Capítulo 19

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B:E o que é que você esta pensando fazer agora?

K:Queria denuncia ele para a policia, mas minha mãe não quer me deixar... ela quer resolver isso em "família", mas eu já sei no que vai dar...

B:K:NADA... RSRSRS

B:Então?

K:Então eu vou pedir minha emancipação e vou me mudar para Poa (Porto Alegre), vou me mudar pra lá fazer faculdade e continuar minha vida lá.

B:E acha que a tia vai aceitar isso tudo numa boa...

K:Eu sei que não vai...mas ela não vai ter escolha ou ela faz o que eu quero ou eu denuncio ele pra policia e o resultado vai ser...

B:Pode para...

K:Que foi?

B:Seu cérebro deve estar fritando agora...você nunca foi inteligente. kkkkk

K:Não é ave Maria, mas é cheio de graça né.

Bruno ainda continuou comigo ate o final da noite, ele sabia como me fazer rir sem precisar ser engraçado, eu ate pensei que ele iria tentar me tirar de ideia para eu não me mudar e ate vi uma certa tristeza em seu olhar quando falei, mas nem ele pode negar que é o melhor pra mim, eu decidi ir para Poa por que tenho um apê lá que faz parte da minha herança e no momento sei que estava perto de vencer o contrato com o inquilino.

Quando Bruno foi embora, minha mãe entrou no meu quarto eu estava deitado assistindo televisão deitado na cama e assim que ela fechou a porta eu com o controle na mão a desliguei, enfim havia chegado o momento de por as cartas na manga.

M:Eu vim conversar com você sobre o que aconteceu... eu já falei com o Rodrigo...

Eu preferi esperar ela falar tudo o que tinha para falar primeiro para só depois eu começar a falar, sempre foi assim em nossas conversas.

M:Ele esta tão arrependido... bastava olhar para ele e ver, claro que nada justifica o que ele fez, mas eu queria que você perdoasse ele e tentasse entender, ele sempre teve um gênio difícil e...Deus eu não sei o que dizer...

K:Mãe eu vou ser direto e claro... o que ele fez foi a gota d'água, eu não sinto raiva dele...sinto pena só isso...perdoar não sei se um dia eu vou perdoa, mas agora isso não é possível...a senhora não sabe o que dizer por que não há palavras nesse mundo que possa mudar o que aconteceu e jamais será o que foi antes, se bem que na verdade nunca fomos irmãos de verdade.

M:Não diz isso por favor...com a morte do seu pai o Rodrigo se sentiu responsável pela casa e por você então isso mexeu com ele de uma forma tão forte...

K:Mãe para... não adianta, nem a senhora mesma acredita nisso... desde criança ele fez da minha vida um inferno... e por causa disso eu tomei uma decisão ou melhor nos dois vamos decidir e é a senhora que vai decidir o que é melhor.

K:Eu quero que a senhora me emancipe para eu controlar a minha herança sem depender da boa vontade do Rodrigo, e depois disso eu quero me mudar para Poa, o contrato com o inquilino está pra vencer e eu vou morar no meu apê, ou então eu vou denunciar o Rodrigo e ele vai pagar pelo que fez...

M:Você tem noção do que esta me pedindo? Escolher entre a liberdade do meu filho ou ver você longe de mim...

Para uma mãe não é fácil fazer uma escolha assim, e eu sabia que estava magoando ela, minha mãe sempre quis a família unida e de qualquer forma que ela escolhesse nossa família estava se desmoronando e se distanciando, e ver seu filho na cadeia era algo que ela não podia suportar pois um primo dela a uns dez anos morreu na cadeia em uma rebelião, mesmo ele sendo um marginal foi um fim que não se deseje nem para oi seu maior inimigo, então vocês podem imaginar o medo que ela tinha de isso acontecer com o Digo.

O PrimogênitoWhere stories live. Discover now