Capítulo 2: Guerra Mundial e Nazismo

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Karol sentiu na pele a 2ª Guerra Mundial e a invasão dos alemães na Polônia. Os estudos na Universidade Jaguelônica em Cracóvia duraram pouco, por que assim que os nazistas invadiram a cidade, fecharam as escolas de segundo grau e universidades. Em outubro de 1939, o governo obriga que todos os homens de 18 a 60 anos trabalhem - então ele começou a trabalhar em um emprego autorizado pelo governo alemão para não ser deportado para a Alemanha, em uma empresa química chamada "Solvay" como operário em uma pedreira - mas logo depois na fábrica dita. Nesta época ele sofre uma fratura no ombro esquerdo, e conhece de perto a dignidade e o sofrimento físico de um trabalho, e a enorme fé dos trabalhadores e pobres.

Mesmo assim, Wojtyla não parou de estudar, se tornou um escritor, e começou a escrever peças de teatro! Depois a morte de seu pai, e ter enfrentado um duro período de solidão, porque já não tinha mais ninguém de sua família vivo, recebe o chamado de Deus, e devoto do Espírito Santo quis ser sacerdote e em 1942, ele procura o Palácio Episcopal de Cracóvia e começa a estudar clandestinamente em um seminário com outros seminaristas, sendo eles acolhidos pelo Cardeal de Cracóvia Adam Stefan Sapieha. Naquela época, os nazistas queriam destruir a cultura polonesa fechando escolas, universidades, perseguindo intelectuais... e Karol Wojtyla lutou fervorosamente para impedir o que estava acontecendo, se mudava de um local a outro para não ser perseguido, ajudava fugitivos e continuava com os estudos clandestinos.

Em 29 de fevereiro de 1944, Karol foi atropelado por um caminhão da Wehrmacht (as forças armadas alemãs nazistas), foi socorrido pelos oficiais e ficou semanas internado para se recuperar de fraturas na cabeça e ombro que por milagre não tirou a vida. Sobrevivente, viu que passou por um livramento que confirma o dom para ser um padre.


ATAQUES Á CRACÓVIA

Em agosto de 1944, na cidade de Varsóvia houve uma rebelião do exército polonês que tentava acabar com a invasão alemã na Polônia - como essa estratégia não deu certo para os poloneses, os alemães concentraram toda a sua raiva e vontade de destruição em Cracóvia no dia 6 de agosto. Para se proteger dos ataques aéreos, e perseguições, o bispo de Cracóvia escondeu Karol e outros refugiados em um porão, onde ficaram mais de cinco meses sem ver o sol(1). Em 17 de janeiro de 1945, os alemães fogem da cidade, dando aos estudantes a liberdade de voltar ao seminário completamente destruído, quando chegaram no local, viram que os encanamentos estavam entupidos de cocô congelado - prontamente Wojtyla ajudou outros seminaristas a limpar com as próprias mãos. Também ajudou a resgatar uma garota judia chamada Edith Zierer, que fugiu de um campo de trabalho. Edith estava desmaiada na estação de trens e Wojtyla a carregou durante a viagem até Cracóvia. A organização judaica "B'nai B'rith" o reconheceu e ficou muito agradecida por ele ter salvado a vida de muitos judeus poloneses.


(1)JOÃO PAULO II, PAPA. "João Paulo II: mensagens de amor e esperança". Editora Paulus, 2005, pág.10


A história de São João Paulo IIWhere stories live. Discover now