BUM!

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E N Z O   T E I X E I R A

Depois de um tempo pensando na conversa que tive com Cassie, decidi que era melhor ficar ao seu lado.

Era melhor que ela pensasse que eu acreditava nela, assim viria até mim, quando precisasse de ajuda. Conhecendo como eu a conheço, tenho certeza que ela não vai ficar parada por muito tempo com as suspeitas que tem.

Como ela passou o dia todo no hospital, com namoradinho que tinha saído do coma. Fiquei feliz, ela realmente se sentia culpada, mesmo não tendo culpa alguma no que aconteceu.

Deixei para falar com ela de manhã, pelas dez horas, ela já não estava mais no quarto. Procurei Cassie pela casa e não a encontrei em lugar nenhum.

— Mãe! — gritei. Minha mãe devia saber de Cassie, afinal mães sabem de tudo. Subi novamente e entrei no quarto.

Minha mãe estava sentada na cama pintando as unhas do pé. Franzi a testa estranhando a situação, nunca tinha a visto fazer a própria unha.

— Oi meu amor... — falou sem olhar pra mim.

— O que houve? — apontei.

— A manicure ficou doente. — explicou sem olhar pra mim — Não deu tempo de marcar outra... — ela levantou a cabeça — Mas o que você queria?

— Saber onde a Cassie está.

— Ah, Rodolfo a levou ao hospital. Estava reclamando de dores de cabeça. — respondeu.

— Valeu mãe! — desci correndo e corri até a entrada interna da garagem. — Dor de cabeça, sei. — resmunguei abrindo a porta automática e subindo na minha moto e deixando a porta se fechar automaticamente.

Acelerei em direção ao hospital, atravessei o estacionamento e deixei a moto ali e corri em direção a entrada do hospital.

Encontrei Rodolfo fora do prédio, saindo de uma cafeteria com um copo de café na mão. Ele me avistou e veio em minha direção.

— Tá se sentindo mal?

Pensei em dizer a verdade, que estava procurando a Cassie, mas ele ia me encher de perguntas, não tinha tempo pra isso, então eu menti — Meu braço não para de latejar desde ontem a noite. — levei a mão ao braço enfaixada — Os analgésicos não estão surtindo efeito, vou pedir para mudar a receita.

Ele assentiu — Tô esperando vocês aqui.

Balancei a cabeça e caminhei depressa até o hospital.

Já que Rodolfo estava do lado de fora Cassie, provavelmente estaria na área psiquiatra, com alguma ideia maluca em confrontar o Stalker.

Guiado pelas placas e enfermeiros cheguei bem rápido à área psiquiatra. Conhecendo o caminho em direção ao quarto quarto do Stalker e paralisei ao ver a porta entreaberta.

Nenhum policial estava por perto.

Meu coração já estava a mil por hora com a cena. Pensei em mil e uma possibilidades que poderiam explicar a porta aberta e a falta de segurança.

Que poderiam ter levado para algum tratamento de choque ou até para a prisão, mas algo me dizia que uma coisa ruim estava acontecendo. Cassie poderia está em perigo, então tomei coragem e me aproximei do vidro e arregalei os olhos quando vi o Stalker em cima da enfermeira. Ele estava em cima da mulher a imobilizando com violência. Vi desferir um tapa no rosto desnorteado, ela teve o grito interrompido quando ele pesadamente cobriu sua boca, fazendo a cabeça dela bater no chão. Na sequência ele aplicou uma injeção no pescoço dela.

STALKER - O Fantasma cibernéticoDonde viven las historias. Descúbrelo ahora