Capítulo 5

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Boa Noite meninas, demorei e ainda não está totalmente revisado. Deixa eu me explicar, é que chegou visita na minha casa e foi uma correria, então acabei ficando sem tempo. Por isso, peço desculpas por qualquer erro de antemão. 

Obrigada pelo carinho, ainda não tive tempo de responder os comentários da última postagem, mas eu adorei, não parem!!!! 

Um grande beijo, uma ótima semana e até quinta! Boa leitura!!!


***

Melina


Eu engoli em seco. Não esperava encontrá-lo lá, afinal ele mesmo me disse que daria plantão no reformatório hoje, então o que diabos ele estava fazendo ali, em pé na sala de estar do seu apartamento, olhando-me como se eu fosse uma criança desobediente, que foi pega fugindo do castigo?

Não faço a menor ideia.

— Eu... Saí. Queria conhecer a cidade. — Respondi com normalidade, esperando que ele encarasse a minha escapada, apenas como um ato de uma adolescente recém saída do orfanato, querendo recuperar o que lhe resta de sua juventude.

Mas aquilo parece apenas ter deixando-o enfurecido. Ele me olhou como se eu estivesse louca, e eu odeio quando ele me olha assim. É nesse momento que o Sr. Razão, vai dar seu sermão de milhares de tópicos altamente explicativos que indicarão – aparentemente – porque as minhas explicações não fazem sentido algum para ele.

— Você saiu? É isso que você tem para me dizer por sair a noite, vestida desse jeito, e chegar as duas horas da madrugada?

Isso foi uma pergunta? O que exatamente ele espera que eu responda? A única coisa que tenho certeza, é que o que ele espera não é a resposta que eu vou dar.

— É?

Sim, soou como uma pergunta, mas sim, era exatamente aquilo que eu estava querendo dizer.

— Você só pode estar maluca, Melina. Você sempre foi centrada, meio louca, mas pelo menos aparentava ter o mínimo de responsabilidade! Você faz ideia do perigo que correu saindo sozinha pelas ruas do Rio de Janeiro, e voltando a essa hora? Você poderia estar morta, poderia ter sido abusada, assaltada, poderia ter passado por uma tortura maior do que a da sua infância...

—Você não faz ideia do que eu passei! Eu não temo nada, Noah. Que espécie de futuro eu tenho? Sou apenas uma adolescente problema e traumatizada, que ninguém sabe lidar, inclusive você. Eu não tenho nada a perder, não me importo se morrer, na verdade seria até um favor para o mundo. Já perdi todos da minha vida, e a parte boa nisso tudo é que se eu morrer por uma atitude irresponsável minha, ninguém vai sentir a minha falta.

Eu estava gritando. Não, ele não merecia ouvir tudo aquilo, mas eu não conseguia deixar essas palavras entaladas em minha garganta. Eu estava chateada, estava nervosa, e cheia de magoa dentro de mim, mas aparentemente o Noah também não estava melhor, pois essa foi uma das poucas vezes que eu o vi perder o controle. De repente ele estava gritando também.

— Eu estou na sua vida. Você tem a mim, há muito tempo. E se algo acontecer com você, eu vou sentir sua falta. Então por que não para de ser uma maldita egoísta e para de pensar apenas no próprio umbigo? Por que não olha para a sua frente e vê que se for irresponsável o bastante para buscar o mal para si mesma, você vai morrer, você vai parar de sentir dor, e eu sou aquele que vai ficar aqui, sentindo a sua falta, sentindo a dor de perder alguém que ama.

Agora & SempreWhere stories live. Discover now