Capítulo. 2

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Catallina estava sentada em sua cama com um livro em mãos no quarto quente, um pequeno ventilador girava tentando inutilmente trazer algum alívio para o calor constante, o cômodo pequeno de paredes brancas manchadas e móveis simples e velhos vibrava com as vozes vindas de fora, da sala provavelmente, onde a mãe devia estar fazendo outra transição com um viciado alterado.
- Mais um maluco que servirá para comprar drogas e lhe esquentar a cama, muito digno mãe - pensou Catt em voz alta.
Ela claramente odiava essa vida, odiava sua casa, onde a movimentação de pessoas desconhecidas era constante, sempre comprando e consumindo as drogas que a mãe vendia, ou trepando feito cachorros no cio.
Cattalina ja perderá a conta de quantas vezes chegará em casa, cansada da faculdade e do trabalho e encontrará a mãe drogada e enroscada em um ou dois viciados, cometendo atos sexuais explícitos não se importado que a filha visse a cena que tanto a transtornava, mas a mãe nunca ligava para seus sentimentos.
" Shirley nunca se importava" pensou Cattalina, a mãe nunca a tratará como uma filha, mas sim como uma maldição, só a mantinha ali para receber o dinheiro do pai que se encontrava preso.
Disparos altos irromperam pela casa e um baque surdo de um corpo caindo no chão, "de novo não", Catt correu para a sala e viu a poça de sangue que se formava perto dos próprios pés, não seria a primeira vez que veria um corpo - e com certeza, não seria a última - mas o que viu a chocou e fez o seu coração palpitar de um jeito desagradável, seu estômago se revirou desconfortavelmente.
No chão sob a mancha líquida e rubra o corpo da mãe inerte, não era nenhum viciado com ela imaginara mas sim Shirley, sua única família, sentiu as pernas bambearem, apesar dos pesares ainda sentia apego à aquela criatura magra e pálida desfalecida aos seus pés, pegou o celular do bolso o girando nos dedos trêmulos e discou.
- 911, qual a sua emergência?

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