17° Capítulo

3.8K 172 19
                                    

Maria Eduarda.

Era ele no telefone, tudo que eu pensei ter deixado de sentir naquela uma semana que se passou, retornou como um furacão. Eu tremia descontroladamente. Ouvir a voz dele,  aquela voz suave e melodiosa, foi a melhor coisa que me aconteceu naquele dia.

Porém, eu não podia deixar de lado o fato em que ele havia me magoado totalmente. Eu estava decepcionada, naquele momento queria apenas mais e mais distância de Justin Bieber.

Mesmo me derretendo do outro lado da linha, eu fui fria.
Não sei como consegui reagir assim, ele me pediu desculpas, porém meu coração já estava mutilado demais para se recompor naquele momento. Eu não deixei de sentir algo por ele, porém quis demonstrar que sim. Que não gostava mais dele, para que pudesse me esquecer completamente.

Eu desliguei. E junto do fim da ligação foi os meus sentimentos. Eu queria chorar, mas não chorei. Eu queria gritar mas não gritei. Fiquei parada olhando para o nada, tentando me recompor do modo em que havia o tratado.
Nessa hora fui interrompida por Renata, que curiosa quis saber se era mesmo ele na ligação.

- Madu!

- Oi, oi! - Falo voltando em mim.

- Era ele mesmo?

- Sim! Era. - Falei enquanto me sentava no sofá, eu estava acabada.

- E ai! Me conta! Então vocês estavam tendo um caso mesmo?

- Não bem um caso Renata, sei lá o que tivemos. Só foi um dia, nada mais...

- Ahhhhh! Então teve um dia! E eu fiquei sabendo de nada né Maria Eduarda.

- Ai! Me desculpa, é que a Laura já fez uma cagada, fiquei com medo de outra.

- Ah não confia em mim?

- Não não.. É que...

- Mais deixa pra lá! Me conta de o porque da ligação ?

- Ele se desculpou, por me acusar dos prints.

- E eu vi sua frieza! Como conseguiu?

- Eu não sei! Eu vejo ele como uma pessoa normal.

- E ele é uma pessoa normal.. Tirando o fato que é um Deus grego, cantor mundialmente famoso, ricasso... Etcs

- Poxa, ate tinha esquecido de tudo isso. Obrigada por lembrar.

Ela riu.

- Maria. Mas desabafa meu amor. Você ta gostando dele?

- To! - Fui direta.

- E dando um fora bonito nele. É sério isso?

- Ele me magoou... Não tenho sangue de barata.

- Sempre orgulhosa né..

- Mamãe me fez assim. - E RI.

- E agora? Você já se pôs no lugar dele, de o porque ele reagiu assim com você?

Eu parei para pensar. E ela estava certa. Como eu estava sendo egoísta, não me colocando no lugar dele. Nem me perguntei o por quê ele reagiu assim comigo, me acusando.
Porém ele também foi egoísta. Não pensou em mim nem um minuto se quer quando disse aquelas barbaridades.
Eu estava confusa, achava que meu cérebro ia entra em curto a qualquer momento.

Decidi me preparar um chá e repor a cabeça no lugar. Que tortura viver assim, sofrendo por alguém, que você sabe que não vai dar certo. Mesmo que os dois queira.
Até o destino está fazendo questão de nos separar. Agora ele estava indo pra França, e mesmo que a tecnologia nos aproxime, não seria a mesma coisa que estar ao seu lado, o sentindo por completo.

Eu tinha que o esquecer, então chamei Renata para sairmos na noite. Não importa a onde, queria sair, descontrair e quem sabe me interessar por outro alguém.
Decidimos ir a um barzinho badalado do centro da cidade.
Anoiteceu, nos arrumamos, pegamos meu carro e partimos rumo a descontração.

Ao chegar no barzinho, sentia que a noite seria minha. Tinha muitos rapazes bonitos, alguns acompanhados, outros desacompanhados.
O bar era rústico e ao mesmo tempo moderno. Era todo decorado de madeira rústica, e bem aconchegante.
Escolhemos uma mesa do canto, que ficava um pouco escondido mas dava para ver quem entrava e saia do bar.
Dois cantores entreetiam as pessoas com música sertaneja ao vivo.
Pedimos porção de lingüiça calabresa, junto de dois chopps de cerveja.
Estava observando o ambiente e mexendo a cabeça conforme a música que tocava ao fundo, o copo de chopp se encontrava em minha mão quase vazio. Queria me embriagar, para ver se tirava aquela pessoa da cabeça.
Renata comentava sobre dois rapazes bem afeiçoados que estavam encostados no balcão.

Ela começou a lançar charme pra um deles, e dizia pra eu fazer o mesmo com o outro. Mas como sempre fui tímida com essas coisas, neguei.

Os dois começaram a se aproximar e perguntaram se estávamos esperando alguém, caso o contrario pediu se podia se sentar conosco. Concordamos.

Eles eram dois rapazes bonitos e simpáticos. O que estava interessado na Renata, tinha um ar sério e possuía um dente de ouro. Seu nome era Luan.
O que estava interessado em mim, se vestia como um cantor sertanejo universitário. Tinha o cabelo liso, e a pele morena, e possuía um sorriso bonito. Seu nome, Tiago.
Ele se aproximava bastante de mim com intenção de me beijar, porém eu virava o rosto para que isso não ocorresse tão rápido. Ele puxou bastante conversa, e eu até que estava interessada mas não senti uma atração forte por ele.
Depois de algumas horas de conversa, de risadas, e bebedeira eu já estava em seu quarto e mas especificamente em sua cama. Eu não lembro como parei lá, me recordo de acordar em sua cama de manhã e um pouco assustada. Ele me preparou um café da manha e depois me levou embora, trocamos WhatsApp só depois da noite que não ne recobro dos detalhes. Não faço ideia a onde estava com a cabeça e se ele me seqüestrasse? Ou fizesse coisas que eu não gostasse? Nem quero pensar.

Eu fui embora com o coração pesado, e vi o quanto a vida nos prega peças. Ela me apresentou Justin, fez ele ir até minha casa, fez eu me apaixonar perdidamente, trocamos beijos intensos. E ate nos declaramos. Depois eu tomo a decisão de contar tudo a uma cobra que considerava minha amiga, que fez aquela traição do século. E naquele momento eu me encontrava querendo o esquecer de todas as maneiras, depois de ter transado com um desconhecido. Eu me perguntava de o porque que teve que ser assim?
A vida sempre tem que ser assim? Arrependimentos e magoas? Nada pode ocorrer perfeitamente pelo menos uma vez na vida?

Cheguei em meu apartamento, dei comida a Hope e depois fui para meu Notebook continuar meu livro...
Que desatino... Uma hora eu estava feliz, outra me encontrava com um copo de café na mão chorando largada e me questionando sobre tudo.
Eu me apaixonei por uma pessoa famosa, e essa pessoa além de estar na cabeça de milhares de jovens pelo mundo todo, agora se encontrava martelando na minha. Não sabia que se apaixonar era sofrer tanto assim.
Eu meditei: " Eu vou esquecer, cedo ou tarde, ele não tomará mais conta de meus pensamentos. Daqui a um mês tudo isso será uma breve lembrança, e todas as partes ruins eu esquecerei, e até o seu nome não constará mais na minha mente"

A minha vida seguia, e a minha agenda se sobrecarregava cada vez mais. Até a hipótese de meu primeiro livro virar filme, com uma produtora maravilhosa do Brasil. Eu estava feliz, se passou um mês e eu já não tinha mais aquele frio na barriga, só restou as lembranças como disse.
Enfim, esqueci.

TRUST (Justin Bieber) Where stories live. Discover now