11.

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|H E R M I O N E|

Uma semana. A uma semana aconteceu aquele beijo. E ele não havia me dito um "olá" sequer.

Além de ter agido estranho todos esses dias, ele não me disse uma palavra, nem importou-se com isso.

Como uma pessoa tem coragem, de beijar outra e depois nem olhá-la nos olhos?

Uma parte de mim sente-se arrependida por tê-lo beijado.

Sobre o baile, foi tudo maravilhosamente perfeito. Com exceção a Draco, que não falara comigo desde aquele dia.

Por quê eu não consigo parar de pensar nele?

Draco continua sendo o garoto mimado que você conheceu no primeiro ano, Hermione.

Com certeza, foi só mais uma de suas brincadeirinhas de mau gosto.

|D R A C O|

Não me venha com lições morais.

E não me culpe por ter "deixado" Hermione de lado durante esses dias.

Ela apenas precisava de um gelo, por ter dançando com aquele cabeça de ovo no baile.

Fala sério, depois daquela noite e daquele momento vergonhoso em que quase toda a escola parecia estar ali, eu ainda não acredito que ela me deixou de canto, enquanto se divertia. E depois, não venham me dizer, pobre Hermione, porque você faz isso com ela, Draco? Não sou eu quem beijo as pessoas e depois esqueço que elas existem e saio dançando com um cara qualquer.

Não, eu não estou com ciúmes. Não mesmo. Até porque eu poderia muito bem quebrar a cara daquele otário enquanto dançava com a minh... Como eu disse, eu não estou com ciúmes.

|H E R M I O N E|

Assim que as aulas terminaram, fui para o apartamento, pois tinha muito dever de casa para fazer e milhares de trabalhos que deixei de fazer para organizar o baile.

—Cerveja amanteigada. — Eu disse a senha e logo a porta se abriu.

Joguei minha bolsa junto com meus livros no sofá da sala, indo para a cozinha.

Não havia almoçado, então resolvi fazer um lanche.

Peguei alguns biscoitos no armário e uma garrafa de leite.

Coloquei uma pequena porção em um prato e o leite no copo.

Voltei para a sala, colocando meu lanchinho na mesa de centro.

—Parkinson, acabaram de me ligar e disseram que você esqueceu a sua coleira lá no canil. — Disse uma voz rouca e severa, logo uma cabeleira loira apareceu na porta.

—Então quer dizer que você está morando com a sangue-ruim, Draquinho? Puxa, que trágico! Sinto muita pena de você.

—A única coisa trágica aqui foi o seu nascimento. — Eu disse encarando-a com os olhos semi-serrados.

—Escuta aqui sua...

—Sai daqui Parkinson, a carrocinha já está vindo.  — Falou o loiro fechando a porta bem na cara dela.

Voltei a me sentar no sofá, continuando o dever de casa.
Senti estar sendo observada, por aqueles olhos azuis.

|D R A C O|

—Não vai me agradecer? — Perguntei, tentando me sentar ao lado dela, mas a mesma se afastou.

—Agradecer pelo o que? Por você ter me ignorado todos esses dias? Por ter me esquecido? Não, não preciso agradecer a você por nada. — Fechou seu livro e o colocou-o na mesa. —Sabe, as vezes sinto falta do antigo Draco, aquele que implicava com todos, inclusive comigo.

|H E R M I O N E|

—As pessoas mudam Hermione, quanto antes aceitar isso, melhor. —Levantou-se indo em direção a escada.

—Pare de agir assim!

—Assim como?

—Como se não se importasse! Como se nada lhe machucasse.

—Não tem problema. Aliás, eu não me importo mesmo. — E subiu as escadas, sem dizer mais nada.

Eu não podia acreditar no que eu acabei de ouvir. Em um piscar de olhos, meu rosto estava molhado.

[Continua]



◇|Dramione Cute|◇Where stories live. Discover now