Capítulo 8

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Henrique 

Como dizem felicidade não dura muito e a minha felicidade tinha acabado agora nesse exato momento quando olhei para Ariel pela última vez antes de sair da sala.

A expressão dela ao descobrir a verdade sobre mim foi como se eu leva-se um soco. 

Ela estava tão devastada com tudo o que houve com ela e eu só fiz sua dor ser pior, me sinto o pior homem da terra por isso.

Tudo isso era culpa minha, eu assumo eu errei  deveria ter contado a verdade mas eu fiquei com medo.

Sim, eu tive medo e como eu tive medo dela saber a verdade já que toda vez que ela falava do meu pai era para xingar ele e todas essas vezes eu via a dor no olhar dela.

E o medo dela pensar que eu fosse igual ao meu pai era maior.

Já passei por situações terríveis das pessoas pensarem que eu e meu irmão fosse igual ele e não quero passar por isso de novo.

Meu pai não era esse mostro que todo mundo pensa mas quando minha mãe morreu me parece que o coração dele morreu junto e ele passou a fazer coisas ruins que eu já mais pensei em ver ele fazendo na vida, ele era meu herói mas agora eu tenho raiva dele.

No dia que a Ariel me viu chorando, aquele dia foi a última gota para mim eu não chorava desde da morte da minha mãe, eu descobri que meu pai tinha feito coisas que eu jamais poderia imaginar ele matou inocentes, condenou outras á prisão e eu descobri que ele engravidou uma moça da região e agora está fugindo da pobre.

Chorei porque eu pensei como minha vida era perfeita há alguns meses atrás e agora virou esse inferno, eu fui tirar satisfação com meu pai e ele me deu um tapa na face tal coisa que ele nunca fez na vida, ele nunca tinha batido em mim e no meu irmão.

- Por que mãe a senhora morreu - Eu me perguntava.

Então apareceu aquela menina que ia me fazer esquecer de tudo.

Me fazer esquecer dos meus problemas, da minha vida e até me fazer perder o juízo.

Quando eu estava com ela minha vida se iluminava e então as coisas aconteceram e eu deixei tomar seu rumo.

Eu tive a chance de falar a verdade para ela inúmeras vezes e eu desviei do assunto por medo da reação dela, por medo dela nunca mais querer olhar na minha cara.

Eu passei dias tentando entender isso porque eu tinha tanto medo que ela conhecesse meu verdadeiro eu e a verdade venho a tona quando ela falou que ia morrer naquele segundo eu percebi que eu estava apaixonado, sim eu estou apaixonado por ela.

No outro dia quando ela ia morrer eu não fui dizer adeus porque aquilo me machucava era uma dor igual a que eu senti pela minha mãe, eu sei que ela ia marcar minha vida para sempre e eu passei horas me lembrando dos momentos que eu vivi com ela até que meu irmão me pegou perdido em meus pensamentos e não tive como mentir para ele, Ricardo me conhecia muito bem falei tudo para ele e a cada palavra meu coração sagrava ao imaginar não ver ela de novo.

Meu coração quase parou quando Duarte entrou correndo no meu quarto falando que a Ariel não morreu ela simplesmente se livrou da corda com mágica.

Essa era a única alternativa ela era mágica por isso conquistou meu coração tão rápido.

Ela entrou no meu coração tão rápido que eu acho que só precisou de segundos para eu me apaixonar por ela.

E agora ela descobriu a verdade e eu nunca esperava que fosse meu pai que ia contar a verdade para ela, eu precisa falar com ela e contar minha versão dos fatos mas sei como ela é teimosa.

Talvez deixar ela se acalmar ajuda um pouco, me lembro quando meus pais brigava meu pai esperava ela se acalmar para depois pedir desculpas e ele sempre dava um presente para ela por isso esse palácio é cheio de orquideas, meu pai enchia ela dessa flores porque era a favorita dela.

Como sinto falta dos conselhos dela, ela saberia me falar qual era a melhor atitude para tomar com a Ariel e isso eu devo dar um presente para ela, para minha futura noiva.

E isso é insano minha futura noiva, quando os conselheiros falaram isso sobre o casamento, um sorriso escapou dos meus lábios apesar que um casamento não fazia parte dos meu planos.

Eu faria qualquer coisa para não ver ela morta porém me lembrei que há meses meu pai tentava faz um acordo de casamento para mim com uma princesa para firmar aliança com um país qualquer que segundo ele poderia ajudar nós com dinheiro e armas, sim para meu pai nada importa nem a felicidade do filho para ele agora o que importava era ganhar pontos com o povo e essa seria a história de amor perfeita grande engano dele pensar que tudo vai ser teatro pois não vai ser.

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No outro dia eu tinha coisas importantes para resolver como conseguir o perdão dela era a principal.

Rolei na cama a noite toda pensando em várias coisas para fazer ela me perdoar e até conversei com meu irmão que me falou que eu parecia um tolo apaixonado.

Encontrei Duarte cheio de sorrisos vindo da direção das celas, eu sabia que o infeliz estava com ela pois Ariel se negou a dormir no quarto de hóspedes e foi de novo para sua cela com a Kate foi isso que meu irmão me contou a beira de risos.

- Olá Duarte 

- Olá vossa alteza - Ele se curvou.

- Estava com a Ariel ? 

- Sim - Ele riu

Vou acabar com esse sorriso agora.

- Como está minha noiva ?

O sorriso morreu na hora, gostei disso.

- No...noiva ?

- Sim, em breve vamos ser marido e mulher.

- E seu pai ?

- Foi ideia dele e do conselho.

- Ariel está furiosa com vossa alteza.

- Logo estaremos bem, até logo Duarte.

Preciso conquistar Ariel vou atrás das empregadas e dou ordem para arrumar o quarto ao lado do meu, vou cuidar pessoalmente de cada detalhe do quarto dela para que seja realmente um quarto de princesa, eu sei que hoje ela começa suas aulas e então estará cansada também mandei prepará um grande jantar para nós dois no quarto.

No inicio da noite eu fui no quarto dá uma última olhada antes dela conhecer ele e deixei meu presente na mesa.

Então fui em busca dela com o coração pulando forte como se fosse sair pela boca.


O que acharam do Henrique ?

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Beijos.


A coroa e o príncipe - Duologia San Juan - Livro 1 (Degustação)Where stories live. Discover now