Italianos Vol 1 - Atraída por um criminoso (Degustação​)

Capítulo VII: 69

Capítulo VII: 69

Atirei a garota para o chão e ficamos em silêncio, em um pânico silencioso ela agarrou-se a mim com medo de que eu a deixasse ali. Sem que ela percebesse, com a mão esquerda escondi o colar que removi habilmente enquanto a beijava instantes antes do tiro, dentro do bolso da calça.

O grito de horror a fez estremecer. Fiquei de pé e a ajudei a levantar, suas mãos estavam frias.

- Minha bolsa. – Ela sussurra atônita.

- Qual seu nome? Você está em choque, olhe para mim! – Segurei-a pelos braços e balancei para que voltasse a ficar atenta.

Vozes começaram a falar nervosamente do outro lado da parede do labirinto, pelo grito da mulher provavelmente havia um corpo a poucos metros de nós. "A polícia logo estará aqui."

- Katrina Hills. – Ela respondeu por fim.

- Katrina, precisamos sair daqui, a última coisa que precisamos é um longo interrogatório da polícia.

Pego sua bolsa e sandálias caídas no chão de pedra e passo a mão em sua cintura.

- Vem, vamos sair daqui.

Caminhamos apressados até a saída do labirinto.

- Ei vocês! O que estavam fazendo?

"Merda!" Me viro e um policial vem em nossa direção quando penso que estamos prestes a sair ilesos.

- O que faziam no labirinto?

Katrina cambaleia para frente e me empurra, o jorro de vômito inunda o uniforme azul do homem de meia idade.

- Minha esposa está grávida e saímos um pouco para que o ar fresco a revigorasse. – Menti descaradamente.

- Querido, preciso de um médico. – Encarando seu papel na cena ela me olha colocando a mão sobre os lábios como se estivesse prestes a vomitar mais uma vez.

O segurança desabotoa parte do uniforme e faz sinal para que saiamos duma vez.

- Esperem lá dentro. – Ordena antes de dar meia volta e seguir em direção ao labirinto.

Dentro do Palazzo um alvorço, homens e mulheres aos empurrões para sair dali o quanto antes. Senhorita Hills segura em meu braço com força e minutos depois pegamos um táxi até o flat.

- Boa noite. Piazza di Santa Trinita. – Peço ao taxista. Que dá partida e nos tira do Palazzo com rapidez.

Mexo nas finas tiras vermelhas da sandália.

- Pode ficar com ela, mas o salto agulha é um pouco cansativo depois de alguns segundos nos pés. – Ela tenta brincar.

- Obrigado, mas vermelho não é minha cor. - Rebato entregando a bolsa e as sandálias.

Katrina exibe um pequeno sorriso, é evidente que ainda está nervosa.

- Está se sentindo melhor?

- Não sei, achei que estava prestes a um ataque de pânico, foi tão próximo de nós. – Fez uma pausa enquanto mexia nervosamente na bolsa.

(A partir de agora que eu quebro minhas regras uma por uma, quando o furacão katrina invade minha vida e bom já vai descobrir o porque!)

- Tudo bem Katrina, eu sei que ainda está abalada, mas o pior já passou seja lá o que tenha acontecido ficou para trás. – Segurei sua mão ainda fria. – O que você precisa agora é de um banho relaxante e uma boa noite de sono.