Parte 12

94 18 10
                                    

"Gente só quero avisar que a partir de agora teremos alguns capítulos com partes pesadas e de um linguajar chula, quero deixar claro que não estou fazendo nenhuma apologia ao abuso infantil, em partes são trechos baseados em histórias reais de pessoas que sofreram abusos na infância, já estão avisados bjs e vamos para o que interessa.
(Para maiores de 18 anos). "

- Safadinha, desce a mão vai, desce, hum, hum.

Comecei a acordar com aquela voz irritante em meus ouvidos, não conseguir assimilar direito estava cedo e eu com muita preguiça e a voz saia em sussurros.

- Vem minha gatinha pega, está duro.

O quê? o que está a vendo aqui? Não pode ser, é isso mesmo?
Ele pegou a minha mão e começou a colocar por dentro da sua cueca, sentir alguns pelo e meio quente e quando a pontinha do meu dedo tocou não sei onde, puxei rápido ele não esperava.

- Foi o que docinho? Pega vai.

Eu pulei da cama em choque sem conseguir dizer nada só o olhando, procurei minha mãe e nada, é óbvio que ela estava no trabalho, quando fiz menção de sair do quarto ele me puxou pelos cabelos e segurou bem forte meu pulso.

- Aí de você falar alguma coisa para alguém, pensa no que a sua mãe vai te fazer, ela vai te bater tanto, tanto e depois vai te colocar em um alfanato e nunca mais você vai sair de lá pirralha.

Na hora minha cabeça deu um nó, eu não entendia. Será que eu iria passar por tudo aquilo de novo?

- Você vai falar, em vai falar? Balancei a cabeça em negação, ele foi apertando meu pulso e me olhava como se estivesse com mil demônios dentro dele, eu sentir tanto medo que fiz xixi nas pernas, comecei a chorar.

- E não chora, calada.- Me deu um chacoalhão, fazendo eu engolir o choro.

- E ainda está toda mijada? Eu vou limpar com sua cara bastarda. -Me deu um arrastão e cair com tudo, ele me esfregou no chão sujando todo o meu pijama.

- Sai daqui e aí de você.

Passou o dedo bem forte no meu nariz me empurrando para fora do quarto, tudo isso aconteceu com meus avós dentro de casa como ele fala bem baixinho, acho que foi por isso que eles não ouviram.

Gente eu só tinha 7 anos, pensa como estava minha cabeça naquela hora, um homem que me amava, dava carinho e que logo de cara eu amei como um pai, estava fazendo aquilo tudo comigo. Pensei que tinha alguém que protegesse tanto a mim quanto a minha mãe, mas não, o pior monstro estava debaixo de nosso próprio teto.

A pouco tempo já tinha sofrido alguns traumas que tive que guardar só pra mim, e presenciei minha doce inocência sendo arrancada com apenas 5 anos de idade, eu sofro tanto com essas lembranças.

Pelo menos sofria.

Um eu antes de mim.[Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora