Sono perdido, tempo perdido, palavras perdidas e não ditas no silêncio da escrita. Gaia tece palavra por palavra num diálogo cuidadoso, elaborado, entre os choros noturnos do bebê da vizinha. Pela manhã, são vinte páginas borradas de grafite que despertam seu sorriso cansado.
Gaia trabalha, almoça, volta para casa massageando os pés doloridos.
Em um instante, porém, ela se transforma. Pois não há trabalho — por mais que coloque olheiras sob seus olhos castanhos e cansaço em seu corpo — que não possa ser recompensado pelo tecido diáfano que tece, a liberdade.
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Ana Aleatória
RandomUm conto aleatório, uma crônica curtinha ou um poema feito durante um devaneio na aula de química com muito amor e atualizações constantes. As fotos do início dos capítulos são de minha autoria ❤️ (Não deixe de conferir Ana Inconsequente, espécie de...