As Criaturas na Neblina.

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"Uma densa camada de névoa seria apenas um fenômeno físico da natureza, ou poderia esse misterioso fenômeno esconder algo a mais do que se poderia imaginar?"

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Essa foi uma história que aconteceu comigo próximo ao ano 2000, e eu nunca vou esquecer.

O relato é um tanto longo, mas vale a pena lê-lo por inteiro.
Tudo aconteceu em uma viagem de duas semanas que eu fiz com a minha família.
Era inverno e nós tínhamos ido para uma casa que é dos meus avós, no interior de são Paulo.
Fomos eu, um primo, meus pais, um tio e uma tia.
Não era uma casa muito grande, mas o terreno era enorme.
Era uma casa embrenhada no meio do mato, só que lá não tinha nada para fazer.
A cidade ficava longe e não tinha nenhuma casa vizinha.
A única coisa que tinha era um riacho que dava para nadar (se você não ligasse para a água que estava gelada) e nem televisão tinha.

A nossa maior diversão era uma bola de futebol.
Eu e o meu primo estávamos com a mente bem ociosa, e o tempo que a gente não tava jogando bola estávamos conversando besteira, e não demorou muito para as histórias de fantasma aparecerem.
Nós ficamos um tempão vendo quem ficava mais assustado.
De noite a gente pegava pesado nas histórias, mas depois de dois dias já não conseguíamos nos assustar mais.
Na metade da viajem os adultos já estavam de saco cheio de ficar lá parados o tempo todo também e resolveram sair para a cidade.
Eu e o meu primo não estávamos com saco pra fazer turismo, então ficamos na casa mesmo.

Como éramos dois moleques de 16 e 17 anos, eles não viram problema nenhum em nos deixar sozinhos.
Quando anoiteceu eles saíram e nós ficamos lá jogando baralho.
O tempo foi passando e a temperatura abaixando e uma neblina forte baixou na região.
Mas a neblina estava tão forte que não dava pra ver nada que estivesse a vinte metros da casa.
Eu fiz um comentário meio besta sobre a neblina do tipo: "É, é numa neblina dessa que o capeta aparece".
Pronto, o meu primo esqueceu do baralho foi pra janela e começou a me encher o saco:

- Eu duvido você ir lá fora!

- Ah cara, não enche, eu não vou sair nesse frio!.

E a conversa foi mais ou menos essa pela próxima meia hora, ele me enchendo o saco para sair e eu com nem um pouco de vontade de sair lá fora. Até que ele falou:

- Cara, eu acho que vi algo lá fora!.

Como isso era a coisa que ele mais falava desde que a gente começou a falar sobre fantasma, eu nem liguei, mas ele insistiu.

- Cara, é sério, eu vi alguma coisa lá fora!

- Meu, não enche, você ta falando isso faz quatro dias direto, porquê acha que eu vou acreditar agora?.

E ai eu olhei pra cara dele, e ele estava com uma expressão meio confusa. Eu falei:

- Que foi que você tá com essa cara de bunda?

- Eu to falando sério cara, eu vi alguma coisa lá fora!

Aí eu comecei a ficar com aquela sensação de que a coisa era mais séria do que parecia.
A minha primeira reação foi sair correndo pela casa e trancar as portas e janelas.
Quando eu tranquei a porta da cozinha ele berrou da sala falando que tinha visto de novo.
Eu sai correndo e fui pra janela ver se via algo também.
Meu primo já estava meio assustado e tava explicando que tinha visto já alguma coisa lá fora quatro vezes e tava apontando onde tinha visto.
Só que não dava pra ver quase nada por causa da neblina, e a única luz que tinha lá fora, a da varanda, estava queimada.
A gente ficou olhando pelas janelas da casa por mais uns dez minutos sem ver mais nada.
De repente ele me solta um berro e eu saio correndo pra ver o que era, e encontro ele apontando desesperado lá pra fora.

Contos de TerrorWhere stories live. Discover now