Tiro, porrada e bomba!

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- Desembucha maluquinha, a pergunta é simples, como você conheceu o paspalho?

- Essa é fácil! Foi no 8° ano, ele era o galã do colégio. Ficou um ano inteiro me cercando. Mas, como eu era difícil.

- Peraí peraí, difícil você continua sendo, oh mulher para dar trabalho. Olha eu podia estar comendo alguém esta hora, mas estou aqui dando uma de fada madrinha dos sete anões. No caso, de dois nanicos.

- Vai a merda Gustavo!

- Eu posso saber onde foi parar o DOUTOR Gustavo? Antes era Dr. Gustavo para cá, Dr. Gustavo para lá. Agora já tá me mandando até a merda.

- Você não disse que eu tenho que ser sincera. Está aí a minha versão #falo tudo que penso. Mas se o Dr. Gustavo preferir eu posso te xingar mentalmente.

- Tá palhaça hoje hein.

- Tô mesmo! Qual opção você prefere? - Fala a doida segurando a risada.

- A sincera madame, visto que ela me permite a reciprocidade. Ou seja, posso ser naturalmente.

- Cavalo, acertei né! Vai ser jumento assim lá na Disney. Se bem que pensando melhor, não é bom deixar esta sua boca suja perto de tanta criançada.

- Agora eu tenho certeza! Você não tem vergonha de ficar falando do pau dos outros não? Que mania chata esta de vocês mulheres de espalharem este tipo de comentário. Foco criatura! Vamos deixar meu pau homérico fora disso. Beleza?

E não é que ela ficou muda do nada e começou a corar.

- Eu posso saber o motivo de você ficar vermelha criatura?

- Digamos que isso que você disse seja verdade! Pronto falei. Ai não acredito que eu disse isso. O que você me deu? Não consigo por filtro nenhum na minha boca perto de ti!

- Hein? - Juro que não acompanhei o raciocínio.

- Digamos que algumas vezes, durante um cafezinho e outro eu tenha.- Ela fala tão baixo o final da frase que nem consigo escutar.

- Fala mais alto, não ouvi porra nenhuma! - Ela repete, só que mais baixo ainda. - Fala igual gente mulher! - Nossa, acho que acabei de acordar o quarteirão tudo com meu berro.

- Eu já ouvi muito sobre o seu pau gigante! - Berra mais alto ainda a sem noção e assim que ela se dá conta do que falou seus olhos se ampliam e ruborizada é pouco para defini-la.

Só que neste exato momento adivinha quem aparece atrás dela? Vocês sabem né! Eu sei que vocês podem imaginar quem é a distinta criatura.

Olha, eu ainda não tinha decidido com qual dos sete anões ele parecia mais. Mas pela expressão dele, neste exato momento, eu acho que ele está até que bem parecidinho com o Zangado!

- O que é isso? Não deu tempo nem de esfriar o defunto e você já traz um imbecil desconhecido para dentro de casa. Merda, mal faz um mês que eu saí daqui Sônia e você já deu pra outro! Você definitivamente não tem condições de criar meus filhos! - Grita o personagem dos ursinhos carinhos.

- Não é nada disso que você está pensando Kadu. - Mas é claro que neste momento eu interrompo minha pequena aluna inocente.

- Não é mesmo! Eu ainda não comi sua ex-esposa. Oh mulher difícil! Mas deixa eu me apresentar. Para começo de conversa, o único imbecil desta sala é você. Pelo que eu saiba ninguém te mandou embora, foi você que escolheu sair, deixando tua mulher sozinha com três filhos para cuidar. Além disso, eu não sou nenhum desconhecido da sua esposa. Nós trabalhamos na mesma empresa. Aliás eu sou um dos proprietários da Abrantes Rodrigues Advocacia. Para você Doutor Gustavo. Portanto, meça suas palavras projeto de homem, pois fuder com a sua ex seria umas das coisas mais amenas que eu poderia fazer contigo, afinal, eu definitivamente posso, num piscar de olhos, fuder com a sua vida inteira. Aliás, por mim já teria feito exatamente isso! Mas a Soninha é muito manteiga derretida e disse que apesar de não te querer mais como homem, te deseja toda a felicidade do mundo! Vai entender. Mas resumindo, é bom você se acostumar com a ideia de me ter por perto, pois você está diante do advogado da sua futura ex-mulher! Entendeu ou daí de baixo foi impossível ouvir?

- Eu vou.

- Vai o que? Chutar minha canela. Sinto muito, mas é crime bater em menores, portanto, no embate físico eu não entro com você. Vai contra os meus princípios. Agora faz o favor de se retirar, pois você interrompeu nossa reunião de negócios.

- Esta casa é minha!

- Não querido! Esta casa ERA sua. Da mesma forma que esta bela moça ERA sua mulher. Agora ela simplesmente possui este martírio perante a lei. Mas relaxa Soninha, que eu já já despacho este ebó de encruzilhada da sua vida.

- Quer saber, eu vou embora! Amanhã a gente se fala Sônia, pode escrever! - Fala o pequenas causas.

- Vai mesmo galhinho de briga! É sorte sua ser tão pequeno, pois não serve nem para ser frango de despacho. Assim não precisa fugir dos macumbeiros de plantão. - E não é que ele foi mesmo! Frouxo.

- Agora me diz. Eu sou foda não sou? - Pergunto para minha pequena pupila, que está com os olhos esbugalhados olhando para a porta pela qual o tal Kadu saiu.

- Ah isso você é mesmo. Acabou de fuder com a minha vida. Você não disse que ia me ajudar a conseguir ele de volta? Agora ele nunca mais vai querer olhar na minha cara de novo Gustavo!

- Mas mulher é tudo ingrata viu. Qual parte do 'amanhã gente se fala Sônia, pode escrever' você não ouviu? Se você quer ele de volta, tem que confiar em mim.

- Mas será que ele vai mesmo querer falar comigo amanhã?

- Ele vai, você é que não vai querer, pois está querendo se conhecer melhor e acha que o distanciamento neste momento é imprescindível para que você defina seus pontos de vistas, metas e pretensões.

- Mas eu quero!

- Que parte do -eu mando e você obedece- que você esqueceu?

- Mas ele pode desistir de mim.

- Você não disse que ele ficou um ano te cercando quando vocês se conheceram? Então, tá na hora de atiçar o instinto de caçador do seu Kaduzinho!

- E se ele não achar que vale a pena?

- Daí acredite, eu te livrei do pior destino.

- Qual?

- Passar a vida toda ao lado de quem não te ama.

Querida é o Caralho! Disponível na Amazon!Where stories live. Discover now