Capítulo 6 - Parte II - Noite dos Amantes - Capítulos para degustação

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Benjamin mora próximo ao Central Park. O prédio é lindo e sofisticado em mármore e detalhes em preto e branco. O apartamento dele é muito espaçoso, aconchegante e bem decorado. A sala é clássica, com moveis grandes e quadros lindos decorando as paredes. Tudo de muito bom gosto. Apesar do luxo, é um lugar onde o requinte não é tão intimidante.

Vamos direto para o quarto onde esperamos a banheira encher. Nos despimos admirando cada detalhe do corpo do outro. Estar completamente nua diante dele é excitante, estranho e incrível. Descrevê-lo nu em pelo é impossível, pois a perfeição não pode ser descrita. Ele é absolutamente incrível e eu sou uma vaca sortuda!

- Você é ainda mais perfeita do que eu imaginava! - ele sorri me puxando para mais perto e me beijando - Quer dizer que você já andou imaginando coisas, senhor Harrison? - pergunto rindo e me fingindo chocada com sua confissão.

- Mais do que sou capaz de admitir, anjo.

Sua resposta me deixa sem ar. Depois de colocar alguns sais de banho na água, Ben entra na banheira e me ajuda a fazer o mesmo e lá ficamos abraçados por um bom tempo, conversando sobre gostos pessoais como livros, músicas e filmes prediletos.

Nossas pernas ficam enroscadas dentro d'água e seus braços em volta do meu corpo. Nos aconchegamos e esfregamos um no outro ficando loucos de excitação. Trocamos beijos deliciosos. Fazemos amor na banheira e ele segura minha mão, enlaçando nossos dedos. Enlouquecemos juntos. Depois ele me pede que eu fale mais sobre mim.

- Bem... Eu sou de Eunice, Luisiana, minha família é pequena e alguns ainda vivem lá. Sabe, quando eu era criança, eu ficava olhando pela janela e pensando que adoraria conhecer o mundo. Desde pequena eu soube que aquele não era o meu lugar. Então, quando perdi minha mãe, ainda muito jovem, vendi tudo que tínhamos e que não era muita coisa. Dei muito duro. Trabalhei em centenas de coisa diferentes pra poder estudar, viver e chegar até aqui e me formei. Depois mudei para Nova York. Fiquei sozinha desde muito cedo. Foi bem difícil, mas acho que tenho me saído bem. Tenho orgulho da minha história.

- Você é uma guerreira, Amanda! Essa sua característica me encanta. E essa força, essa vontade de vencer refletida nos seus olhos em forma de paixão pela vida. Acredite, você é admirável.

- Obrigada! Eu acho que me definiria com uma música da Kelly Clarkson, chamada 'Breakaway'. O refrão diz mais ou menos assim: "Eu abrirei minhas asas e aprenderei como voar. Farei qualquer coisa para tocar o céu. Faça um desejo, aproveite a chance. Faça uma mudança e liberte se".

- É uma música linda, eu conheço. Realmente tem muito haver com você - Benjamin diz me beijando.

- Então conta pra mim qualquer coisa sobre você? - eu peço ainda entre beijos.

- Eu nasci aqui mesmo, em Nova York. Fui criado por uma centena de empregados e por meu pai em uma casa absurdamente grande e cheia de tudo que eu quisesse. Meu pai é um grande homem, Amanda. Criou-me sozinho e imagino que não tenha sido fácil. Quando eu era ainda um garoto, ele era bem distante de mim, frio mesmo, mas conforme fui crescendo nos tornamos amigos; Ele ensinou-me tudo, principalmente nos negócios. Sempre cobrou muito de mim. Ele exigia que eu fosse sempre o melhor, em tudo. E esse espírito competitivo me ajudou a vencer e a crescer focado e forte mesmo sem uma família convencional.

- E a sua mãe? O que houve com ela?

- Eu não gosto de falar neste assunto. Podemos deixar pra outro dia?

- Claro. Me fala mais de você.

- Não foi fácil conseguir o respeito dos acionistas e investidores. Eu vivi pela Campbell pra mostrar meu valor e consegui. Mesmo tento um nome de peso e sendo o único herdeiro da companhia, eu quis provar que era capaz. Eu sinto que tenho quer dar sempre 110% pra ser respeitado e inspirar meus funcionários.

- E você é. É o chefe mais incrível, mais humano e gentil que eu conheço. Fiquei surpresa em saber que apesar de termos vidas tão diferentes, cada um teve uma série de desafios a percorrer. Eu não cresci com o meu pai e nem consigo imaginar a falta que sua mãe deve fazer na sua vida... Não quero insistir no assunto... Me desculpe!

- Sabe de uma coisa linda Amanda? Somos vencedores! Pessoas que seguem em frente e tentam fazer o melhor com o que tem ao invés de ficar lamentando.

...

Mais tarde, Benjamin pega na cozinha duas taças, uma garrafa de champanhe para fazermos o brinde do ano novo e morangos. Bebemos, enquanto conversamos e comemos. Percebo que, apenas de ser bilionário, ele é bem simples e muito diferente da imagem do chefe poderoso que vejo dia a dia no trabalho.

Ele está tão sorridente, relaxado e me fala abertamente sobre a sua vida. O único momento desconfortável foi quando perguntei por sua mãe, Charlotte Campbell. A minha curiosidade sobre ela cresceu mais ainda quando percebi que ela não é citada em nenhuma das suas histórias de infância ou adolescência. Eu sei que a empresa foi uma herança dela, mas nunca ouvi falar nada sobre a mãe dele nem nos corredores da empresa.

Enquanto divago, Benjamin passa para a ponta oposta da banheira e fez uma massagem gostosa nos meus pés. Conversamos sobre comidas e lugares do mundo que eu sonho em conhecer. Ele, claro, já conhece a maioria.

Ben me alimenta com morangos, trocamos beijos quentes e carícias e damos muitos amassos dentro d'água. Poderia ficar aqui eternamente, enrugando como um maracujá.

O único assunto que não falamos é sobre a nossa situação de agora em diante. Nenhum de nós quer falar de assuntos problemáticos essa noite, por isso também não contei sobre o assedio do pai dele.

Perto do amanhecer, vamos para a cama onde comemos um sanduíche improvisado que preparamos juntos na cozinha e começamos a assistir um filme na TV. Em poucos minutos estamos nos tocando, beijando e acariciando e mais uma vez nos perdemos um no outro. Desta vez, sem nenhuma presa, totalmente sem roupas e sem hora pra acabar. Mais uma vez ele é perfeito!




Meu Chefe Irresistível - Por Paloma BlancaМесто, где живут истории. Откройте их для себя