RUSH (Degustação)

Capítulo 05.

Capítulo sem revisão!

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Capítulo 5

Rush O'Riley.

    Chego a o meu destino, e com alguns dólares e minha lábia infalível, consigo liberar minha entrada no prédio, bom, talvez o fato do porteiro já ter me visto aqui algumas vezes ajudou, mas isso não importa.

    Alcançado o elevador, entro e aperto o botão para quinto andar, são intermináveis segundos, que passo de modo impaciente batucando meu pé.

    Quando o elevador abre as portar eu praticamente corro para fora e só paro em frente à uma porta branca, tomo uma respiração profunda, tentando acalmar meus nervos, o que não deu resultado, e só depois toco o botão da campainha.

    Quando a porte se abre instantes depois, eu me atiro em seus braços. Sim, eu realmente me joguei em seus braços, e só não caímos, pois a segurei, suspendendo-a no ar.

    – Mas o que...? – não entende o que ocorre.

  E eu não explico, simplesmente fico lá, abraçando-a. E enterrando meu nariz em seu pescoço, inalo seu cheiro.

    Rosas e campo.

    Seus braços ficam largados ao lado do seu corpo, e sua cabeça está agora no nível dos meus olhos, o que só é possível, pois a tirei do chão.

    Demora alguns segundos. Segundos intermináveis, até que ela, com um suspiro resignado, abraça-me de volta. Enroscando seus braços magros envolta do meu pescoço.

    – O que faz aqui Rush?

    – Não sei Live. – falo com a voz abafada, apertando-a mais em meus braços.

    – Acho melhor você ir embora. – diz colocando as mãos no meu peito, tentando empurrar-me.

    – Não! – falo firme,

    Tirando meu rosto de seu pescoço a olho nos olhos.

    – Rush, vai embora. Logo Max e Matt chegaram, e não quero confusão. Além do mais, você não pode tratar-me como uma puta qualquer, e depois agir como se não tivesse feito nada. – ela diz, e sinto a mágoa em sua voz.

    Gostaria de pedir desculpas, mas não conseguiria.

    Rush, fodido, O'Riley não pede desculpas.

    – Eu não falei sério. – falo devagar.

    – Eu não posso acreditar. – consegue se libertar de meus braços – Acho melhor nós voltarmos a ser o que éramos antes. Desconhecidos. Chega dessa brincadeira de tentar ser amigos, Rush. Você não consegue respeitar-me. Sempre me confunde com as suas vadias. Mas eu. Não. Sou.

    Caminha até a porta, e a segura aberta, com uma sobrancelha arqueada. Como que para dar mais firmeza as suas palavras.

    Fico desesperando com suas palavras. Não podemos voltar a ser desconhecidos.

    Sei que preciso pedir desculpas. Ela merece, afinal, fui realmente um babaca hoje. Mas, porra! Nunca pedi desculpas a ninguém. E não vou começar agora.

    Meu orgulho é maior que meu desespero.

    Passando por ela, saio de seu apartamento, sem olhar para trás. Mas escuto o momento em que bate a porta com força.

♥

    Agora parado, esperando o elevador chegar, eu considero minhas possibilidades.