Estávamos sentados no Caneleiro, bar famoso na cidade. Fazia um tempo que ela queria uma resposta, se voltávamos ou não. Eu tinha mergulhado na vida de solteiro, tinha me acostumado à liberdade que isso traz, uma vida sem compromissos... Por um tempo havíamos nos reaproximado, mais do que imaginei que iríamos.
Olhei-a nos olhos:
- Vim me despedir.
Ela baixou o olhar, triste. Balançou o olhar, num consentimento desolado. Abracei-a.
- Vim me despedir de minha vida de solteiro - sussurrei em seu ouvido. - Quer namorar comigo?
Os olhos dela brilharam quando disse um "sim" radiante. Entre abraços e beijos e "eu te amos", recomeçamos. O amor que ela sente reacendeu o meu.
Sim, porque a "liberdade" da vida de solteiro não se compara à que ela proporciona. E a única prisão que tenho com ela é a de seus braços, dos quais não quero me desgrudar.
Pode jogar a chave fora.
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Quem É Mais Sentimental Que Eu?
PoetryTeu amor me feriu, sangrei poesia. Este livro é uma autópsia de amores reais e platônicos, duradouros e efêmeros, oficiais e paralelos, puros e profanos. Alguns vivenciei, outros também. Descritos em forma de reflexões, poemas, cartas, relatos, cont...