Capítulo 31

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Oi queridxs!

O capitulo está curtinho, mas espero que vocês gostem. 

Não se esqueçam de votar e deixar o seu comentário.

Beijinhos, boa leitura e até mais...

SEM REVISÂO

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Camila.

Dor e medo: Essas eram as únicas coisas que eu sentia. Eu não tinha mais noção de quanto tempo estava presa. Uma semana, duas ou um mês, isso não importava mais. As únicas coisa que eram reais ali dentro daquele quarto era a dor e o medo. Desde o dia que eu tentei atirar no Thiago eu estava trancada, a angustia da sede ficava cada dia pior, porque nesse tempo ele deve ter me trago três copos de água, eu estava sem comida e ainda nua. Nem mesmo uma roupa ou sequer um lençol ele trouxe para eu me cobrir e o frio naquele quarto, escuro e húmido, era grande. O Thiago havia enlouquecido de vez, ele vinha ao quarto todos os dias e ao mesmo tempo em que me tratava com carinho ele me agredia. Primeiro eram os beijos, as caricias, as juras de amor e em seguida vinham as ameaças, os xingamentos, os tapas, socos, chutes e até mesmo mordidas. Ele se excitava em me ver daquele jeito, chegava até mesmo a se masturbar em cima de mim enquanto eu chorava.

Em meio ao meu tormento eu sempre orava pedindo para que Deus desse força para o Cristiano e para a minha mãe, para que os ajudassem a superar a minha morte caso eu não conseguisse sair dali. Eu sentia que não aguentaria muito tempo, na verdade eu pedia para Deus me levar toda vez que eu escutava a porta sendo destrancada para que eu não precisasse passar por aquela tortura novamente. Eu não suportava mais sentir aquela dor e implorava para que Deus me escutasse e acabasse com o meu sofrimento de uma vez. Se não fosse para eu sair dali que pelo menos diminuísse o tempo do meu sofrimento.

Eu estava fraca e as minhas esperanças já estavam acabando. Eu não sentia mais a Agatha se mexer ha algum tempo, e hoje, ao acordar, percebi um sangramento e o meu coração se desfez em tristeza. Eu estava perdendo a minha menina e aquilo doeu em mim mais do que as agressões do Thiago. Eu e o Cris esperavamos tanto por ela, não era justo que eu a perdesse.E eu orava, era a única coisa que eu fazia. Orava por mim, pela minha filha, pelo Cris, pela minha mãe eu pedia a todo instante. Eu estava orando pela minha Agatha, pedindo para Deus não deixa-la morrer, que salvasse pelo menos ela, que se caso eu tivesse que ir Ele fizesse o Cris me encontrar a tempo de salvar nossa menina, estava no meio da oração quando escutei o som que me fazia apavorar  e não consegui continuar. A porta estava sendo aberta e com o som da trinca vinha o Thiago. Me encolhi mais ainda na cama, tentando em vão me esconder do que me aguardava.
Escutei os passos do Thiago pelo quarto e logo em seguida o seu perfume invadiu o meu olfato e ele se deitou na cama ao meu lado

-Oi meu anjo, como você está hoje? –ele perguntou.

Automaticamente eu passei os braços em volta da minha barriga  me preparando para as agressões. Era sempre assim, ele começava sorrindo e terminava me batendo. Acho que ele notou meu medo e me abraçou.

-Calma, hoje eu não vou te bater. Tenho uma ótima noticia. – ele disse.

Eu soltei um gemido quando seus braços me apertaram. Meu corpo estava machucado e cada toque fazia a minha dor aumentar.

-Nós vamos embora hoje. Consegui arrumar nossos documentos, nós vamos nos mudar para o Paraguai. – ele falou sorrindo.

Então era isso, eu ia morrer. Me lembrei do Cristiano e comecei a chorar. Nunca mais veria os olhos dele, nem escutaria a sua risada ou sentiria as suas mãos no meu corpo. E a minha mãe? o Lucas, a Dara, a Karen, a Charlotte, o Pedro, Marcos o Enzo, nunca mais veria nenhum deles. Nem saberia como seria o rostinho da minha filha, se ela se pareceria comigo ou com o Cris. Eu não seria mãe como sempre desejei, eu nunca iria segurar minha filha no colo.

A cura no amor #Wattys2018Kde žijí příběhy. Začni objevovat