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Roselin se acorda com muita disposição na manhã seguinte, ficando animada só de pensar em ter nas mãos o ingresso para ir à sessão de autógrafo de seus ídolos. Ainda não lhe caiu a ficha, e bem cedo já está de pé e de banho tomado para ir ao shopping.
"Rose, o que está fazendo acordada a essa hora?" sua avó entra na cozinha ainda de pijama, com a face amassada e cabelos desgrenhados.
"Estou ansiosa..." responde, segurando-se para não rir de sua avó.
"Posso saber o motivo?" Sra. Beth anda até a mesa a prepara seu café.
"Vou comprar o ingresso para ir na sessão de autógrafos." mesmo sabendo que sua avó contrariaria, respondeu com sinceridade.
"E posso saber de quem?" seu tom de voz mudou, e Rose percebe que ela não vai permitir.
"Dos rapazes que me me ajudaram a me reerguer nas fases mais difíceis da minha vida." Rose responde simplesmente, terminando seu café e indo para seu quarto se trocar.
Sra. Beth fica pasma ao ver sua neta responder-lhe pela primeira vez desse jeito. Nunca aconteceu antes, e isso não pode se repetir. Pensa a idosa enquanto toma seu café.
"... And let me kiss you ♪♫♪" Rose canta ao som de Kiss You enquanto separa uma roupa ideal ao clima lá fora: uma camisa lisa branca de mangas compridas, uma calça jeans skinny preta, um moletom azul claro e uma bota que não deixa a chuva penetrar. Não é muita coisa, não vai protegê-la do jeito que deveria da neve lá fora, mas para completar, ela pega um casaco grosso e o veste, colocando o dinheiro e o celular nos bolsos, antes de pegar uma touca e enterrar em sua cabeça.
Seus olhos são coloridos, mas nunca ninguém definiu a cor deles. Alguns dias dizem que está azul, outros dias falam que está verde ou acinzentados e hoje, com sua alegria toda e empolgação, seus olhos estão azuis e bem brilhantes. Coisa rara e linda de se ver.
A neve parou de cair com tanta intensidade lá fora, mas mesmo assim Rose põem luvas sem as partes dos dedos e respira fundo, antes de descer as escadas para realizar uma parte de seus sonhos.
"Ainda não ouvi você me pedir se pode ir nessa sessão de autógrafos!" a voz de sua avó para seus passos, fazendo-a virar para a encarar.
"Mas eu nem usei o seu dinheiro..." Roselin relembra. Ela teve que arranjar um emprego que detesta para conseguir a quantidade de dinheiro, e ela não se arrepende.
"Quem manda em você? Eu sou sua responsável! Não pode passar por cima de minhas ordens!" Sra. Beth levanta o tom de voz, assustando a garota.
"Tchau, vó." ela sabe que se continuar com essa discussão boba, os ingressos vão esgotar, então sai correndo pela porta antes que sua avó a pare novamente.
Seus pensamentos voam ao ano que sua mãe foi internada: foi meses depois de seu aniversário de treze anos. Elen é o nome de sua amada mãe, e ela está sendo tratada para voltar ao normal, mesmo Rose estar sempre adivertindo que ela não é louca, e que devem soltá-la. Sua avó tomou essa atitude drástica quando Elen cortou os pulsos e tentou se matar no aniversário de Roselin, fazendo um escândalo terrível. Ela estava apenas em depressão, e tomaram atitudes drásticas demais.
Elen foi solta duas vezes quando melhorou muito, mas voltou por não se encaixar no mundo novo e fez mais escândalos, mas em público. Da primeira vez, ela estava na biblioteca e derrubou todos os livros do nada, começando a gritar que odiava todo mundo e que ia matá-los lentamente. Pois é, talvez ela tenha uma pitada de loucura, ou só tenha feito isso apenas para voltar ao hospício. A segunda vez ela agrediu um guarda, e Rose assistiu tudo enquanto ele corria atrás dela e Elen gargalhava alto enquanto fugia dele. Não durou muito e foi pega, e internada novamente.
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Apenas mais uma fã.
FanfictionSerá que com apenas uma carta escrita em um momento de euforia, assim que entregada e lida, mudaria a vida de duas pessoas completamente? Rose achava muito pouco provável que seu ídolo ao menos pegasse a carta que ela havia feito com tanto...