O mal sempre esta por perto.

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Minha mãe chegou e eu logo a dei um abraço, eu estava acabada.
-Fique tranquila Sidney. Tomarei providencias, como não viram nada? Espere vou cuidar disto, fique aqui...
Ela disse se afastando de mim, e indo a um funcionário do local.
-Mãe, antes preciso falar com você, é algo sério.
Falei indo até ela.
-Agora não.
Ela disse para mim enquanto discutia com o homem sobre a falta de segurança da escola.
-Mas é que.
Tentei falar novamente.
-Sidney!
Ela apenas disse e se afastou de mim, levando o homem para outro lado.
Me re voltei, se fosse meu pai me ouviria, por falar nele... Não estava tendo mais noticias, novamente ele não apareceu junto a minha mãe ao castelo. Algo de muito errado estava acontecendo, ele não perderia oportunidades assim de me ver, e suas viagens não demoravam tanto...
Me sentei em um banco e abaixei a cabeça, desejando ter uma maçã em que eu morderia para não ver mais nada. Minha mãe acabou sua discussão com o rapaz e veio para o meu lado .
-Quando eu estiver falando com alguém. Nao me interrompa.
Ela disse severa, concordei com a cabeça, meus nervos já estavam a flor da pele.
-É que quando alguem entrar em seu quarto, mexer em suas coisas, te fazer ameaças e chicotear seu cavalo, a senhora vai entender...
Falei sentindo minha cabeça doer.
-Como?
Ela perguntou nervosa.
-Pois é. Tem uma pessoa me ameaçando.
Falei.
-Quem?
Ela perguntou.
-Eu não sei nada sobre ela. O nome é Hanna.
Minha mãe pareceu buscar este nome em sua mente , mas não achou nada.
-foi ela quem fez isto com Foster? fala quem são seus pais? Prefiro resolver isto diretamente com eles.
Ela disse ainda mais nervosa.
-Não tenho provas concretas de que foi ela, mas olhe bem mãe, ela lê livros esquisitos, tem um sorriso amedrontador, e além do mais. Ela disse hoje para mim. Durma bem.
Falei esta última frase baixo, minha mãe pareceu gelar.
-Quem são os pais desta menina?
Ela perguntou depois de um tempo.
-Não sei.
Falei.
-Sidney. Como é o nome da garota mesmo?
Ela perguntou parecendo pensar em outro coisa.
-Hanna.
Respondi. Minha mãe fechou os olhos e respirou fundo, depois os abriu.
-Malévola.
Ela disse com uma expressão de ódio
Agora tudo fazia sentido, só sendo algo de malévola mesmo para ter tantos motivos para me odiar.
Ela pensou por uns minutos e logo saiu de dentro do veterinário. Sai com ela.
-Onde a senhora vai?
Perguntei a seguindo.
-Fazer algo que realmente eu não queria.
Ela falou. Entramos dentro da carruagem e ela deu ordem para que voltassemos para o castelo. Eu não queria voltar, e Foster? A ultima noticia que recebi dele era que eu receberia noticias dentro de três horas, e eu estava as aguardando. Porem minha mãe decidiu ir para o castelo.
-Oque a senhora vai fazer?
Perguntei depois de um tempo em que a encarava . Ela respirou fundo.
-Eu vou. Sidney, eu sei que não poderíamos nos deixar levar por isto e nos manter firmes e fortes, mas eu preciso te dizer isto filha. Malévola é capaz de tudo, ela preferiu maltratar Foster quando com certeza poderia ter o matado. A questão, é que não posso te deixar correr riscos tão grandes.
Ela disse parecendo ser sincera, uma outra expressão estava no rosto de minha mãe, uma que eu nunca tinha visto nela, era medo. Minha mãe sempre em meio aos problemas que passamos em nossas vidas, sempre se mostrou firme e forte, mas com medo...
- E como a senhora pensa em impedi-la?
Perguntei.
-É ai que está o fato de não poder nos rebaixarmos. Vou te tirar da School Stories Sidney. Não posso te manter em um local em que a qualquer momento podem fazer maldades com você.
Ela disse tentando me acalmar já que eu no exato momento comecei a tremer. Ela não podia me tirar da escola, tudo estava indo tão bem, finalmente eu encontrei um lugar que não me maltratavam. Completei a viajem sem olhar para o rosto de minha mãe, não por raiva, mas porque eu não queria imaginar aquela vida novamente, e ela adoraria tocar neste assunto agora.
Chegamos e eu desci primeiro, acho que dava para sentir como os planos de minha mãe não me agradavam.
-Sidney espere.
Ela disse descendo da carruagem e e indo até mim, aquela carruagem era a prova de como minha mãe era apaixonada pelos contos de fadas, ela poderia ter um carro, assim como muitos, mas não, ela preferia seguir este tipo de realidade, porque me tirar da escola? Porque me privar de algo que eu realmente estava gostando e me dando super bem.
Me virei e a encarei.
-Não me trate como suas amigas, quero te proteger só isto!
Ela disse .
-Me desculpa, eu te entendo, é só que. Mãe, você queria tanto isto, papai queria tanto isto, e agora! Eu quero tanto isto. Não entendo o por que da decisão de me tirar, tudo pode se resolver com uma boa conversa.
Falei sem esperanças de que aquelas palavras fossem boas.
-Sidney. Estamos falando de malévola. A mulher que foi capaz de colocar a própria neta em um colégio só para te atazanar.
Ela disse, então Hanna era sua neta. Isto fazia sentido, afinal, quando minha mãe nasceu, malévola já era velha.
-Isto não vem ao caso. Mãe, é só pedir para tirarem Hanna do colégio, todo mundo sabe que tenho muito mais prestígio que ela neste lugar.
Falei forte para que minha mãe tivesse coragem para tomar esta atitude, ela pensou por um momento e se aproximou de mim.
-Você é minha filha, e eu só estou te protegendo. Isto, Sidney, é para o seu bem!
Ela disse, me deu um beijo na testa e passou por mim entrando no castelo. Fiquei ali parada,sem reação, com dó de mim mesma de não poder ter a vida que quero. Olhei para um banco que tinha ali na entrada do castelo e me sentei, larguei minhas muletas de lado e encostei a cabeça em um pilar, onde Fechei meus olhos e com muita demora a primeira lágrima desceu. Levantei meu rosto e um menino que estava com um homem alto do lado, me observava. O encarei, ele parecia ser mais velho que eu, era alto, e bem Branquinho, ele tinha uma certa forma de rosto, que parecia ser esculpido. Ele ainda me encarava, se virou para seu pai, falou algo, e então foi a vez de seu pai me encarar, no exato momento senti meu rosto queimar, de tanto que me olhavam.
Decidi desviar o olhar mas não pude deixar o menino que agora estava a minha frente sorrindo e me cumprimentando, falando sozinho.
Aliás, que sorriso lindo, ele não era realmente nada de mais, mas seu rosto era lindo, traços exatamente iguais e bem feitos, era quase que surreal, mas isto tudo ainda não o deixava perfeito, mas somente, lindo.
-Ola.
Ele falou.
-Oi.
Falei ainda tímida.
-Sou Garet.
Ele disse sorrindo, a sim, Garet, minha mãe já havia me falado dos filhos de Alice, Garet tinha um ótimo currículo, os melhores cursos e escolas, ele já cursou cursos, de tecnologia, contabilidade e até gastronomia, e todos eles da realeza, dizia minha mãe que que foi nele que ela se espelhou para me educar e me dar um pouco de "conto de fadas" ao mesmo tempo. Mas onde estava ela neste momento? Me tirando dele.
Sim, eu já ouvi falar nele, e não era a toa que ele veio do Pais das maravilhas...

A escola dos contos. (Em Processo De Revisão)Where stories live. Discover now