Capítulo I

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(Por Analice)

Eu encaro Joshua com certa raiva, a sua gracinha me deixa aborrecida, mas tento não dar muita bola, não deve ser nada além de uma brincadeira idiota ou de um flerte bobo!

— Engraçado, Joshua. — Sorrio minimamente. — Se me der licença...

— Pera aí, você realmente não sabe? — Ele sorri maliciosamente. — Você será futura rainha de Sirenis, Analice. Não estou brincando.

Rapidamente me lembro de onde ele é príncipe. Fecho os olhos com força, os seus olhos passeam pelo meu rosto, ao ver meu desconcertamento, ele se retira a sorrir.

Sirenis, ganhou esse nome, que equivale as "sereias", pela forte crença popular de que o lugar era protegido por tais criaturas. Sempre fui completamente louca para viajar ao país, mas se as pessoas forem como Joshua prefiro ficar exatamente onde estou.

Bernard ainda conversa com a menina bonita, que se atirava em cima dele de uma maneira quase desesperada. Meu irmão é bastante receptivo, e com certeza já percebeu as intenções da morena.

— Com licença, você se importaria se emprestasse o meu irmão, por um segundo? — Pergunto.

— Claro que não! — Seus olhos brilham. — Sou Kaylee, aliás.

— Certo, Riley. Você deveria estar se acomodando, e não flertando com alguém comprometido! — Digo um pouco seca.

— Desculpe. — Encolhe os ombros. — E, é Kaylee!

— Kylie! — Afirmo.

— Kaylee.

— Halei?

A esta altura é perceptível que estou tirando sarro de sua cara, ela suspira, e pacientemente soletra:

— K-a-y-l-e-e.

— Kaylee!

Ela assente, e se despede. Bernard prende o riso, e assim que ela se distancia, explode em gargalhadas. Levanto uma das sobrancelhas, retiro o que disse, ele não tem um senso de humor muito bom.

— Bernard, pare! — Digo.

— Desculpe, mas ela é engraçada. — Respira fundo. — E desde quando eu sou comprometido?

— Não tente me enganar, eu sei que está saindo com alguém. — Observo Kaylee se afastando. — Ela não é da nobreza, é?

Esses rótulos ainda me irritam.

— Não. — Responde. — Veio com Joshua.

— Você o conhece? Ele disse umas coisas estranhas pra mim, não gostei muito dele.

— É claro que disse, não consegue fechar aquela boca grande dele!

Bernard engole seco, entrelaçando o braço com o meu, põe-se a andar em direção à capela onde minha mãe estava fazendo suas preces. Todo dia, na mesma hora, e no mesmo lugar, minha mãe rezava o terço. Era o momento dela, de sua fé, e ninguém ousava a perturbar.

Princeless [EM REVISÃO] Où les histoires vivent. Découvrez maintenant