Cindy Shell - Uma Jed-Princess Apaixonada #Wattys2016

22 - Surgimento De Um Companheiro Cancerígeno Esfomeado

— Que mal lhe padece, Lana Kepler? — Inquiriu a doutora, Gilda Moliarte.

— Ando sentido, vez por outra, fortes dores de barriga — respondeu fazendo uma careta.

— Quando esses sintomas começaram a ocorrer?

— Desde ontem a...

A princesa Cindy Shell interrompeu a amiga, revelando:

— Doutora, você acredita que essa maluca, aceitou e comeu uma maçã, oferecida por uma serpente?

A mulher encarou Lana Kepler com um olhar severo.

— Você aceitou e comeu uma maçã, oferecida por uma serpente?

— Sim — confirmou, constrangida.

— Você, por um acaso, conhecia essa cobra?

— Que nada, doutora — interveio Cindy, novamente. — A doida nunca havia visto a ofídia mais gorda, se bem que, de gorda, uma cobra não tem nada.

— Essa informação dada pela princesa é verdadeira?

— Sim!

— Pois então levante-se, minha querida.

— Levantar-me, porque? — Perguntou Lana Kepler, já se pondo em pé.

— Venha comigo para a sala ao lado. Vamos fazer um raio X e alguns exames. Me acompanhe.

Alguns minutos se passaram para que, por fim, ambas retornassem.

— E aí, doutora, minha amiga está bem?

A Magatec manipulando um laptop com projetor holográfico, projetou uma imagem das entranhas do útero, da Lana Kepler, onde podia se ver, claramente, nele alojado, um tumor.

— Temos aqui um pequeno probleminha... minto! O problema em questão é gravíssimo!

— O que está acontecendo comigo, doutora? Eu vou morrer?

— Infelizmente, essa é uma possibilidade palpável.

— O que a Lana tem, doutora? — Perguntou Cindy Shell, começando a se desesperar.

A Magatec mirou Lana Kepler com um olhar preocupado, para assim revelar:

— Adquiriu você, Lana, um Cancêrxys.

— Cancêrxys? O que vem a ser um Cancêrxys? — Inquiriu, Lana Kepler.

— É uma espécie de câncer.

— Cancêrxys é uma espécie de câncer? EU ESTOU COM CÂNCER? — Alarmou-se.

— Não, você não está com câncer, você está com um "Cancêrxys", o que é completamente diferente.

— O que é um Cancêrxys, doutora?

— Cancêrxys, Lana, é um tumor maligno e agressivo, que está crescendo no interior de seu útero. É como se fosse um órgão com vida própria que, como uma arvore, está estendendo seus eixos e ramificações, por suas entranhas.

— E tem como, numa operação, esse tumor, ser extirpado do meu corpinho gostosinho e sedutor?

— Não!

— Ué! E porque não!

— Esse Cancêrxys não é um tumor natural. Ele é, sim, uma enfermidade criada.

— O Cancêrxys que carrego em meu ventre foi criado por quem?

— O Cancêrxys que está alojado em suas entranhas, foi criado por alguém que, detém conhecimentos profundos de magia negra. Um encantamento tão poderoso contra qual nada posso fazer, ou seja, você foi amaldiçoada, Lana Kepler.

— Quer dizer que, esse tal de Cancêrxys, vai me matar? — Inquiriu a jovem, começando a chorar.

— Se não o alimentar, vai!

— Alimentar? Que história é essa de "alimentar"? Terei que alimentar essa coisa, esse tumor alojado em meu útero?

— Sim!

— E esse parasita mequetrefe, esse tal de Cancêrxys, se alimenta do que?

— Um Cancêrxys se alimenta de espermas, contido no plasma seminal!

Os olhos tanto da Lana Kepler, como os da princesa Cindy Shell, se arregalaram. Até os do sapo, mas esse não vale, pois, estando abertos, já parecem estarem esbugalhados por si só.

— Um Cancêrxys se alimenta de espermas contido no plasma seminal? Como assim?

— É como lhe disse, Lana. Os Cancêrxys se alimentam de liquido fecundante, produzido por órgãos genitais que, no caso dos seres humanos, pelos homens.

— E como devo alimentar um Cancêrxys que, se alimenta, de plasma seminal? — Indagou, abobada.

— Não lhe parece obvio? — Respondeu a Magatec com outra pergunta.

Tão logo a ficha caiu, ao cair em si...

— Na-não cre-creio... — gaguejou, estupefata.

— A única maneira de nutrir um Cancêrxys é, alimentando-o de espermas, contido no plasma seminal e, você só obterá o alimento para saciar a fome de um Cancêrxys, após uma relação sexual onde, teu parceiro, tenha ejaculado, ou vulgarmente dito, gozado.

Lana Kepler estava boquiaberta. Cindy Shell, igualmente perplexa. Já o sapo, tinha cara de nada com nada mediante ao falatório pois, dormia profundamente.

— Para alimentar esse Cancêrxys, eu vou ter que transar muito com meus amores? — lamentou-se com certa e, inexplicável satisfação.

— Não necessariamente — advertiu a Magatec Gilda Moliarte.

— Mas se meu Cancêrxys se alimenta de plasma seminal, terei que transar muito para alimenta-lo, não é verdade?

— Lana, não sabemos dos hábitos alimentares do teu Cancêrxys. Não sabemos se, deseja ele, se alimentar diariamente uma ou várias horas por dia. Pode, quem sabe, desejar ser alimentado uma vez por semana, ou por mês, ou por ano. Pode ele desejar ser alimentado várias vezes por semana, com plasma seminal advindo de homens diferentes, ou, quem sabe, prefira os espermas de um único homem especifico, ou seja, como disse, não sabemos nada dos hábitos alimentares do teu Cancêrxys.

— E como poderei obter essas informações?

— Você só obterá essas informações com o tempo, na convivência diária com seu Cancêrxys.

— E essa convivência...

— Será dolorida.

— Será dolorida? Como assim?

— Um bebê quando sente fome, chora. Um Cancêrxys quando sente fome, contrai as ramificações dos eixos espalhados por suas entranhas e, quando isso ocorrer, sentira dor. Pouca fome, dor fraca. Muito fome, dores intensas, excruciantes.

— Tô fodida!

— Não necessariamente pois, se foder, ficara bem.

— Isso não é hora de dizer gracinhas, doutora — advertiu Cindy Shell, fechando a cara.

— Desculpa! Foi mal!

***

Meu Deus! Lana Kepler está amaldiçoada? Estou tão chocado que, só uma estrelinha poderá apaziguar meu espirito atormentado. Se deseja espantar a depressão que ronda esse pobre escritor, deem um voto para esse capitulo, por mais que ele seja portador de péssimas novidades. No mais, seja discreta, e não fique contando para seus amigos, a tragedia que se abateu sobre a pobre Lana. Um beijo molhado impregnado de bactérias e, fique na paz!