Capítulo 29

128 21 7
                                    

Eu e Kurt entramos em casa e encontramos meu pai na sala de estar falando com alguém no telefone. Nos aproximamos e percebemos que ele está um tanto quanto preocupado.

-Mas há quanto tempo ela está assim?... Nossa, que horrível... -ele nos olha e faz um sinal para nós sentarmos no sofá. -Ele acabou de chegar com a Katherine... Quer falar com ele?... Tudo bem... Entendi, chegaremos o mais rápido possível... Até mais, Phillip.

Meu pai desliga o telefone e fica ainda mais preocupado. Aperto a mão de Kurt, que está tremendo. Por que o pai de Kurt ligou para cá?

-Paul, por que o meu pai ligou para cá? -ele pergunta. Parece que leu meus pensamentos.

-Kurt... -ele nos olha novamente. -Sua mãe está doente.

-O que? -ele pergunta incrédulo e nós dois nos levantamos. -Mas... mas o que ela tem?

-Não sei ao certo, mas parece que ela ingeriu um sangue diferente e o corpo dela não aceitou muito bem.

-Mas é grave? -pergunto.

-Mais ou menos, ela está de cama e não ingeriu nada há dias.

-Que horror... -ponho a mão na minha boca.

-Eu preciso ir para Transilvânia. -Kurt diz desesperado.

-Eu irei com você. -meu pai fala. -Eu e Katherine.

-Não, não, não será bom nós três irmos.

-Mas nós não vamos te abandonar. -falo e coloco minha mão em seu ombro.

-Eu sei, minha querida, mas esse momento é muito delicado para mim. -ele beija minha mão.

-Vá para o seu quarto, Katherine, eu e Kurt teremos uma conversa.

Assinto, me afasto e subo a escada, deixando meu pai e Kurt sozinhos. Passo pelo corredor e entro no meu quarto. Coloco minhas coisas em cima da escrivaninha e sento na cama.

A mãe do Kurt está doente. Isso é horrível. Seria péssimo se Margareth Garden morresse, já que Kurt sofreria muito... e eu sei como é viver sem o amor de uma mãe.

Eu já me encontrei com Margareth apenas duas vezes e, nas duas ocasiões, ela contou para mim e para o meu pai que eu sou muito parecida com a minha mãe. A sra. Garden também foi muito simpática comigo, um pouco diferente do sr. Garden.

Espero que nada de mau aconteça com Margareth, já que ela é uma boa pessoa. Agora estou pensando em uma coisa importante... como a família Garden reagiria quando descobrisse que Kurt foi rejeitado por mim?... Não pensa nisso, Katherine, não pensa!

Jogo meu corpo para trás, pego um travesseiro e começo a gritar, mas o grito é abafado pelo travesseiro. Quando será o momento certo? Quando estarei preparada para contar a verdade para Kurt?

***

No final da tarde, vou para cozinha para pegar uma garrafa de sangue. Abro a geladeira, pego uma garrafa cheia e, quando fecho a porta, vejo Kurt atrás de mim.

-Que susto, Kurt... -falo assustada e ponho a mão no meu peito.

-Me desculpe por isso.

-Está tudo bem... -abro a garrafa e a bebo enquanto vou até a bancada da cozinha. -Você vai para a Transilvânia sozinho?

-Não, eu e seu pai vamos para lá.

Histórias de Katherine JacksWhere stories live. Discover now