Save Her // Harry Styles

24.-Eu não confio em ti.

[Lizzie.pov.on]

-Há dois anos atrás-

Página de diário:

"Hoje eu e Harry fazemos seis meses de namoro. Ele quer levar-me a um sítio, portanto, vou acabar de escrever e de seguida vou vestir-me. 

Eu amo-o mas não sei, sinto que algo não está bem. Por vezes é demasiado controlador e agressivo comigo, mas acaba sempre por me pedir desculpa e eu acabo por desculpar. Talvez faça parte do seu medo de me perder? Eu não sei, para ser honesta, mas talvez devesse falar com ele sobre isso. 

12/08/2014"

-Presente-

O meu corpo ainda está semi-nu ao seu lado, e as suas mãos ainda se encontram em cima da minha barriga. Se antes não senti nada, agora estou a sentir tudo. 

Eu não acredito que fiz isto. Eu sei que era a única forma de proteger o Liam mas...e agora? O que é que suposto eu fazer? Como é que é suposto eu agir?

Sinto nojo do meu próprio corpo e sinto nojo de Harry, ainda mais do que antes.

-Porque é que estás a chorar?-ele pergunta e eu reparo nas lágrimas que começaram a sair desesperadamente dos meus olhos.

-Eu não devia ter feito isto.-as palavras saem-me da boca.-Não era isto que eu queria...

-Só podes estar a gozar com a minha cara.-ele interrompe-me levantando-se.-Tu é que me puxaste e agora que já fodemos é que me dizes que não era isto que querias?!

O meu corpo estremece com os berros dados.

-Tu manipulaste-me, Elizabeth.-ele ri-se.-Wow, estás de parabéns. Não achei que fosses capaz.

-Harry, eu...

-Não o vais voltar a fazer. Admito que foste convincente com todo o discurso que deste anteriormente, mas se o voltas a repetir...

-Não vou.-interrompo.

-Ótimo.-ele pega nas cordas e volta a atar-me os tornozelos e as mãos. De seguida, caminha até à porta.

-Onde é que vais?

-Não finjas que vais ter saudades minhas, Lizzie.-ele ri e de seguida bate com a porta, saindo.

-Umas horas depois-

Sinto o meu corpo a ser abanado e assim que abro os olhos o homem de caracóis é a minha primeira visão.

-Acordada finalmente.-ele diz e eu reparo que estive a dormir.

-Demoraste.-respondo. Não que eu quisesse que ele voltasse, mas não quero que ele me deixe aqui presa para sempre e cada vez que o vejo sair tenho medo que seja esse o seu plano.

-Trouxe-te comida.-ele pousa uma bandeja com comida em cima da mesa de cabeceira antiga.

-Como é que queres que coma se estou de braços atados?-pergunto, chateada.

-Eu dou-te a comida à boca não te...-ele começa mas eu interrompo.

-Eu sei comer sozinha. Além disso, não achas que eu preciso de descansar? Estou com os braços para cima e com as pernas esticadas há pelo menos 4 horas, desde que te foste embora. Não achas que estas cordas já me estão a cortar os pulsos?!-falo novamente, chateada.

Ele suspira.-Não confio em ti.

-Porque é que não confias? Quer dizer, tendo em conta que tu dizes que não me raptaste eu não tenho razões para fugir, certo?