, Demi. Eu não teria como criar um filho, mas eu já amava aquele bebê, no mesmo instante em que eu soube que estava grávida, eu amei aquele bebê. Eu não quero que você sinta e mesma dor que eu sinto, e vou sentir sempre. Não faça a mesma escolha que eu fiz. –ela pediu e Demi segurou sua mão que estava no volante, lhe transmitindo conforto e apoio-

- Eu não vou. Prometo. –Demi garantiu e Miley assentiu, limpando algumas lágrimas que deixou cair-

Muitas escolhas ainda seriam feitas. Demi sabia que ainda tinha que resolver inúmeras coisas, mas uma ela já havia resolvido: Ela teria esse bebê, e o criaria da melhor forma possível. Nem que isso a faça abrir mão de sua vida. Ela teria essa criança. A sua criança.


Feeling [JEMI]Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora