Capitulo 29

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  Eram por volta das 18:00 hs da noite, Marco voltou a me ligar mais não atendi nenhuma das vezes, nem respondi as mensagens.

  Se ele quer mentir, minta para outra, não suporto pessoas assim. Acha que pode me enganar com uma historinha tao idiota e mal inventada.

  Ouvi alguem bater na porta e fui atender, abri e vi que era Marco de cabeça baixa. Minha vontade era de fechar a porta na cara dele mais não poderia, ele ainda é meu namorado.

- E então? O que quer?

- Você quer a verdade, te trouxe a verdade.-ele levanta a cabeça e vejo que estava todo machucado, ele mantinha um olhar perdido, como se fosse desmaiar a qualquer segundo.

- Marco, o que aconteceu?-falei claramemte confusa e assustada.

  Abri a porta totalmente e o ajudei a entrar, ajudei-o a deitar-se no sofá e voltei a porta para tranca-la.

  Corri até ele e me sentei ao seu lado, acariciei seu rosto analisando seus ematomas.

- O que aconteceu? Se meteu em brigas?

- Posso falar depois? Foi dificil dirijir até aqui vendo tudo dobrado.

- Me perdoa, devia ter ido a sua casa de uma vez! Você poderia ter sofrido um acidente grave ou...

- Não se preocupe, eu amo você, não gosto de mentir pra você.

- Tudo bem, agora descansa que vou cuidar de você.-disse acariciando seus cabelos lisos e bagunçados.

  Ele sorriu e colocou sua mão sobre a minha.

- Você é tão boa pra mim.

- Eu te amo, só quero te ver bem.

  Ele sorri e aproxima seu rosto do meu, em seguida sinto seus lábios tocarem os meus iniciando um beijo.

  Suas mãos foram a minha cintura me puxando para mais perto dele.

- Ai...

- D-Desculpa, é melhor você deitar lá na cama, não acha?

- Aqui esta bom, obrigado.-dei um beijo rapido em seus lábios e me levantei me afastando poucos passos.

- Descanse, você precisa melhorar!-falei fazendo-o rir.

- Com uma enferemeira dessas, como não?

  Sorri corada e fui ao banheiro. Entrei e ao fechar a porta escorreguei até ficar sentada.

  Passei as mãos no rosto e respirei fundo.

"Parece que não conseguimos viver sem brigas constantes ou problemas...não é mesmo? Marco."-penso.

  Logo senti lagrimas escorrerem por meu rosto, ontem estavamos ai sorridentes, agora ele esta deitado no sofá com dores porque foi espancado.

  Por que me sinto tao culpada? Por que sinto como se eu fosse o motivo?

  Minha maior preocupação era o motivo, sera que ele arrumou confusão por minha causa?

  Não quero que ele me veja chorando, eu o amo demais. Ele se preocuparia.

Logo ouvi batidas na porta do banheiro em que eu estava encostada.

- Sarah? O que houve?

  Me levantei e passei as mãos no rosto limpando as lagrimas, me recompus e abri a porta sem olha-lo nos olhos.

Ele segurou meu queixo e levantou minha cabeça. Seu olhar preocupado estava de volta, apenas de ve-lo naquele estado eu queria chorar mais.

- S-Sarah, por que esta chorando?

  Olhei-o bem antes de responder, não quero que ele pense que sou uma mimadinha.

  Ele tinha ematomas pelo rosto, pelos braços, e alguns machucados sangravam.

- Você esta sangrando é melhor fazer um curativo!-ando rapidamente em direção ao meu quarto para buscar a caixa de curativos mais, ao entrar, ele fecha a porta.

  Me virei para ele que veio em minha direção em passos largos. Ele parou frente a mim, olhou-me nos olhos e pegou a caixa que estava em minhas mãos pondo-a sobre o criado mudo.

- Estava chorando por minha causa?-disse tirando uma mexa de cabelo que caia frente ao meu olho esquerdo.

- Eu não estava chorando!-virei de costa para ele para pegar os curativos de dentro da caixa.

  Ele segurou em meus dois ombros me virando bruscamente, aquilo me assustou e me forçou a olhar nos olhos dele.

- Responda...por favor...era por minha causa?-disse pausadamente com um olhar preocupado. Seus olhos brilhavam como se uma lagrima quisesse descer.

- Quem te machucou Marco? Eu estou preocupada!-falo e ele me abraça forte. sentia meu corpo sendo apertando contra o seu. Apesar de tudo era uma sensação boa de segurança.

- Me perdoa..não queria te fazer.. chorar.-ele diz, sei que ao me abraçar ele estava piorando seus ferimentos.

  Me afastei dele e o olhei, ele parecia estar sentindo o dobro da dor, um simples abraço não causaria isso.

  Fiz ele se sentar na cama e tirei sua camiseta. Ele possuia ainda mais machucados. Um, parecia com um corte de vidro nas suas costas.

- Marco seu idiota! Devia ter me falado!

- Não queria te preocupar.

- Mais preocupou o dobro!

Começei a fazer curativos e a limpar o sangue do seu corpo, vi sua tatuagem, o tubarão, e sorri relembrando.

- Lembra de quando viu pela primeira vez?

- Sim, e lembro que você estava muito estranho...esta acontecendo alguma coisa que eu deva saber?

- Você transformou uma pergunta meiga em um interrogatório.

- Desculpa.-abaixei meu olhar e senti ele acariciar meu rosto.

- Você é tão linda, nem acredito que é minha.

- Acredite, sou só sua.-sussurrei proximo a sua orelha.

- E eu sou seu, só seu.-sussurrou olhando nao meus olhos. Senti ele segurar firme em minha cintura e antes que me puxasse para cima dele eu me afastei.

- Descansa.

- Deita aqui se não eu não vou melhorar.-disse meigo abrindo os braços, ri.

- Ta seu bobo.

Me deitei ao seu lado e foquei seus olhos, ele levou sua mão ao meu rosto e sorriu me acariciando.

- Não sei o que faria sem você.-sorri corada.

  Ele deixou um beijo rapido em meus lábios e me puxou para perto dele nos deixando em posição de conchinha.

  Ri e senti seu calor me aquecer.









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