19° Capítulo

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Maria Eduarda

Tudo aparentemente caminhava bem.  Eu recebi a proposta de uma produtora de filmes, para adaptarem meu primeiro livro ao cinema. Eu aceite! E então tive uma reunião com os produtores e o diretor.
Eu estava absurdamente feliz. Tudo que acontecia em minha vida, era fruto de um grande esforço e dedicação.
Eu já passei dias de fome, certas vezes a merenda da escola era meu único alimento do dia, foi numa época em que minha mãe estava desempregada e não conseguia emprego de jeito nenhum, vivíamos de esmola, bolsa família e bicos que até mesmo eu com meus 13 anos ajudava. Ia até bairros nobres e saía oferecendo meu serviço como diarista, muitas vezes fui escorraçada! Mas em poucas vezes tive sorte de algumas idosas me aceitarem, então me pagavam na época 20 reais pela diária. Eu saia morta daqueles apartamentos enormes, mas muitas vezes aqueles 20 reais era a salvação do dia. Para termos pelo menos um pão pra comer. 

Meu pai e de Amanda, nos abandonou em troca de "cachaça". Alcoólatra desde a adolescência, teve que ser internado inúmeras vezes. Nem sei o que minha mãe viu nele, se casaram cedo, ela com 16 e ele com 20. Ele depois de um tempo, mesmo minha mãe lutando por sua recuperação. Preferiu o álcool e então minha mãe tomou uma decisão certa: O expulsou de casa, e assim nunca mais o vimos. Ele sumiu, desapareceu completamente, já o procuramos em hospitais, IML, mas nada tem registro de meu pai. Oro toda noite para que esteja em um bom lugar.

Quando relembro de tudo que vivi, chego nem a acreditar que cheguei a onde cheguei. Não sou nenhuma J.K Rowling. Porém, tudo que tenho é derivado do meu esforço, da minha luta; Superei a fome, a pobreza. Hoje tenho meu apartamento, que não é alugado. É meu.

Minha mãe continua no subúrbio, por escolha dela. Mas vive em ótimas condições, e até o fim da minha vida á ajudarei e nunca mais passará dificuldades.

Agradeço por não ter nascido com tudo na mão, tudo fácil. Pois dou valor ás pequenas coisas da vida, tudo que tenho é uma grande dádiva. E deixo isso registrado no modo em que trato meus fãs e as pessoas ao meu redor. Não desconto Bullying sofrido na época do colégio, não escorraço ninguém porque fui escorraçada. Apenas mantenho minha essência.


O tempo estava passando, e o meu livro já estava começando a criar vida no cinema. Eu fazia questão de acompanhar tudo de pertinho, pra ver se era fiel ao meu livro. Só faltava ser expulsa pelo Diretor. Pois eu não moderava nos palpites. Fiz amizade com todos do elenco. Estava amando aquele universo até então desconhecido. 

Eu sorria facilmente, mas volta e meia pensava em Justin. Queria saber como ele estava, eu morria de curiosidade, mas eu fiz questão de excluir e bloquear pessoas que falassem dele o tempo todo. E até sites de fofoca deixei de ver, mesmo vivendo num mundo de Blog, que tenho por obrigação que estar antenada. 

Eu comecei a delirar certas noites, sonhando com ele. E por esses motivos comecei a sair bem mais com Lucas; o meu amigo colorido. Pelo menos ele era muito humorado, que fazia eu não estar pensando em Justin o tempo todo. Eu achei que seria fácil esquecê-lo, pois só ficamos uma vez. Mas eu me apaixonei por essa só uma noite, não precisou nem de duas. Apenas uma. E estava difícil ficar sem falar com ele. Mas imaginei que ele estava vivendo muito bem sem mim. Não precisava de mim. 

Nessa altura, depois de um mês. Ele já deve estar com outra e provavelmente fazendo as mesmas declarações.  "Dom Juan de meia tigela, Galanteador barato" Sim! Eu estava morrendo de dor de cotovelos, ou talvez eu não tinha superado ainda. Eu o tinha em minha casa há um mês atrás e agora nem sei mais a onde ele está; Eu precisava me apaixonar por outro rapidamente! Outro que não fosse famoso e muito menos Egocêntrico feito Justin Bieber. 

TRUST (Justin Bieber) Where stories live. Discover now