15.

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  Adentrávamos em uma parte mais densa da mata, percebi isso quando as árvores começaram a ficar maiores de largura e tamanho, os arbustos mais verdes e espaçosos, Jonh ia à minha frente, a chuva que antes atrapalhava seu campo de visão agora não atrapalha mais, as árvores daquele local conseguiam tapar todo o céu, ele ia confiante, parece que sabia onde estava indo, andamos por mais um tempo até que ele parou em frente uma escura caverna e mandou eu esperar um tempo sentada, Jonh era rápido e ágil, com uma faca que deve ter achado em sua caçada mal sucedida cortou vários pedaços de madeira secos, logo pegou um graveto e o esfregou com sua mão causando atrito na madeira que estava em baixo, rapidamente saiu uma faísca que ele colocou em cima de um ninho que havia achado na árvore próxima, rapidamente ele pegou fogo, Jonh o colocou em baixo da lenha que estava dentro da caverna escura, rapidamente o fogo pegou iluminando a caverna e as inesperadas pinturas que estavam nela desenhadas. Entrei encantada, as pinturas eram feitas á mão, quanto tempo estariam ali, escondidas sem que ninguém a vissem ou deslumbrassem? Passei a mão por elas e de repente aqueles traços começaram a ter sentido, suas cores eram opacas, provavelmente pinturas muito antigas, com a luz da fogueira quase enfeitiçante, era na verdade um corredor de pinturas, uma série de imagens que se juntavam, fui acompanhando a ordem, quando me vejo em um filme, a primeira pintura era uma mãe com um filho no colo, estavam felizes e o bebê parecia puxar o cabelo da mãe em gesto de brincadeira, a segunda era um homem que trabalhava arando o campo, ele chegou em casa e viu sua mulher e a criança, satisfeitos sorrisos preenchiam-lhe os rostos, uma menina pequena provavelmente a filha mais nova fazia comida em uma panela, o pai feliz chama uma espécie de tribo e todos vão para porta de casa comer da boa comida que sua filha preparou, homens e mulheres, felizes, com sorrisos e felicidade no olhar, a comida uma coisa tão singela para eles haviam outro significado, os jovens felizes e muitas crianças correndo e se divertindo, fazendo bagunça, sorri involuntariamente, era tão bom sentir aquela felicidade, de repente todos param, as crianças que brincavam e corriam agora vão para as pernas de seus pais, os sorrisos se fecharam e gritos de horror tomaram-lhe o lugar, então o que sobra são apenas corpos jogados no chão, sangue e chamas para todos os lados, aquela pequena tribo estava destruída, suas casas tomadas pelo fogo, Então posso ver o causador de tudo aquilo, um dragão, negro, seus olhos estavam fechados e sua bocarra cheia de sangue, algumas pessoas mortas e membros presos em seus dentes, então de repente ele abre os olhos e posso ver os rubis escurecidos, eram vermelhos, uma brisa fria passa pelas minhas pernas e espinha, quando percebo já estou quase de fora da caverna, ali as imagens acabavam.

Soberana luna (Completo)Where stories live. Discover now