Capítulo 6

18.7K 1.1K 265
                                    


POV EMMA

Hoje meus pais e o Arthur chegam de viagem. Essa semana que eles passaram longe me fizeram sentir mais solitária ainda, estou morrendo de saudades do Arthur, não que eu não esteja com saudades dos meus pais, mas é que eles passam a maior parte do dia trabalhando então a minha única companhia é o meu pirralhinho. 

Como não tenho amigos, os meus dias durante essa semana se resumiram em ir pra faculdade, voltar pra casa e dormir. Não que minha rotina fosse diferente antes disso, mas é que eu e o Arthur sempre arranjávamos algo para fazer. Resumindo sempre assistíamos desenhos.

Já na faculdade a minha semana foi resumida em Gusttavo Lutter me perseguindo em tudo quanto era lugar, isso está até me dando medo. Certo que ele vivia me perseguindo antes disso, mas agora ele está estranho, não está mais zoando comigo e está até me defendendo dos outros. Às vezes eu chego até a desconfiar. Como é que de uma hora para outra o meu maior inimigo quer ser meu amigo? Juro que não sei o porquê, mas o que for que seja eu espero que não passe tão cedo. 

Mas apesar de tudo eu continuo com um pé atrás, não sei o que fez ele mudar e alguma coisa me diz que existe algo estranho por trás disso.

Me levanto da cama e vou direto para o banheiro. Tomo banho, visto uma calça jeans escura folgada, o meu suéter preferido que é rosa com uma cara de um urso pregado na frente e bem larguinho, e um tênis branco. Faço um coque no cabelo e coloco meus óculos. Minha mãe sempre me pergunta qual a necessidade de eu usar os meus óculos à toda hora já que eles são apenas para leitura, mas é que com eles eu me sinto mais segura.

Arrumo meus livros dentro da mochila e desço para comer alguma coisa antes de ir. Quando chego na cozinha encontro Joana, a nossa empregada, que para mim é como se fosse parte da família, já que passa mais tempo comigo e com o Arthur do que os nossos próprios pais.

_ Joana, que bom que você voltou. _ Falo correndo para abraça-la.

_ Oh, minha menina. Não sabe o quanto eu fiquei triste quando soube que você ia ficar uma semana aqui sozinha. _ Ela fala dando um beijo na minha testa.

_ Não precisa ficar Joana, eu sei que você não veio porque estava cuidando do seu irmão. E falando nele, como ele está?

_ Está se recuperando. Graças à Deus foi apenas um susto. _ Ela fala sorrindo.

_ Fico feliz. _ Falo retribuindo o seu sorriso.

_ Agora senta aí, que eu vou recompensar todos esses dias que eu não estive aqui.

_ Vai me encher de comida já estou até vendo _ Falo rindo.

_ Isso mesmo, você está tão magrinha. Posso até imaginar que comeu só besteira nesses dias que passou sozinha _ Ela fala do fogão.

_ Não tive outra opção _ Falo rindo.

_ Então agora você vai comer comida de verdade _ Ela fala vindo com um prato na mão _ Panquecas com mel, as suas preferidas _ Fala colocando o prato na mesa, em seguida coloca leite em um copo e me entrega.

_ Estão deliciosas, Joana. Não sabe como eu sentir falta disso _ Digo de boca cheia após colocar um pedaço na boca.

_ Quer dizer que a senhorita só sentiu falta da minha comida? _ Indaga parecendo brava mas logo mostra um sorriso.

_ Claro que não Joana, você sabe que você é como se fosse uma mãe pra mim _ Falo e ela vem até onde estou e me abraça.

_ E você e seu irmão é como se fossem os filhos que não tive. Agora, trate de comer senão vai chegar atrasada _ Ela fala e eu volto a comer.

Foi Tudo uma ApostaWhere stories live. Discover now