Capítulo 36: O Beijo

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°°° ° Hey, hey, hey! Uma dica: antes de ler este capítulo, ponha o vídeo para carregar, quando a cena de Alex e Lena começar, dê play no vídeo e imagine a cena no embalo da música tema dos dois °°°°





-O que diz? - perguntou Cláudia, impaciente.

-Ela deixou praticamente tudo pro Tio Ricardo - Lena ainda estava incrédula. - Não pode ser - ela sussurrou.

-Calma, deve ter alguma explicação.

Mas Lena não acreditava nisso. Balançou a cabeça lentamente, correndo os olhos até o local da assinatura da irmã. Seus olhos quase saltitaram. Um sorriso esperançoso surgiu em seus lábios. Cláudia percebeu.

-O que houve? - ela indagou.

-Não foi a minha irmã que assinou isso. É muito parecido, mas não é a assinatura dela.

°°°

Cristal estava dormindo na poltrona ao lado da cama da filha, no hospital, pela segunda noite seguida. A anterior tinha sido difícil. Dani começara a ficar cada vez mais irritada, além dos vômitos e febre alta. Os exames de sangue haviam sido feitos, além de raio-X, o que tinha comprovado que se tratava de meningite viral. O médico receitou apenas alguns medicamentos para aliviar a dor, recomendou repouso e ingestão de bastante água. No entanto, Cristal não estava totalmente convencida. A filha parecia tão debilitada. Não parecia suficiente apenas alguns remédios para dores. Era um bebê, frágil. Cristal temia o pior.

°°°

-Exatamente isso que eu te falei - proferiu Lena para Caetano. - A Marcela costumava por um ponto, quase imperceptível, em cima da primeira letra A do nome dela. Era a sua marca. Se você observar bem a assinatura - ela ergueu o papel para que ele pudesse ver -, não há nada em cima do A, nada - ela lhe entregou um sorriso iluminado, mas ele só pôde devolver um olhar preocupado. Ela estaria ficando maluca?

Ela percebeu cada pensamento que passava por ele.

-É sério, confia em mim. Esta assinatura, apesar de muito parecida, não é a da nossa irmã.

Nossa irmã.

Por mais que Cláudia tentasse se acostumar com a ideia, não conseguia. Agora, ela estava sentada em uma cadeira no quarto de Caetano, à parte da conversa dos dois. Apenas os observando. Procurando em ambos algum gesto, detalhe ou sinal semelhante. Algo que os dois puxaram para Marcela e que por consequência, tinham em comum.

Não havia nada. Por mais que Cláudia observasse, procurasse, nada a fazia perceber algum tipo de proximidade sanguínea entre os dois. O que eles eram afinal? Eram meio irmãos? Tinham algum parentesco de fato?

-O que me leva a conclusão que alguém falsificou esse testamento - continuou Lena. - E, observando o maior beneficiado, eu só posso desconfiar do meu tio Ricardo.

Caetano ouvia atentamente cada palavra, buscando alguma racionalidade nelas. Se Lena/Rafaela/Camila estivesse certa sobre o testamento, não seria nenhuma surpresa que o tio ambicioso tivesse armado para ficar com a parte da fortuna de Marcela. Porém, a pergunta era: por que não fazer o mesmo com Rafaela? Ela não tinha supostamente deixado nenhum testamento para trás.

-Precisamos conseguir esses benditos papeis que minha irmã tinha - concluiu ela.

-Posso conseguir um emprego na mansão. Se eu tiver lá dentro, vai ser mais fácil procurar a papelada. Era lá que a Marcela morava, deve ser lá que eles estão.

Lena analisou a ideia por um momento.

-Eles não te empregariam tão facilmente. Minha família é muito rígida com os empregados.

A Impostora (Livro 1)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora