Annabeth

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Ficar sem o Percy sabendo que ele estava tendo uma conversa importante pra vida de todos, era torturante. Tudo bem que eu ensisti que ele fosse falar com o pai (é tão estranho tudo isso!), mas ainda assim fico angustiada.

E ainda tem a outra parte de ficar sozinha em uma suíte de Las Vegas, com a vista maravilhosa da noite do local e com nenhum ânimo pra sair. Tédio total!

Após ficar horas trocando de canal sem parar, tomei um banho e fiquei apenas com uma langerie salmão debaixo do adredom e um pote de sorvete enorme do meu lado. De repente a campainha toca e com o maior esforço do mundo, me levanto e coloco o roupão para atender. Pelo olho mágico, consigo ver uma camareira olhando pra baixo e com um carrinho ao lado.

Sem entender absolutamente nada, abro uma fresta da porta e consigo ver um cara com o rosto tampado e uma arma para as costas da camareira. Minha garganta seca e o coração acelera em um instante. Tento fechar a porta, mas o pé da pessoa me impata e entro em completo pânico, pisando no pé do indivíduo.

Ele até tenta permanecer com o pé no lugar, mas piso com mais força, o que o faz recuar. Fecho a porta com rapidez e corro pra cabeceira da cama, onde pego meu celular. Começo a passar a lista de contatos procurando a letra P, pra ligar para a polícia, mas sou enterrompida por um murro na porta.

Correndo até o guarda-roupa, clico no número do Percy, por ser o mais próximo e coloco no ouvido, fechando a porta do armário. No terceiro toque o Percy atende e percebo sua voz saindo alto demais. Enquanto abaixo o volume, um estrondo me assusta, fazendo o celular cair da minha mão. O pego com o maior cuidado e desligo a ligação, mas logo começo a digitar uma mensagem.

Por favor, venha pro hotel o mais rápido possível! Não demora, por favor! Te amo muito!!

Logo depois o celular apita e eu começo a rezar pra que, quem quer que seja do lado de fora, não tenha escutado. Em vão. Logo depois abrem bruscamente a porta e me encontram com os olhos arregalados de pavor. Me puxando pelos cabelos, o cara começa a falar com o homem da porta que havia me encontrado. Ele me põe de pé e, percebendo que estou de roupão, sorri maliciosamente.

- Olha só!- ele fala com sua voz grave- Podemos nos divertir, antes de juntar ela às outras pessoas?

- Seria uma ótima ideia, mas não podemos demorar.

- Não vamos. A princesinha já facilitou pra nós.- ele diz abrindo meu roupão.

Meus olhos eram cachoeira e não paravam de jorrar lágrimas, o que fazia eles se divertirem ao ver o meu pavor. Fechei o roupão com força, achando que ele iria abrí-lo novamente, mas ele apenas apontou pra porta em sinal pra que eu fosse em direção à mesma. Obedeci, mas com uma enorme vontade de sair correndo.

Os momentos seguintes passaram bem devagar. Parecia ter passado horas, mas pelo relógio que estava pendurado na parede da sala, eu estava ali por 40 minutos.

Minutos torturantes, diga-se de passagem.

De repente, uma voz bem ampliada por algum autofalante adentrou a sala, mas vinda do lado de fora do hotel.

- Por favor, saiam com as mãos pro auto e nada será feito contra vocês. Pedimos que deixem os reféns saírem sem nenhum ferimento ou seremos forçados a usar a brutalidade.

Achei aquelas palavras meio ridículas. Se eles (sejam quem forem) montaram um esquema pra fazer tudo isso acontecer, acha mesmo que vão se render tão fácil? Por que já não entraram metendo bala? Seria tudo mais prático e me livraria de mais tensão.

Bufei baixinho e me virei pra onde uns caras encapuzados estavam. Depois de terem me arrancado do quarto, os dois homens me levaram diretamente pra uma sala onde já haviam outros reféns e estavam todos sentados no chão encarpetado.

Um murro vindo da porta que estava ao meu lado me fez dar um pulo de susto e quase cair sobre outras pessoas. De repente, uma voz fez com que todos os pelos do meu corpo se arrepiassem de uma só vez e meus olhos serem puxados para o dono da tal voz.

- Parados!- disse Poseidon.

Não acreditei em primeiro momento que ele estava mesmo portando uma arma, mas a urgência de ser tirada daquele lugar era tanta que nem liguei muito pra esse fato. O Percy estava logo atrás, também portando uma pistola (agora sim eu me assustei) e quando nossos olhos de encontraram, comecei a chorar e rir ao mesmo tempo.

Depois disso não vi muita coisa, mas fiz como as outras pessoas que estavam ali também e me deitei no chão. O Percy já estava ao meu lado, o que me tranquilizava um pouco, e trocava alguns tiros com os caras sinistros.

[...]

- Se acalma. Eles não me machucaram!- falava tentando acalmar o Percy e rindo um pouco da situação.

- Sabia que quando eu recebi sua mensagem fiquei morrendo de preocupação? Não sabia o que tinha acontecido e cheguei aqui tão rápido que ainda me pergunto como.

- Ainda bem que seu que posso contar com vc. - disse.

- Tem certeza de que está bem?

- Tenho!- disse impaciente, pela milésima vez.

Seu olhar desconfiado fez arrancar uma gargalhada minha, o que o fez rir também e me dar mais um abraço mega-apertado. Depois de um longo beijo, vi Poseidon sair de dentro de sala do delegado que estava cuidando do caso.

Descobri que tudo aconteceu foi por conta de um homem importante de algum lugar da Ásia estar hospedado no mesmo hotel que o nosso. Por isso eles fizeram todos reféns e confesso que me senti lisonjeada por ter estado tão perto de um homem importante. Mesmo que por um baita susto.

Após contar esse meu pensamento ao Percy, já em casa e com nossos pais, ele me lançou um de seus olhares de repreensão, mas notei um pouco de travessura em seu modo.

- Que pena que a viajem de vocês foi interrompida por uma coisa dessas. - minha mãe diz enquanto faz o almoço.

- Pra falar a verdade, nem estragou tanto a viajem assim, mas confesso que fiquei muito preocupado com a Annie.

- Que linda declaração. Quer dizer que a discórdia entre vcs acabou. Bom saber!

- Também acho uma ótima notícia!- meu pai diz com um sorriso cúmplice em nossa direção.

Esse meu pai não tem jeito e mesmo que minha mãe alhasse pra nós três de uma forma desconfiada, ele mantinha o sorriso no rosto.

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Olá! Depois de muito tempo eu volto à vida e vou rever vocês novamente. Disciplinas mesmo pra quem está acompanhando a história e querendo me matt por eu ter parado de escrever, mas vou contar uma coisinha pra vocês que não é novidade na minha vida:

EU TINHA ESQUECIDO A SENHA PRA FAZER O LOGIN NO WATTPAD.

O caso foi que eu troquei de celular (sim, eu escrevo pelo celular e não acho nem um pouco incômodo) e quando fui fazer o login, PAN... Eu havia esquecido a senha. Mas, de uma hora para outra lembrei e estou retornando a minha vida wattpediana e conseguirei concluir a história.

Beijokas... Até o próximo!

Aminimigos (Percabeth)Onde histórias criam vida. Descubra agora