Vampiros

Troisième

— Evan, direita. Eu cubro a esquerda — Disse Butt sinalizando para uma projetada floresta de pinheiros autos e de lindas flores. Ao seu lado esquerdo se encontra uma praia de mar azul e de local completamente deserto. Assim que se vira e caminha na direção proposta, Evan sai sem dizer nada, sem ao menos pensar duas vezes, expõe as pistolas prateadas e ambos correm em diferentes direções. Butt a conhecia melhor do que ninguém, em sua feição estava clara suas intenções. Assim como ele disse ela fez, sorrindo loucamente.

Os dois se encontravam agora em direções opostas, para muitas suas táticas ousadas são ridículas, eles se expõem ao máximo do perigo, sem se importar um com o outro. Mesmo que parece uma má ideia se separar, os dois adoram a ideia de serem pegos, capturados. A ameaça iminente os excita, não á nada melhor que adrenalina insuportável pela qual os dois se exibem.

Rápida e ágil como um leopardo, Evan corre entre arbustos, movimentando-se sem fazer qualquer ruído. Ela salta sobre algumas armadilhas, passando felinamente pelas mesmas e não as desarmam.

Uma gargalhada ao norte chega aos pés dos ouvidos da morena, ela sorri e sua pupila dilata na escuridão que se encontra. Uma rajada de vento a surpreende, os pinheiros ao redor estremecem. A escuridão começa ao leste e toma o falso céu por inteiro, a lua se mostra repentina em meio as três estrelas diamantes e suas únicas luzes realçam um lindo jardim de flores pelo qual Evan se encontra. Ela fita o teto, admirada.

— Uau! — Exclama.

Assim que ela deixa o primeiro som escapar lentamente pelos seus lábios, as lindas flores de diversas cores, começam a murchar uma por uma. Assustada ela se afasta, saltando para trás.

— Ops...

Um cheiro de enxofre desagradável sobe no bosque, as antes encantadoras rosas e petúnias, murcham até se tornarem negras. Evan se levanta lentamente, observando o fenômeno acontecer. Pequenas partículas das pétalas, sobem rapidamente formando uma nuvem de poeira, elas rodeiam a garota formando uma espécie de barreira ao seu redor. Evan guarda as pistolas nos suportes e se abaixa para tocar o tornozelo de onde ela tira uma pequena lamina e passa calmamente por aquela substancia gasosa.

— Mas, o que?! — Com os olhos arregalados, ela vê as propriedades da lamina serem dissolvidas, transformando-as de solidas para uma substancia liquida.

"Droga, como vou sair dessa?!" — Se pergunta, sorrindo.

"Maldição! Eu não caio em malditas armadilhas tão facilmente! " Pensa, cobrindo a boca com força para não gritar.

...

A cada paço que ele dava, sentia a bota em seu pé afundar na areia do mar.

"Nostálgico" — pensou.

Um ponto negro ao centro da estrada de areia, era visível.

"Tão a cara dos Coddy, eles não são nada interessantes! " Pensa um tanto entediado.

Ele tira o bastão das costas e duas laminas, escondendo-as nas mangas da blusa. Quando a forma a distância se aproxima, seus passos começam a acelerar, caminhado mais rápido na medida em que o outro pega velocidade. Correndo em direção um do outro, olhares assustadores se confrontam, cheios de promessas de uma seção de dor e agonia.

A gargalhada de Trent é explosiva, ganhando um rolar de olhos do senhor equilibrado. Butt não entende o porquê de o garoto a sua frente não deixar o jogo mais misterioso ou excitante, a única coisa que Trent sabe fazer é bater de frente e rir como um garoto problemático.... Ah! Não que Evan seja muito diferente quando se trata de enlouquecer.

Trent se irrita ao se deparar com a expressão entediada de Butt.

— Me disseram que este ano estavam em outro patamar, mas... parece que continuam os mesmos — O loiro comenta um tanto entretido com a observação e irritação de Trent, para despertar a iniciativa do outro ele baixa aguarda, propositalmente.

O garoto não diz nada, apenas observa o contorno dos músculos de Butt, notando as mudanças físicas de um ano a outro. Os cabelos loiros estão mais compridos, o rosto mais delineado, amadureceu muito também e parece que... "Como esse cara pode se tornar mais forte a cada dia? " — Se perguntava Trent indignado.

"Mas eu também mudei" — Sorriu.

Butt estava a observar o mar quando recebeu o primeiro golpe, mau viu a mão fechar em seu tórax, sentiu o próprio corpo ser jogado a metros do chão e seu bastão cair para bem longe de si, mas ele com uma única mão conseguiu intercepta a velocidade da queda, chocando os pés de encontro ao chão, porém, não a tempo suficiente...

O sorriso de Trent era sinistro, de pé ao lado de Butt que mal havia aterrissado. Ele pisa na mão do Loiro, tirando um gemido agudo e com um rodopio ele chuta o rosto contorcido do mesmo, derrubando na agua salgada.

— Hm... Realmente não mudou nada! Continua sendo cruel a ponto de me ferir e jogar no sal! Maldade... — O loiro se levanta sorrindo minimamente, a mão esta esfolada e uma marca roxa se encontra em sua Buchecha, suas roupas brancas encharcadas. Ele inclina o rosto e aguarda.

Trent esperava por essa, Butt podia ser o cara mais certinho que existe, mas equilibrado? Claramente não. Ele não se importa nem um pouquinho com os danos que o próprio corpo recebe, mas parece ficar mais sério quando sente seu corpo ameaçado e adora isso, seu sorriso irracional é uma boa prova.

— Estou apenas me aquecendo! — Trent rosna.

Realmente estava apenas começando.

...

O espaço entre o círculo ia diminuindo vagarosamente, seus sentidos avisavam para fugir, mas ela é a Evan, não o faria.

O zumbido passa rapidamente por traz de sua cabeça, ela desvia prontamente, ao se inclinar os fios castanhos de seu cabelo são tocados pelo calor, queimando a ponta das madeixas ao se encostar no muro cinzento. Um punhal dourado, corta minimamente sua bochecha e se funde com a matéria a frente.

Abaixando, impulsionando as bostas contra o chão, ela salta para fora do pequeno círculo, aterrissando em uma pilha de lanças, apontadas para sua sola. Ela sorri ao pisar na ponta de duas e se equilibrar nas mesmas.

— A quanto tempo! — Evan exclama, zombeteira. Seu sorriso alargue-se, mas seus olhos mostram o ódio brincando nas ires.

— Pisei em seu calo, não? — Ele pergunta, sem expressão.

— Pois é... O cabelo é a vida de uma mulher.