capitulo 16 : "conto ou não conto ?"

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- mais um - Nina disse e eu ergui a perna dando um chute no grande saco de areia. - mais um - falou e repeti o ato ficando mais irritada com o descaso em sua voz. - mais um - falou e eu dei um giro levando com tudo saco. Tirei as luvas e bufei.

- se falar 'mais um' mais vez desse jeito, eu te mato. 'Mais um', 'mais um'. Puta que pariu, vai tomar no cú - gritei e ela sorriu, deixando a cabeça tombar pro lado.

- me diz, por que sente tanta raiva ? - perguntou e eu a encarei confusa. - por que sente tanta raiva desse jeito ? - perguntou de novo. Dei um soco no saco de areia que estava um pouco longe.

- minha raiva repentina se dá a situação repentina a qual a puta que eu mais odeio na minha merda de vida, me colocou. Quer que eu aja diferente, não preciso pedir sua benção pra tudo - falei e dei outro soco.

- eu não estou aqui pra te dar minha benção. Estou aqui pra fazer as coisas pra que todo o nosso plano dê certo. Preciso que você se controle, caso contrario deixa tudo ser jogado por agua abaixo. Eu não ligo pra nada que você fizer, contanto que saiba o que ta fazendo e faça direito. - falou e passou por mim. - Tenta afastar mais os pés durante os socos. Assim o soco tem mais alcance - falou de costas enquanto ia pro outro lado. Mostrei a lingua pra ela e virei voltando a dar sequecias de socos.

Parei depois de um tempo e eu fui fazer abdominal invertido.

- olha, a protegida. Que fofa. Tentando se misturar pra depois se aparecer. - uma voz feminina disse e eu parei erguendo o olhar. Uma morena de cabelos presos em rabo de cavalo com olhos castanhos sorria de lado.

- olha ela percebeu que estamos falando dela. - um loira de olhos castanhos disse e riram. Olhei pra baixo e me virei. Pulei sobre os meus pés dando impulso pra cima com os braços e me deixei ficar de pé. Me virei para encara-las e sorri.

- posso ajuda-las ? - perguntei de braços cruzados e elas riram. A morena deu passo a frente e sorriu cinica.

- eu te vi olhando pro Patt. Ele é meu - ela disse e eu franzi a testa com deboche.

- quem é Patt ? - perguntei e ela riu. Ela colocou a mão no meu pescoço e apertou até que eu sentisse meus batimentos cardiacos nas veias sem nem encostar.

- ta me zoando ? - perguntou e eu a encarei com raiva. Bati na sua mão e deixei que a minha segurasse seu pescoço enquanto a empurra pras grades do tatame.

- não encosta em mim - gritei e ela riu. Braços ficaram ao redor dos meus me segurando e eu me debati com raiva. Pisei do pé da pessoa dei uma cotovelado. Segurei seu braço e o puxei por cima do ombro deixando minhas costas deitadas. - Kaio ? - falei o largando e ele tossiu.

- quando foi que ficou tão forte gnomo ? - perguntou e eu mordi o labio pra não rir.

- não se chega assim atras das pessoas no meio de uma briga - falei o ajudando a levantar. Dei um chute na sua canela - e não me chama de gnomo - falei e ele riu.

- Kaiozinho, da pra dizer pra sua piranha parar de dar em cima do Patt ? - a morena perguntou de novo e eu rosnei dando um passo na sua direção, sendo barrada pelo Kaio.

- Cristina, ela nem sabe que ele é - Kaio disse e eu ri.

- por que não para de ser uma vadia vendida e da logo pra ele insegura ? Ah, deixa eu advinhar, ele nem sabe seu nome - falei e ela rosnou dando um passo a frente. A loira segurou seu braço. - quem é Patt ? - perguntei e Kaio revirou os olhos.

- o carinha que tava lutando enquanto você babava - ele disse e eu ri.

- aquele que a Nina disse que era o caladão ? - perguntei e ele assentiu - eu nem tava babando. E ele que me encarou primeiro. Só acho falta de educação não corresponder o olhar. - ele me encarou e revirou os olhos. - e como assim, Kaiozinho ? - perguntei encarando a semicerrando os olhos. Ela beijou o Kaio.

O Idiota Do Amigo Do Meu IrmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora