Lápides.

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Capítulo LIX:- Lápides.

Gabriela olha para ele e não pensa o ataca com seu único braço, ele defende com sua espada e a desliza para baixo e corta o rosto, chutando a barriga dela a derrubando no chão. Imediatamente ela sente uma dor lancinante e a bolsa estoura. Corvo se aproxima e aponta a espada a ergue pronto para decapita-la quando é atingido em cheio por uma imensa bola como os meteoros de Anael.
Teresa estava de pé, ela vai  até a amiga e a pega em  seu braço.
Teresa:- É bom que essa criança sobreviva, senão a sua morte será lenta e dolorosa seu traidor.
Teresa vai até ele e enfia sua espada negra em sua costas, no meio da coluna vertebral. Ela corre até o carro e elas seguem com Jennifer dirigindo.
Jennifer:- Vamos para um hospital
Teresa:- Não eles vão fazer perguntas e provavelmente vai  ter anjos lá.
Jennifer:- eu sou rica eu tenho acesso a uma clínica que poucos sabem.
Jennifer dirige por 20 minutos e para diante de uma mansão, com um interfone preto na porta. Jennifer para ao lado so interfone e aperta um botão vermelho.
Jennifer:- Estou com uma emergência, minha amiga esta em trabalho de parto.
Recepcionista:- Qual seu nome senhora?
Jennifer:- Jennifer Austin Walker
Recepcionista:- A sim,  me desculpe pela demora senhora
Jennifer:- Abra logo essa porta.
Imediatamente o portão abre, Jennifer acelera o carro e para diante da casa. Uma equipe médica chega e leva Gabriela numa cadeira de rodas, Jennifer vai a recepção com a pequena menina atrás enquanto Teresa senta num confortável sofá.
Jennifer vai até Teresa com Luana nos braços, senta ao lado dela.
Por alguns minutos nada se ouvia, Luana já cochilava nos braços da mãe quando Teresa resolveu falar.
Teresa:- Qual o nome dela?
Jennifer:- Luana
Teresa:- Lindo nome...
Jennifer:- ela é idêntica a você
Teresa:- jamais, ela é bonita demais. 
Jennifer:- Você é linda e ela também. será que Gabriela vai sair dessa?
Teresa:- Acho que não, mas o bebê sei que ela vai dar um jeito dele viver.
Ao final da frase uma enfermeira se aproxima, ambas se levantam para receber notícias.
Enfermeira:- Tenho uma má e uma boa notícia. 
Teresa pega na mão de Jennifer que aperta aguardando o pior.
Teresa:- pode dizer.
Enfermeira:- A boa notícia que os bebês sobreviveram e estão bem.
Jennifer:- Bebês?
Enfermeira:- sim um casal muito gordinhos e saudáveis
Teresa:- a má notícia?
Enfermeira:- é que sua amiga morreu, não sabemos o real motivo, mas ela está morta.
Jennifer:- nos de um minuto.
Enfermeira:- Claro, quando os bebês estiverem prontos eu as levo para vê-los.
Ela balança a cabeça bem rapidamente e volta pelo mesmo caminho que vira.
Jennifer:- os bebês nao tinha nem quatro meses de vida, como é possível?
Teresa:- Ela deve ter usado todo o poder pra terminar a gestação e salvar eles, por isso ela morreu.
Jennifer:- Maldito traidor, covarde como ele pode fazer isso?
Teresa:- Eu vou matar ele, nem que eu tenha que destruir o inferno inteiro pra isso.
Elas voltam ao sofá , esperam caladas e ainda de mãos dadas. Após um longo tempo a enfermeira volta e elas seguem ao berçário, um lugar muito luxuoso apesar de ser um hospital, sem dúvida muito caro para pessoas como Teresa, mas algo normal para Jennifer.
Ao invés de vários bebês juntos, um quarto individual com uma enfermeira dando toda atenção e cuidado ao gêmeos.
Eram idênticos e bem brancos, calmos e serenos bem estranho para bebês. A enfermeira as deixa a sós, Teresa percebe que está toda suja e com trapos rasgados e com marcas de sangue e ninguém a interrogou.
Jennifer vendo Teresa olhando para si parecia ler a mente da amada.
Jennifer:- eu pedi para não questionarem sobre suas roupas, mas tome um banho e coloque algo melhor.
Teresa ri e obedece, entra no enorme banheiro e relaxa na água quente, o melhor depois de uma batalha.
Ela sai e pega roupas que estava num armário dentro si banheiro, uma calça branca, com uma camiseta rosa muito confortáveis e um par de pantufas.
Ela sai e vê Jennifer olhando os bebês enquanto Luana dorme numa cama de casal.
Teresa abraça Jennifer e sussurra em seu ouvido:- sua vez eu olho eles.
Jennifer confirma com a cabeça e vai ao banheiro, Teresa os observa pensando em um nome para eles. E um devaneio de tempos atrás ela e Amanda brincando no quintal rindo. Ela daria tudo para voltar e salvar sua amiga e todos que morreram até ali. Gabriela que sempre trazia paz em seu coração agora estava morta.
Lágrimas caem de seu rosto enquanto observa os bebês, e jurava para si que jamais os deixaria sofrer.
Jennifer aparece a abraçando pelas costas e atrapalha os pensamentos.
Teresa: qual nome daremos a eles?
Jennifer:- Que tal Gabriela e Azazel?
Teresa:- o nome dos pais, acho que era o destino deles. Quando voltarmos eu preciso que você não saia da casa,  lá é o unico local realmente seguro para cuidar dos três.
Jennifer:- mas eu quero ajudar
Teresa:-  e você vai se manter elas seguras.
Jennifer fica quieta pois Azazel começa a chorar, a enfermeira entra para acalma-lo. Era comum as mães milionárias não cuidarem de seus filhos.
Ali elas ficaram por dois dias, vigiando e zelando pelas crianças até que recebessem alta.
A volta para casa  foi tranquila parece que a morte de Anael fez os anjos temerem Teresa.
Jennifer antes de parar em casa vai a uma loja de artigos para bebês, Teresa acha uma má idéia a princípio, mas ela de anima quando vê os berços. Passam horas escolhendo tudo enquanto se revezavam para olhar os gêmeos. Quase nao cabe tudo no carro, mas com esforço conseguem.
Finalmente em casa elas passam o restante do dia montando tudo e organizando, Jennifer tem grandes dificuldades pois sempre pagava alguém para fazer essas coisas, mas nao valia o risco.
Jennifer:- finalmente acabamos, você esta aqui poderiamos reformar a casa deixa-la maior para as crianças, se um anjo ou demônio aparecer você os mata.
Teresa para alguns instantes e pensa bem, conforto não era algo ruim.
Teresa:- ta bom, mas chame aquelas empresa que fazem Mcdonald's, assim vão acabar super rápido.
Jennifer ri e levanta, elas fazem o jantar e tomam banho juntas com a porta aberta caso os bebês chorem.
No outro dia elas enterraram no quintal Gabriela, nenhuma delas conseguia dizer nada. as lápides cada dia aumentavam mais e mais deixando o vazio em seus corações. Teresa crava a espada da amiga e antigo mestre no chão onde agora era o descanso eterno do corpo dela.
Teresa:- Me lembro quando caiu aqui, não sei se foi Deus ou outra força, mas você me treinou e me deu um rumo, fico feliz que tenha entrado em nossas vidas. Prometo que vou terminar esta missão e me vingar do traidor,  cuidarei de seus filhos e eles saberam tudo sobre você.
Teresa ajoelha e beija a espada de sua mestra e se levanta dando as costas, Jennifer a olha entrar na casa mas nada diz ou faz, volta a olhar para lápide e coloca as fitas do hospital que os bebês usaram na espada e sorri. Nesse instante, uma fina chuva cai sobre o local. Parecia que até o tempo chorava pela morte de um ser tão bondoso.

Teresa - A Juíza dos AnjosWhere stories live. Discover now