Capitulo 65

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- Sarah não quer ajuda? Não mesmo?

- Não Marco, eu estou bem!

- Olha, se quiser se apoiar em mim...

- Não se preocupa, eu estou bem!-ela sorriu e eu destranquei a porta da minha casa.- Ainda acho que minha casa seria melhor.

- Nada disso! Vai ficar bem do meu ladinho!-ela sorriu meiga, que bom que esta de bom humor.

  Quero que ela fique um tempo comigo, para colocarmos tudo em ordem.

  Coloquei sua bolsa sobre o sofá e me aproximei dela por traz, a abracei e sorri. Ela sorriu e eu beijei seu pescoço.

- Vamos subir?

- Estou cansada, quero um banho.

- Tem roupas suas já sabe onde amor.

- Tabom.-ela sorriu e deu um beijo em meus lábios.

  Ela subiu as escadas e eu me sentei no sofá. Esta acontecendo tudo tão rapido.

  E ela esta tão abatida.

  Sarah 

  Sentia a agua morna cair sobre meu corpo quando senti uma dor forte.

  Comecei a chorar lembrando de tudo que esta acontecendo comigo recentemente.

  Me sentia estranha.

  Desliguei o chuveiro e me enrrolei em uma toalha.

  Saí do banheiro e fui ao quarto, me sentei na cama e senti lagrimas descerem por meu rosto.

  Deixei minha mão sobre minha barriga, vi uma pequena cicatriz, mais uma coisa para me trazer mais lembranças ruins e dolorosas.

- Amor, ligaram da deleg... Sarah, o que foi?-Marco disse entrando no quarto. Eu limpei as lagrimas e manti minha cabeça baixa.-O que foi Sarah? Por que estava chorando?

- Eu não aguento mais.-sussurrei e senti ele me abraçar.

- Não fala assim.

- Não sei se consigo continuar.

- Consegue, vamos juntos!-ele sorriu e acariciou meu rosto.-Eu tinha um jogo hoje, mais desmarquei para ficar com você linda.

- Não Marco, não pode ficar preso aqui por minha causa, vai.

- Sarah eu vou ficar com você, aqui.

- Estou te pedindo, sei que gosta de sair com seus amigos.

- Gosto mais ainda de você.

- Estou pedindo, vai ao jogo.

- Sarah...

- Sei que quer, vai, vou ficar bem.-ele sorriu e eu selei nossos lábios.-Vai.

  Ele se levantou e sorriu.

- Primeiro vou cuidar da minha namorada.-eu sorri.

[...]

  Já faziam alguns minutos que ele havia saido. Eu estava lavando a louça, não tinha nada para fazer a não ser pensar.

  Me senti tão mau, mais sentia medo de mostrar isso sem querer. Não quero que ele se sinta preso a mim.

  Guardando a louça eu pegue uma faca, era grande, o suficiente parar segurar o cabo com as duas mãos.

  Mirei a ponto afiada na minha garganta e fechei meus olhos.

  A vontade de morrer era incrivelmente forte, a esse ponto eu nem tinha mais medo da morte.

  Minha vida estava totalmente descontrolada. Eu não tinha mais as redeas. Não conseguia guiar meus caminhos.

  Era como se eu estivesse eu um carro desgovernado, presa ao banco do motorista indo na direção de um muro.

  Senti uma lágrima escorrer por meu rosto e o som de alguem soltar sacolas de compras. O som me fez pensar em Marco, ele sofreria com isso.

  Comecei a chorar e larguei a fala, cai de joelhos no chão e me senti uma criança chorona

  Não tive coragem, não tive coragem de magoa-lo.

  Senti Marco me abraçar forte e vi ele por a faca sobre a pia. Ele vai me odiar depois disso, depoisbde me ver fazendo aquela cena.

- Sarah, fica calma, vem amor.-ele disse me levantando e me guiando até o quarto.

  Senti ele me fazer sentar na cama e em seguida ele se sentou ao meu lado.

  Meus olhos estavam humidos, eu me sentia estranha.

- Sarah, como.. como esta se sentindo? Melhor?-eu não sabia o que dizer, me sentia uma boneca de pano, incapaz de pensar.

- Eu... eu me odeio... não consigo nem ao menos cuidar de você Marco.

  Ele limpou as lagrimas que escorriam por meus olhos. Parecia tão decepsionado comigo.

- Eu te amo mais que a minha propria vida, você é tudo, se você morrer... eu não sei o que eu faço.

- Você superaria e seria feliz.

- Se eu superaria, por que você não supera?

- Ainda podemos e vamos ser felizes, basta dizer que me ama e negar os sentimentos ruins.

  Senti novamente lagrimas descerem por meu rosto.

  Ele olhou para a minha mão que estava sobre acicatriz.

- Não gosta? Quer que eu pague para que essa cicatriz suma amor? Se isso te faz sofrer, eu dou um jeito, eu juro.

- Não, isso me lembra, que se nem uma bala me tirou de você, por que minhas mãos tirariam?

  Ele sorriu e me abraçou forte e apertado. Sentia sei cheiro bom me dando calma.

- Não me prega mais esse medo, estou implorando, não quero sair para trabalhar e quando voltar encontrar seu corpo ou um bilhete de despedidas

- Juro que não vai acontecer.-ele sorriu e selou nossos lábios. Esse sorriso que me ipnotiza.








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