Capítulo 28

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Ele respira fundo mais uma vez, e começa.

— Não sei nem como começar, mas vamos lá. Logo que eu assumi o cargo de presidente da empresa, mudei bastante coisas, como minha secretária, e acabei contratando a Michele, ela era muito jovem, mas que você, nos tínhamos um relacionamento de patrão e funcionária muito bom, sempre nos dávamos bem, eramos muito amigos, só que depois de um tempo um sentimento começou a evoluir sobre nós, eu não via ela só como uma amiga, a via como muito mais, e com isso nos aproximamos cada vez mais. Ai descobrimos que ela estava grávida, só que ai eu já estava desconfiado de que ela estava me traindo. — ele para para respirar e olha para o chão. — Você sabe muito bem como eu sou, fui atrás dela, e quando eu a encontrei vi a pior cena da minha vida. Ela estava nua, do lado de um homem, apenas com um lenço a cobrindo. Não contive minha raiva, fui para cima dos dois, obvio que não ia bater nela, mesmo com toda a raiva que sentia naquele momento fui incapaz de dar um tapa nela, principalmente que ela estava grávida. — ele para de novo e dessa vez algumas lágrimas começam a descer por seu rosto.

— Não precisa continuar se não quiser. — digo olhando em seus olhos.

— Não, eu quero. Eu estava muito alterado quando peguei aquele carro para dirigir, e mesmo sem ela querer entrou comigo. Eu gritava muito com ela, que ela havia me traído, e que ela era uma mulher qualquer. E foi ai que me destrai e acabei derrapando o carro, fazendo com que ela e o filho que esperava morresse. — depois que ele termina de falar tudo fico até sem palavras, não sei o que falar para ele.

— Você se culpa até hoje? ele apenas balança a cabeça confirmando. — Eu sinto muito, deve ser muito triste perder a mulher que ama e o filho no mesmo dia.

— Ele não era meu filho! Você não ouviu o que eu disse? Ela me traiu. — diz ele com convicção.

— Ouvi, mas não acredito que ela possa ter te traido. — digo desconfiada.

— Como não? Eu peguei ela na cama com outro. — diz levantando da cama e rodando o quarto nervoso.

— Mesmo que não tenha chegado a conhece-la, acredito nela, pense comigo. Se ela te amava como disse ela nunca iria te trair, e também tem a parte que ela morreu dizendo que não te traiu. — ele parece pensar no que eu disse.

— Mas isso não explica o fato de eu ter. — o interrompo.

— Eu sei, pegado ela na cama com outro, mas mesmo assim acho que você foi precipitado em acusa-la dessa forma. Eu sei que parece loucura o que vou dizer, mas acho que foi armação para vocês se separarem. — digo.

— Se o que você diz for verdade, me diga, quem poderia tentar nos separar? — pergunta ainda sem acreditar.

— Sei lá, uma pessoa que não gostasse do relacionamento de vocês, e que ficou feliz com seu sofrimento. — ele para e olha para o nada, como se estivesse pensando. E do nada tem uma cara de raiva.

— Ei! Por que você ficou com essa cara? — pergunto estranhando seu comportamento.

— Porque eu sei quem poderia ter armado tudo isso, se isso for verdade não sei o que vou fazer com essa pessoa. — diz e posso ver ódio em seu olhar.

— E quem é? — pergunto, curiosa como sou.

— Não quero te meter em mais encrencas do que você tem. — diz apenas isso.

Resolvo não falar mais nada, pois sei que não vai adiantar. Apenas deito na cama e logo em seguida ele deita junto. Não demora muito tempo para eu pegar no sono. Acordo e me viro para o lado, não encontrando mais o Gabriel, ele já deve estar tomando o café. Tomo um banho, faço minhas higienes e vou à cozinha. Quando chego encontro minha mãe conversando com Ana, e nada do Gabriel.

— Vocês viram o Gabriel? — pergunto estranhando o motivo pelo qual não o encontro.

— Ele acordou logo cedo e saiu minha querida. — diz Ana.

— Você sabe para onde ele foi? — pergunto.

— Não. Ele só disse que ia sair e não voltaria mais pela manhã, até disse que hoje quem vai te levar ao trabalho será o Carlos. — diz com seu habitual sorriso.

Não falo nada, apenas me sento para tomar meu café da manhã, minha mãe sabendo como sou, também não diz nada, depois de terminar me levanto e vou pegar minha bolsa, para ir trabalhar.

— Não vai se despedir de mim filha? — só ai me lembro da existência da minha mãe.

— Claro né, mas é que agora estou atrasada, quando eu chegar a gente fala melhor. — digo e dou beijo nela, logo em seguinda indo para porta.

Desço pelo elevador e logo avisto o motorista do Gabriel, e invez de entrar no carro, passo direto, indo procurar algum táxi na rua.

— Senhorita, por favor, eu peço que entre no carro. — pede profissional como sempre.

— Não, eu vou de táxi. — digo e logo a visto um.

— Por favor, foram ordens do senhor Gabriel. Se a senhorita não for comigo terei problemas. — diz e resolvo ir, mas não porque ele mandou, e sim porque não quero que o Carlos se meta em problemas por minha culpa.

Bufo de raiva e entro no carro. Pouco mais de 20 minutos chegamos e logo vou para o prédio. Não paro em lugar nenhum, vou direto a sala dele, quando chego lá bato e nada dele me responder. Bato de novo e nenhum sinal dele. Resolvo abrir a porta, e para minha infelicidade ele não está aqui. Já que ele não chegou ainda resolvo sentar e esperar. Depois de mais de 30 minutos esperando ele , me canso, e vou até o bebedouro para beber um pouco d'água. E quando viro o vejo passar para sala, nem para pra me cumprimentar, teimosa como sou vou atrás dele. Depois de abrir a porta fico de braços cruzados em sua frente.

— O que foi agora? — pergunta, e pelo que me parece ele está muito zangado.

— Ainda pergunta? Você saiu e não me deu explicação nenhuma.

— Você não é minha mulher para eu ter que te dar explicação de onde vou. — nossa! Essa doeu até na alma, cadê aquela história que me amava e tal.

— Já que você pensa assim me esqueça. — digo e saio de sua sala com raiva. Me afundo na cadeira e penso o quanto eu sou burra.

Passa se algum tempo e estou de saco cheio de tudo isso, resolvo ir embora mas quando estou indo em direção ao elevador ouço uma voz.

— Alice, espera. — Diz e vem correndo até mim. — Você me desculpa? — pergunta e continuo parada sem olhar na sua cara. — Alice, chega desse joguinho.

— Que joguinho? estou chateada com você. Só perguntei aonde você foi, não precisava ter me dito aquilo. — digo cansada de tudo.

— Me perdoa, eu estava, estou com muita raiva, ai acabei descontando tudo em você.

— Já que você quer que eu te perdoe me conte onde você estava, e o que aconteceu para você ter ficado assim. — digo olhando firmemente em seus olhos.

Meu Chefe Sedutor (Editando)Where stories live. Discover now