Capítulo sessenta e um.

507 33 6
                                    

Joe acordou sobressaltado, e olhou em volta, observando seu quarto. Ele logo deitou de novo, sentindo seu corpo ser invadido por fortes dores. Ele olhou para seu despertador no criado mudo e viu que era de manhã. Lembrava-se de ter saído do hospital e de ter dormido no carro de Kevin.

Depois de alguns minutos, a porta de seu quarto foi aberta e Kevin entrou, carregando uma bandeja com um prato com torradas, e um copo com suco. Atrás dele, Lizza entrou, carregando duas caixinhas de remédios. Joe sentou na cama, encostando suas costas na cabeceira da cama.

- Bom dia. –Kevin murmurou e Joe passou a mão pelo cabelo-

- Bom dia. –Joe murmurou e Lizza subiu na cama, sentando ao seu lado e beijando sua bochecha- Olá, meu amor. –ele sorriu levemente para ela e ela sorriu-

- Viemos cuidar de você. –ela falou e Joe sorriu, vendo Kevin sentar na sua frente e pousar a bandeja em suas pernas- De novo. –ela murmurou e Joe riu de leve-

- Você precisa tomar esses remédios. –Kevin falou lhe entregando as caixinhas que Lizzie segurava- E precisa comer. –ele falou e Joe assentiu- E nada de se levantar hoje. Seu caso é quase grave. O médico pediu repouso absoluto. –ele falou e Joe bufou-

- E Demi? –Joe perguntou e Kevin suspirou-

- Está na casa de Diana. –ele respondeu e Joe assentiu engolindo os comprimidos que o irmão lhe alcançou- Diana descobriu, Joe. –ele falou e viu Joe engasgar com o suco- Demi contou toda a verdade. Provavelmente Patrick vai ficar sabendo hoje também. –ele falou e Joe respirou fundo- Daqui a pouco nosso pai vem buscar Lizza. –ele falou e Lizza o olhou-

- Mas eu pensei que seria a enfermeira de Joe hoje. –ela resmungou e Kevin riu e a puxou para seu colo-

- Hoje é a minha vez. Amanhã é a sua. –Kevin falou e Lizza suspirou assentindo-

- Vem cá, pequena. –Joe pediu e Lizza sentou em seu colo, recebendo um beijo estalado na bochecha-

Quando a porta foi aberta, os três franziram os cenhos ao verem Stella ali parada. Ela tinha o rosto pálido, mas as olheiras que sempre estavam ali, hoje não apareciam. Para a surpresa de Joe e Kevin, Stella estava sóbria.

- Oi, mamãe. –Lizza falou meio insegura e Stella sorriu para ela-

- Olá, Lizza. –ela falou e Joe olhou Kevin, confuso- Seu pai chegou para busca-la. –ela falou docemente e Lizza assentiu se levantando-

- Tchau, Kevin. Tchau, Joe. –ela falou, beijou a bochecha de cada e desceu da cama, saindo do quarto junto com a mãe-

- Isso foi efeito do remédio ou você também viu? –Joe perguntou voltando a se deitar na cama e Kevin riu, surpreso-

- Eu acho que vi também. –Kevin falou e Joe balançou a cabeça-

Joe voltou a se sentar e comeu as torradas que Kevin havia levado. Kevin comeu junto, e depois de alguns minutos a porta foi aberta novamente por Stella que entrou e sentou na beirada da cama, olhando para os filhos que também a olhava.

- Como você está? –ela perguntou e Joe franziu o cenho-

- Bem. –ele respondeu confuso- E você? –ele perguntou e Kevin controlou um sorriso-

- Eu quero conversar com vocês dois. –ela falou e os dois assentiram- Eu... Eu conheci meu neto há dois dias. –ela falou e olhou Kevin que arregalou os olhos- Nicholas é um menino lindo, meu filho. –ela falou sorrindo e Kevin sorriu também- Danielle apareceu aqui para ver se você, Joe, havia voltado, e ela não esperava me ver, mas eu pedi para segurar meu neto. –ela deu de ombros e limpou uma lágrima que escorreu-

- Sobre o nome... –Kevin começou, mas a mãe o interrompeu-

- É lindo. –ela falou sorrindo e olhou Joe que ainda a fitava, sério- Seu sumiço me deixou preocupada. –ela murmurou e Joe franziu o cenho e bufou- Sei que sou uma péssima mãe, mas acima de tudo, sou mãe. –ela deu de ombros e Joe respirou fundo, desviando o olhar-

Quando Stella começou a beber, Joe era muito novo, por isso nunca entendeu o porquê da mãe agir daquele jeito. Conforme crescia, Stella piorava e Joe sentia mais nojo da mulher que o criou. Sempre sofreu muito com a mãe que não tinha a menor paciência com ele. Com Kevin sempre foi diferente, pois o mais velho sempre ignorou a mãe, a partir do momento em que ela começou a beber. Para Kevin, sua mãe morreu naquele momento. Mas Joe, no fundo, sempre foi carente de uma mãe. Por isso sofria tanto e era tão frio na maior parte do tempo.

- O que quer conversar? –Joe perguntou indiferente e Kevin sorriu, sabendo que ele estava se fazendo de frio-

- Por alguns motivos, eu notei que estava perdendo a oportunidade de ver a vida dos meus filhos e da minha filha. Não sei se foi pelo fato de agora ser avó, ou de ter descoberto o que andou acontecendo com você, pelo seu pai. –ela falou olhando Joe- Mas eu acho que tenho que mudar. –ela falou e Joe arregalou os olhos-

- O que quer dizer? –Joe e Kevin perguntaram ao mesmo tempo-

- Vou me internar em uma clínica de reabilitação. –ela falou sorrindo e viu o choque passar nos rostos dos dois- Quero ter uma vida melhor. Quero ser uma mãe melhor. Quero meus filhos de volta. –ela falou e pegou nas mãos dos dois-


Feeling [JEMI]Where stories live. Discover now