Samuel

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Ana mais uma vez acordou com um pesadelo terrível a pequena sonhou com os flashsbacks do seu estrupo, acordou suada e apavorada.

Correu pro banho pois viu que estava atrasada.
Colocou mais uma de suas roupas largas que cobriam toda a sua beleza...

As primeiras aulas já haviam se passado e Arthur estava sentado no intervalo na mesa dos populares, observando Ana sentada em uma mesa sozinha.
Ele foi em direção a pequena.

-E então nerdizinha parece que ninguém te quer por perto né? Hahaha - ele falou rindo da cara da pequena enquanto seus amigos a zoavam também.

-Tem certeza que tu é mesmo uma menina? - o Marcos a pertubou e logo soltou gargalhadas com seus amigos.

Para Ana não havia nenhuma graça apenas abaixou a cabeça tomando o seu suco de uva tentando ignorar esses meninos idiotas.

-Quando eu estiver falando com  você eu quero que olhe para mim - Arthur falava irritado e tomou o suco de Ana da sua mão e jogou em toda a roupa da pequena.

A menina não aguentou ser tão humilhada, coisa é agressão verbal mas ela não aguentou a agressão física. 
Levantou e olhou com seus olhos verdes para Arthur pela primeira vez.

-FIQUE LONGE DE MIM SEU MENINO IDIOTA, IMBECIL !! VOCÊ ACHA O QUE? QUE SÓ PORQUE É UM POPULARZINHO DE MERDA QUE PODE FAZER O QUE BEM QUER DE MIM? - ela gritava com seu rosto ficando vermelho de raiva apontou o dedo na cara dele e pegou o resto de suco que havia no copo e tacou em sua cara.

Vários alunos que estavam na cantina sentado olhou para a pequena agora, uns com admiração por ela por o tão famoso "Arthur" no lugarzinho dele, outras com nojo que é o caso da Tâmara que já falava mal de Ana com suas "amigas falsas" que só a suportavam por causa de sua popularidade.

Ela saiu furiosa deixando Arthur mais furioso ainda.

Ele pensava em fazer mil coisas com ela, ele queria soca-la na cara mas sua mãe havia lhe ensinado que não se batia em mulher... e só por esse motivo ele não foi atrás dela para dar essa lição.

-Cara tu vai deixar que essa nerdinha faça isso com você?  - Marcos perguntou também irritado pela audácia de Ana.

-Vai ter troco.- foi só o que Arthur falou já pensando na vingança.

Ana estava muito abalada e foi correndo pra biblioteca o único lugar de paz nessa escola.
Não tinha amigas.
Muito menos conhecidos.
Na nova cidade só havia sua mãe que trabalhava dia e noite.

Sua mãe não sabia o que havia acontecido com a pequena Ana, Ana chegou em casa aos prantos e não contou de jeito nenhum que havia sido estrupada com medo da mãe sentir nojo dela pois ela mesma sentia nojo de si.

Ela chorou baixo na biblioteca se perguntando porque essas coisas tinham que acontecer com ela.

-Porque chora? - Samuel perguntou.
Ele é o tipo de menino bonito mas que não é imbecil igual os outros, na verdade Samuel não sabia o quanto bonito é e sempre gentil com todos era difícil alguém não gostar do garoto.

-Por favor me deixa em paz eu só preciso desabafar.- Ana falou com a voz embargada por conta de seu choro e Samuel sentiu uma pontada nele algo o dizia que ela ia ser muito especial pra ele.

-Eu posso te fazer companhia. - ele insistiu em ajudar a garota que parecia tão perdida naquelas roupas largas e cabeça baixa chorando.

-Não preciso de caridade e nem de pena, se for um dos seus motivos pode sair daqui.- Ana falou imaginando se esse menino é só mais um idiota que queria pagar de bonzinho e depois sair  zoando a "nerdizinha" com os amigos.

-Relaxa porque sentiria pena de você? Nem te conheço. Só sinto que devo ficar aqui e te fazer companhia. Prometo ficar quieto. - Samuel falou sorrindo o garoto é mesmo um menino bom.

Ele pegou um livro se sentou do lado da pequena e leu com ela chorando baixinho ao seu lado.

Filou todas as aulas até bater pra ir embora.

Foi ai que Ana levantou o rosto e olhou para Samuel que a encarava admirando seus traços delicados e seus olhos lindos meio vermelho por causa do choro.

-Ah e meu nome é Samuel.- ele falou dando o sorriso que com certeza faria qualquer garota se derreter.

Talvez ano passado Ana estaria caidinha por esse menino lindo a sua frente mas hoje ela só o encarou sem interesse...

-Ana. - ela falou pegou suas coisas e saiu deixando o menino para atrás.

E Samuel só teve um preseentimento bom de que ainda haveria muita história com essa menina de roupas largas e capuz.

Amor por impulso. Where stories live. Discover now