04. why you gotta be so... jealouis?

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" O ciúme é muitas vezes uma inquieta necessidade de tirania aplicada às coisas do amor." ―Marcel Proust.

― Não adianta gritar, ninguém vai te ouvir. Estão todos no trote, menos eu e você, claro! ― Essas foram às primeiras palavras de Louis assim que eles entraram em seu quarto. Empurrou Harry para dentro do recinto e sem hesitar, fechou a porta trancando-a.

Enquanto o cacheado se recompunha, se apoiou contra a porta para impedir que o mesmo saísse dali. Mesmo sabendo que Harry poderia empurrá-lo fácil, fácil e ir embora.

― Eu não vou gritar. Você acha que me assusta, mas está muito enganado. É tão pequeninho, que nem parece ser o maior homofóbico desse campus. ― O maior provocou e limpou a boca tentando tirar o gosto da mão de Louis. Sabe-se lá onde ele passou essa mão. ― Estou apenas tentando entende por que caralhos você me trouxe para seu quarto.

― Não sou pequenininho. ― Louis grunhiu e o maior sorriu debochado, porque o garoto é tão pequeno e delicado, que nem parece que batia em Liam. ― Enfim, eu quero saber como você aprendeu a jogar futebol...? ― Tão bem. Essas seriam as palavras que dariam continuação, mas Louis não quis admitir.

― Você me arrasta pro seu quarto só para me perguntar como eu aprendi a jogar futebol? Qual sua doença? Ah lembrei, homofobia. ― Harry levou sua mão para seus cachos, penteando-os e depois de ter feito isso cruzou seus braços, encarando curiosamente Louis.

― Único doente é você, que acha certo se envolver com outro homem e além de tudo não quero ser visto com uma bichinha. ― Rebateu com sorriso orgulhoso em seu rosto. Ele realmente tinha esperanças de conseguir atingir o ponto fraco de Harry, mesmo não sabendo qual era ele.

― Será que você pode parar um minuto e reparar no quão nojento é? Não é porque gosto de garotos, que sou diferente de você. ― A voz do cacheado não se alterou nem um pouco e isso realmente instigava o capitão. Porque ele conseguia arrancar um grito, lágrima ou derivados de qualquer pessoa, mas com Harry era diferente.

― Só me responde. ― Suas palavras saíram em um suspiro, pois ele havia desistido de machucar Harry. Por enquanto.

― Me dê um motivo.

― Harry, por favor. ― O capitão passou o mindinho no canto do olho, mostrando sua paciência. Ele estava odiando dividir um espaço tão pequeno com Harry e mais do que nunca, queria enxotá-lo de seu quarto, Louis nem ao menos sabia o porquê de ter o levado para lá.

― Olha, você sabe meu nome e sabe pedir, por favor. Muito bem, merece até um biscoito. ― Harry ironizou movimentando suas mãos, para dar ênfase no que falava. ― Tudo bem. Quando eu tinha 12 anos, meu pai me ensinou a jogar futebol, para arrumar amigos e foi isso. ― E então, Louis teve a pior ideia da sua vida.

― Nem o seu pai te aceita bichinha. Tá vendo, tentou te fazer virar homem e não conseguiu. Ele deve estar tão decepcionado e sua mãe? Pessoas com você não merecem estar no mesmo lugar que eu. Você é desprezível.

― Exatamente Louis, pessoas como você merecem estar atrás das grades. ― Talvez Harry tenha ficado um pouco exaltado, pois Des realmente não tinha aceitado de primeira. Mas hoje ele super apoiava, inclusive tentava arrumar namorados para seu filho.

― O que eu faço de errado? Tento proteger o mundo das bichinhas? O errado da história não sou eu. ― Louis basicamente gritou o "não sou eu", achou que isso iria agredir Harry. Mal ele sabe que ficou mais gay do que nunca.

― Cala a boca, Louis! Já chega. Para de pensar que é melhor do que todo mundo, porque não passa de mais um homofóbico de merda solto pelo mundo. ― Harry começou tentando manter seu tom de voz, mas foi um pouco impossível. O capitão já tinha passado de todos os limites possíveis e imaginários.

In Your Pocket | l.s |Where stories live. Discover now