Capitulo 24 - Estrada de Sangue.

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Reino de Murdor

Joseph só soltou o braço de Isabela e relaxou, quando entraram em uma pequena casa numa área isolada da cidade. Ele a empurrou para dentro com aquele seu descuido habitual e depois trancou a porta, caminhando lentamente pelo cômodo para ascender algumas vê-las e iluminar o lugar.

__O que estava havendo lá fora em?__ ele questionou enquanto ascendia as velas.

__Aquele idiota achou que podia quebrar a regra do Rei e se aproveitar de mim já que Klaus e nem você estavam na cidade__ ela murmurou zangada, parada em um canto de braços cruzados, batendo o pé no chão nervosamente__ qual o problema desses soldados? Eu por acaso tenho cara de prostituta?

__Bem, você mora em um Bordel__ ele a lembrou.

__Não por escolha própria__ rebateu ofendida.

__O que não muda o fato de que é a mulher mais bonita que já viram nesta cidade__ ele murmurou enquanto largava o punhal sobre uma mesa e tirava o cinto__ esses homens não estão acostumados com princesas tão bonitas, e muito menos a serem gentis.

__Acha que sou a mulher mais bonita da cidade?__ ela o olhou desconfiada.

Ele parou o que fazia para fitá-la e sorriu debochadamente.

__Só estou repetindo o que ouvi dizerem por ai princesa, não disse que concordava.

__Porque me ajudou?

__Porque é meu trabalho, o Rei não quer que nada lhe aconteça, a não ser que seja por ordens dele__ deu de ombros__ não fique achando que me importo.

__Eu nunca pensaria isso__ ela garantiu com um sorriso amargo__ que lugar é esse?

__É minha casa__ ele respondeu.

Ela o olhou de lado, depois focou sua atenção no lugar. A primeira coisa que reparou era que era uma casa bem simples, porém ainda assim aconchegante. Viu no canto de uma das paredes, diversas facas e lâminas diferentes penduradas, como uma coleção de armas e dentre elas estava a que Charlie havia lhe dado e Joseph roubara quando impedira sua fuga. Ela ergueu a mão para tocá-la.

__Não toque nisso__ a voz dele a despertou do transe.

Ela o olhou de cara feia e voltou a analisar o lugar, fitando a lareira no canto, que agora estava apagada e depois a cama no outro canto. Era bem mais simples que a do quarto do Rei, mas também tinha um lindo dossel, com cortinas meio transparentes descendo sobre a cama como uma cascata. Sentiu-se um pouco desconfortável de repente e sem saber ao certo porque, lembrou-se do beijo que ele lhe dera dias atrás.

__Devia evitar sair sozinha pelas ruas enquanto o Rei estiver fora da cidade__ Joseph avisou a despertando novamente de seus devaneios, ela se perdia facilmente em pensamentos__ os homens sempre querem aquilo que não podem ter, é mais excitante.

__Mas você não é assim__ não foi uma pergunta.

__Você sabe bem que não sou como os outros homens, princesa.

__É muito mais complicado__ ela concordou.

__Droga__ ele resmungou.

__O que foi?__ ela o fitou curiosa.

__Aquele filho da mãe me machucou__ reclamou passando a mão atrás da cabeça e depois afastando para ver o próprio sangue.

__Pensei que ninguém conseguisse machucar o cavaleiro das sombras.

__Ele quebrou uma garrafa de vidro na minha cabeça, isso não conta... E não estou num bom dia.

__O que aconteceu? Realmente não parece muito bem.

Cavaleiro das Sombras.Where stories live. Discover now