Parte 17

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Praticamente eu sofria de tortura psicológica todos os dias. Mas nada tirava meu velho sorriso do rosto.
Claro que eu dava um jeitinho de  me divertir e era na escola com minhas amigas.

Não vou mentir que namorei muito só celinho claro, porque com 15 anos de idade ainda me comportava como aquela  menina de 7 anos inocente que foi roubada de mim. Mesmo que eu aparentando o contrário.

Como falei meu mundo era infantil e inocente e nessa época foi apagado todos os traumas, me tranquei nesse mundinho cor de Rosa.

Aproveitei um dia que Damon ficou doente e teve que ser internado às pressas, para poder participar da festa junina da escola eu iria participar de uma competição de dança.

É até engraçado lembra, se o Damon descobrisse que a filha do pastor estava usando mini saia, maquiagem e por cima dançando para toda escola ver, teria um infarto de verdade. (Rsrsrs)

Foi o melhor dia pra mim eu me soltei. (Rsrsrs)

Eu estava vestida com uma camisa violeta, meio bufada, um cinto marron bem largo para marcar a cintura, saia jeans curta rasgadinha nas bordas e de chapéu preto e bota da mesma cor, à e também usava um pingente que ganhei de minha melhor amiga Cris, fora a maquiagem que modesta parte estava de arrasar. Claro que eu não tinha nada dessas roupas tudo emprestado.

Recebemos altos elogios, meu grupo venceu como as melhores dançarinas da escola e ainda por cima descolei um gatinho.

Ele era o carinha que eu estava de olho desde o início do ano. Era simplesmente lindo, era loiro (não que eu tenha preferências, nunca liguei pra isso), tinha os olhos verdes e um corpo ai que corpo, ele não era musculoso mas tinha tudo no lugar e também não era branquelo sem graça, estava na medida certa pra mim.

Descobrir nesse dia que ele gostava de mim mas tinha vergonha, porque só andava rodada de amigas, fora que ele achava que eu não dava bola pra ele.

Gente como pode? Eu arrastava um avião por ele. (Rsrsrs)

Ele me pediu em namoro e eu aceitei, depois da escola agente foi para a lanchonete e ele me levou em casa e eu apresentei ele para minha mãe.

Talvez voces digam que fui rápida de mais, só digo que eu e minha mãe tínhamos uma relação de amigas confidentes, éramos cúmplices uma da outra.

Há, a música que dançamos acho que foi uma country não lembro o nome do cantor e nem o da música só um pedaço da letra. Só sei que ficou marcado na memória.

" É na sola da bota,
É na palma da mão.

É na sola da bota,
É na palma da mão.

Bote um sorriso na cara
E mande imbora a solidão.

Solte o grito da garganta (irra)
É na palma da mão (tá tá tá tá)
E no compasso dessa dança,
Solte a bota no chão.

É na sola da bota,
É na palma da mão.

É na sola da bota,
É na palma da mão.

Solte o grito da garganta,
Batendo a bota no chão. "

(Rsrsrs )

Todas estavam vestidas a caráter, de vaqueiras o sucesso aquele dia foi só nosso, não deu pra ninguém.

Me despedir do gatinho, no fim de tarde eu só estava o trapo mas tive a melhor noite dos últimos anos, Damon ainda estava no hospital e eu pude aproveitar para assistir até tarde.

Deus me perdoe, mas tenho que confessar uma coisa, eu desejei que ele piorace para eu poder ir para a festa.

Gente me entenda não sou uma má pessoa, só para vocês terem noção tinha a festa do morango todo ano e ele não deixava ir, nem no campeonato de vôlei que eu iria participar ele não deixou, a própria diretora mando um comunicado a ele e mesmo assim recebi um NÃO bem grande na cara.
Pensa ai se ele iria deixar eu ir para festa da escola? Acho que não.

Nessa época minha mãe já tinha outra filha de quase um ano e estava grávida de um menino.

A menina era o meu xodó na verdade todos os três.

Eu já estava habituada a vida no Rio fora que eu estava namorando e teve um período de trégua em casa foi quando Damon resolveu voltar para São Paulo.

Meu mundo caiu.

Aí foi quando o pior aconteceu, eu ainda não tinha saboreado, o sabor do inferno, é terrível.

Tudo o que eu passei não foi nada perto do que ainda estava por vim.

Fora a experiência de lidar com o mundo imaginário.

Vocês não tem noção é coisa de ficar loco.

Um eu antes de mim.[Em Revisão]Where stories live. Discover now