Capítulo 4

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— É que, eu não gosto de falar sobre isso. — digo tentando mudar de assunto, ele está me deixando desconfortável.

— Por que? Eu sei que não é da minha conta, mas gostaria de saber, para ajuda-la. — lanço um olhar de sério cara?

— Não me sinto bem pra falar sobre essas coisas, principalmente com quem eu nem conheço.

— Mas voce pode passar a conhecer. — diz se aproximando de mim, a única coisa que faço é me afastar.

— Melhor voltarmos. — digo e deixo o mesmo lá parado, mas logo ele me acompanha.

Compramos os sorvetes e voltamos para perto da Sam, nosso dia na praia foi ótimo, se não fosse pelo Rafael querendo saber de mais, além de ser bem estranho, fomos conversando amenidades no carro, e logo chegamos no prédio, não demora muito para chegarmos no nosso apartamento, já que o mesmo fica no 6° andar.

— Amanhã acorde cedo viu.

— Pra que? — pergunto, nao tem nada marcado, não que eu saiba.

— Esqueceu que amanhã é domingo? E você combinou de ir na casa da minha avó comigo? — esqueci completamente.

— É, mesmo, eu estava esquecida já. — digo sem graça.

— Depois fala que eu esqueço de tudo. — diz já subindo, acho que ela vai dormir.

— Falando em esquecer, o Paulo ligou pra você? — pergunto com uma sobrancelha arqueada.

— Não. — pela sua voz percebo um tom de raiva, ela não gista de perder, principalmente apostas.

— É, acho que eu ganhei a aposta..

Sou interrompida pelo telefone dela tocando.

— Oi Paulo... É estou em casa... Amanhã não dá... Então a gente marca pra outro dia?... Tá, tchau, beijo.

Quando ela desliga o telefone faz uma dancinha muito esquisita de comemoração e só fica zoando de mim.

— Eu ganhei! Você vai ter que fazer tudo que eu mandar. — diz em quanto balança os braços de uma maneira esquisita.

— Vai diz logo, o que você quer que eu faça? — digo sem paciência.

— Você tá pensando que eu vou dizer agora? Não, eu vou deixar pra cobrar a aposta em outra oportunidade. — ela e seu sorriso maligno.

Subo e vou me deitar, aff como ela pode ser tão criança, e o pior é que eu perdi a aposta, e tenho certeza que ela vai pegar pesado, logo adormeço.
Acordo exatamente 5:00 a.m, uma coisa muito difícil pra mim, que dia de domingo costumo acordar 10:00 a.m com a Sam no meu pé, já que acordei cedo, decido fazer o café da manhã, compro uns pãezinhos na padaria, preparei sucos, e até fiz um bolo de cenoura, espero que fique gostoso. Num dá nem meia hora ela desce.

— Hum. Que cheirinho bom. — diz se sentando.

— É, acordei cedo e decidi fazer nosso café.

— Meu estômago agradece. — fala colocando as mãos sobre a barriga.

Tomamos nosso cafée logo em seguida nos arrumamos, o caminho até casa de dona Emília nao é longo, pouco mais de 30 chegamos, e pudemos ver sua casinha, que é bem perto de uma cachoeira, que é uma delícia. Ela abraça a Sam e lhe dá alguns beijos, mas quando chega em mim passa mais tempo.

— Para vó, não é pra tanto, nos vimos não faz nem duas semanas. — fala com os braços cruzados.

Emília, é a avó materna de Sam, ela é um amor de pessoa, adora mimar a gente, quando vamos pra lá sempre acabamos engordando, ela é tipo a Dona Benta do sitio do pica pau amarelo. Até pode ser comparada por ser baixinha, cabelos brancos, de óculos e uma senhora muito fofa, que dá vontade de apertar.

— Eu acho que alguém aqui ta com ciúme. — digo.

— Não é ciúme. — diz fazendo bico.

— Para de birra, há Emília pra duas. — diz nos abraçando.

Saio do seu abraço, com meu celular vibrando, que acabou de chegar uma mensagem.

Filha, preciso falar com você, é importante. — Mordo meu lábio inferior, vendo a mensagem.

Meu Chefe Sedutor (Editando)Where stories live. Discover now