Todos sabem que Duda está em coma, e que já foi comprovado que quando se esta em coma a pessoa vê tudo de fora do seu corpo, e então vou fazer esse processo antes da Duda voltar a acordar, não fiquem assustados!
Obrigada por estarem comigo nesta mais nova fase de "De Repente", e espero que gostem!
Ótima leitura, A.B.
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Maria Eduarda
Minha cabeça dói...
Ela dói a ponto de não conseguir abrir meus olhos com medo da dor piorar. Parece que uma boa banda de rock está a todo vapor em cima de meu cérebro colocando todo o publico para o alto vibrando e se divertindo.
Escuto risos ao meu redor, um riso que não parece ser bom, parece ser bem ruim, totalmente diferente de meu ambiente. Flashes explodem de dentro da minha cabeça quando ao longe vejo Luciana sorrindo em minha direção. Lembro-me que não consegui controlar o carro e ele se chocou violentamente contra o caminhão. O homem voou pelo para-brisa e ficou todo torto. Luciana estava sem o cinto de segurança e sua cabeça bateu violentamente perto do entre o meio do para-brisa e o porta-luvas. Vi que ela não respondia aos meus sussurros, ela estava paralisada com os olhos arregalados encarando-me enquanto sangue saia de sua boca e sua cabeça estava afundada.
Queria gritar, queria chorar, queria sair desse lugar e esquecer-se da imagem horripilante que estão bem formadas em minha mente, mais não conseguia simplesmente fechar os olhos ou virar o rosto para o outro lado. Sentia um liquido quente descendo pelo meu rosto e percebi neste momento que estava sangrando e que também tinha me machucado. Depois é um simples apagão na minha mente, não lembro mais de nada.
Sinto um vento gelado me atingir, meus braços involuntariamente se abraçam tentando se esquentar. Levanto-me do chão e escuto outra risada vindo de Luciana e desta vez saio correndo para a direção contraria da que ela se encontra. Não entendo como ela está aqui, não entendendo como eu estou aqui também, o que esta acontecendo?
Ela está ao meu lado, não para de me perseguir e não aguento mais chorar. Quanto mais eu corro mais ela tenta me alcançar e não tenho mais para onde fugir.
Estou em um lugar estranho que nunca frequentei antes, saberia se tivesse vindo em um lugar tão triste e deserto que nem este, aqui não se tem nada a não ser chão batido e casas de palha. Onde estou?
- Pode correr o quanto quiser, mais você roubou algo que me pertence! – Gritou Luciana rindo.
Nego varias vezes com a cabeça, não sou ladrona, sou mulher honesta que luta dia a dia para conseguir as coisas com seu próprio suor. Poderia muito bem querer trabalhar nas Empresas dos meus pais, mais não quero isso para mim, quero batalhar para conquistar algo que posso chamar de meu, e não conseguir as coisas do jeito mais fácil.
