Capítulo 9 (Revisado)

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Os primeiros dias que sucederam foram tensos. Melancólicos. Voltara em seu estágio inicial do dia que despertou. Pouco falava. Na verdade, estava nervoso com todos por não terem dito logo no princípio o que estava por vir. Mesmo horas de conversas sobre o assunto com seus dois melhores amigos dentro de Paraíso, I.N teimou em aceitar.

– É um processo pelo qual todos passaram. Não podíamos simplesmente vomitar tudo isso em sua cara e pedir para que entendesse. Você precisaria primeiro gostar daqui... Viver isso tudo. – S.F apontou e girou o dedo para um ponto sem destino – Esta é sua nova casa, seu novo lar e sua nova vida... querendo ou não.

– Mas... mas... são seres humanos. Isso que estamos fazendo... é assassinato! Matamos pessoas inocentes e pior, indefesas. Nem sabemos se eles sentem dores ou qualquer coisa...

– Eles não sentem! – Interveio.

– Como você pode ter certeza? Diga-me como? O fato é que ninguém aqui sabe realmente se eles sentem ou não alguma coisa!

A.E, que o tempo todo estivera ao lado e milagrosamente só ouvia, calado, resolveu interferir no assunto: – Ou são eles ou somos nós!

Mesmo sabendo que seus amigos estavam de certa forma com a razão, I.N levanta e se retira da Doideira sem ao menos se despedir. A.E ameaça segui-lo, mas é interceptado antes mesmo de se levantar.

– Não vá! Deixe-o assimilar à sua maneira.

O pequeno sabia do balde de água fria que fora jogado sem piedade em seu amigo,mas não havia outra forma disso ser contado ou explicado. Todos passaram por essa provação e só o tempo os fez acordar para esse mundo novo. Acordar. A.E demorou algumas semanas – quando despertou – até entender o porquê do apelido dos monstros. Acordadores. B.F se superou quando o usou pela primeira vez.

F se superou quando o usou pela primeira vez

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Tempo, como este passava rápido. I.N mal percebera, mas três dias floresceram.

– A.E, tudo bem? Como estão à contagem dos Sonhadores? – Disse I.N já adentrando o Ninho e avistando seu amigo sentado logo abaixo ao painel eletrônico.

Dentro da sala onde C.D despertara, (Por ser mais próxima da saída, utilizavam-na para o preparo dos Sonhadores) encontrava-se Robert. O mesmo iniciava o preparado do que seria um embalsamento.

– E aí I.N? – A.E e seus cumprimentos doidos. Tantas batidas e voltas. Ninguém conseguia acompanhá-lo em seus toques – Nossa! Que grata surpresa já encontrá-lo aqui. Vejo que você realmente optou por ajudar a cuidar do Ninho e dos Sonhadores. Vai ficar o dia todo aqui?

– Vou sim. – Limitou a dizer.

– Então temos muito que conversar, afinal, como pode ver, hoje é meu dia de guarda. O Robert está lá no frente preparando um... é... – Calou-se.

– Nossa nem vi ele. – E, A.E, está tudo bem! Eu... eu já estou melhor. As terapias do S.F estão me ajudando a entender toda essa loucura. – Um sorriso brotara no rosto de I.N pegando o pequeno de surpresa.

PROJETO I.N - DESPERTAROnde histórias criam vida. Descubra agora